Internacionalização no Paraná
Um olhar para a mobilidade acadêmica
DOI:
https://doi.org/10.46230/2674-8266-14-8373Palabras clave:
Internacionalização, Terminologia, Variação terminológica, Linguística de CorpusResumen
Embora seja um processo que ocorre há muitos anos, a internacionalização do ensino superior intensificou-se nas últimas duas décadas devido ao avanço da globalização junto às tecnologias de comunicação. No cenário brasileiro, ela ganhou maior destaque na última década com a criação do Programa Ciências sem Fronteiras (CsF), o que contribuiu para que um número maior de instituições de ensino superior acelerasse suas agendas de internacionalização. Inserida neste contexto, a mobilidade é uma das principais atividades desse processo e promove uma interação cultural e cognitiva entre universidades e nações. Nos últimos anos, as universidades paranaenses destacaram-se em rankings sul-americanos e mundiais por adotarem práticas que visam à internacionalização das suas atividades. Inserido nesse contexto, este trabalho tem como objetivo investigar como a mobilidade é apresentada nos documentos oficiais das sete universidades estaduais paranaenses. Para atingirmos tal objetivo, guiamo-nos pelos estudos da internacionalização, como o de Knight (2004, 2012), De Wit (2015, 2019) e Finardi (2015); pela Terminologia de Krieger e Finatto (2020), Barros (2004), Barbosa (1998, 2004) e Faulstich (2001). A metodologia escolhida foi a Linguística de Corpus (BERBER-SARDINHA, 2004), utilizando-se o software Sketch Engine. O corpus de estudo é composto pelos documentos de política ou plano de internacionalização das instituições estaduais do Paraná. Após a análise, constatamos que o termo “mobilidade” ocorre como hiperônimo e seus hipônimos demonstram como ela é tratada nos documentos institucionais.
Descargas
Citas
ABREU-E-LIMA, D. M.; MORAES FILHO, W. B.; BARBOSA, W. J. C.; BLUM, A. S. O Programa Inglês sem Fronteiras e a política de incentivo à internacionalização do ensino superior brasileiro. In: SARMENTO, S.; ABREU-E-LIMA, D. M.; MORAES FILHO, W. B. (orgs.). Do Inglês sem Fronteiras ao Idiomas sem Fronteiras: A construção de uma política linguística para a internacionalização. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2018.
ALMEIDA, G. M. de B. O percurso da Terminologia: de atividade prática à Consolidação de uma disciplina autônoma. Tradterm, São Paulo, v. 9, p. 211-222, 2003. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/tradterm/article/view/49087. Acesso em: 5 jul. 2022.
AMORIM, G. B.; FINARDI, K. R. Uma matriz de (auto)avaliação da internacionalização do ensino superior no Brasil. Estudos em Avaliação Educacional, v. 31, n. 78, p. 699-722, 2020. Disponível em: https://publicacoes.fcc.org.br/eae/article/view/7381/4119. Acesso em: 5 jul. 2022.
ANDIFES - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DIRIGENTES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR. Relatório de Credenciamento de Especialistas de Idiomas – 2021. Brasília: ANDIFES, 2021. Disponível em: https://www.andifes.org.br/wp-content/uploads/2022/05/Especialistas-Credenciados_2021.pdf. Acesso em: 5 jul. 2022.
BARBOSA, M. A. Relações de significação nas unidades lexicais. In: I Encontro Nacional do GT de Lexicologia, Lexicografia e Terminologia da ANPOLL. Anais... Rio de Janeiro: ANPOLL, 1998, p. 19-40.
BARBOSA, M. A. Estrutura e formação do conceito nas línguas especializadas: tratamento terminológico e lexicográfico. Revista Brasileira de Linguística Aplicada. Belo Horizonte, v. 4, n.1, p. 55-86, 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S1984-63982004000100006. Acesso em: 5 jul. 2022.
BARROS, L. Curso Básico de Terminologia. São Paulo: Edusp, 2004.
BERBER SARDINHA, T. Lingüística de Corpus. São Paulo: Manole, 2004.
BHANDARI, R.; ROBLES, C.; FARRUGIA, C. International Higher Education: Shifting Mobilities, Policy Challenges, And New Initiatives. Nova Iorque: UNESCO, 2018. Disponível em: https://www.gcedclearinghouse.org/resources/international-higher-education-shifting-mobilities-policy-challenges-and-new-initiatives?language=en. Acesso em: 5 jul. 2022.
BOULANGER, J. C. Présentation: images et parcours de la socioterminologie. Meta, v. 40, n. 2, p. 194-205, jun. 1995. DOI: https://doi.org/10.7202/002117ar. Acesso em: 5 jul. 2022.
BOVETO, A. C. F. Universidade e terminologia: equivalências em língua inglesa de termos sobre a estrutura das instituições. 2022. 170 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, PR, 2022.
BRASIL. Decreto nº 7.642, de 13 de dezembro de 2011. Institui o Programa Ciência sem Fronteiras. Brasília, DF, 2011. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7642.htm. Acesso em: 5 jul. 2022.
BRITISH COUNCIL. International Student Mobility Report. Dundee: University of Dundee, 2004
CABRÉ, M. T. La terminología: representación y comunicación – elementos para una teoría de base comunicativa y otros artículos. Barcelona: Institut Universitari de Lingüística Aplicada, 1999.
CABRÉ, M. T. “El principio de poliedricidad: la articulación de lo discursivo, lo cognitivo y lo linguístico en terminología”. Ibérica, v. 16, p. 9-36, 2008. Disponível em https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2773163. Acesso em: 5 jul. 2022.
DE WIT, H.; HUNTER F.; HOWARD L.; EGRON-POLAK E. Internationalisation of Higher Education, European Parliament, Bruxelas: União Européia, 2015.
DE WIT, H. Internationalization in higher education, a critical review. Educational Review, Burnaby, v. 12, n. 3, p. 9-17, 2019. Disponível em: https://journals.lib.sfu.ca/index.php/sfuer/article/view/1036. Acesso: 5 jul. 2022.
FAULSTICH, E. Aspectos de terminologia geral e terminologia variacionista. Tradterm, v. 7, p. 11-40, 2001. DOI: 10.11606/issn.2317-9511.tradterm.2001.49140. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/tradterm/article/view/49140. Acesso em: 8 maio. 2022.
FINARDI, K. R.; PORCINO, M. C. O papel do inglês na formação e na internacionalização da educação no Brasil. Horizontes de Linguística Aplicada, v. 14, n. 1, p. 109-134, 2015. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/horizontesla/article/view/1391/1227. Acesso em: 5 jul. 2022.
FREIXA, J. Variación terminológica: ¿Por qué y para qué? Meta, v. 50, n. 4, 2005. DOI: https://doi.org/10.7202/019917ar. Disponível em: https://www.erudit.org/fr/revues/meta/2005-v50-n4-meta1024/019917ar.pdf. Acesso em: 5 jul. 2022.
KILGARRIFF, A. et al. The Sketch Engine: ten years on. Lexicography: journal of
ASIALEX, Reino Unido, p. 7-36, 2014. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s40607-014-0009-9. Acesso em: 8 maio 2022.
KNIGHT, J. Internationalization Remodeled: Definition, Approaches, and Rationales.
Journal of Studies in International Education, v. 8, n. 1, p. 5-31, 2004. DOI: 10.1177/1028315303260832. Disponível em: http://www.theglobalclass.org/uploads/2/1/5/0/21504478/rationale.pdf. Acesso em: 8 maio 2022.
KNIGHT, J. Student Mobility and Internationalization: trends and tribulations. Research in Comparative and International Education, v. 7, n. 1. p. 20 – 33, 2012. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.2304/rcie.2012.7.1.20. Acesso em: 8 maio 2022.
KRIEGER, M. G.; FINATTO, M. J. B. Introdução à Terminologia: teoria & prática. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2020.
MOROSINI, M. Internacionalização do currículo: a produção em organismos internacionais. Roteiro, v. 43, n. 1, p. 115-132, 2018. Disponível em: https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/roteiro/article/view/13090/pdf. Acesso em: 5 jul. 2022.
PARANÁ. Lei estadual nº 15.050 de 12 de dezembro de 2006. Altera as normativas da profissão de pessoal técnico-administrativo nas universidades estaduais. Curitiba: Assembleia legislativa Estadual, 2006.
PARANÁ. Lei 17382 de 6 de dezembro de 2012. Regulamenta o cargo de agente universitário no Paraná. Curitiba: Assembleia legislativa Estadual, 2012.
PASCUA VILCHEZ, F. Glossário Terminológico da UNILA. Foz do Iguaçu: EDUNILA, 2019.
ROUSSEAU, L.-J. Terminologie et aménagement linguistique. In: Jornada panllatina de terminologia: perspectives i camps d'aplicació. Barcelona: Institut Universitari de Lingüística Aplicada, Universitat Pompeu Fabra, 1996.
SANTOS, F. S; ALMEIDA FILHO, N. A Quarta missão da universidade: Internacionalização universitária na sociedade do conhecimento. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2012.
SECRETARIA DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR – SETI. Censo do Ensino Superior. Curitiba, SETI, 2018. Disponível em: https://www.seti.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2019-09/censo_ensino_superior_2018.pdf. Acesso em: 10 maio 2022.
TAGNIN, S.; BEVILACQUA, C. (Org). Corpora na Terminologia. São Paulo: Hub Editorial, 2013.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA. Plano de Internacionalização da Pesquisa e Pós-Graduação: Estratégia 2018 – 2022. Londrina: UEL, 2018.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ. Política Institucional de Internacionalização da Universidade Estadual de Maringá. Maringá: UEM, 2018.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA. Política de Internacionalização 2021-2024. Ponta Grossa: UEPG, 2021.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE DO PARANÁ. RESOLUÇÃO CEPE 10/2018 – Aprova o Plano Estratégico de Internacionalização da UNICENTRO. Guarapuava: Unicentro, 2018.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ. RESOLUÇÃO COU 134/2017 – Aprova a Política de Internacionalização da Unioeste. Cascavel: Unioeste, 2017.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ. RESOLUÇÃO COU/UNESPAR 001/2018 – Estabelece a Política Institucional de Internacionalização da Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR. Paranavaí: UNESPAR, 2018.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Marcelo Stemposki Filho, Rosemary Irene Castañeda Zanette
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Os autores que publicam na Linguagem em Foco concordam com os seguintes termos:
- Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação. Os artigos estão simultaneamente licenciados sob a Creative Commons Attribution License que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da sua autoria e da publicação inicial nesta revista.
- Os conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores. Para tanto, solicitamos uma Declaração de Direito Autoral, que deve ser submetido junto ao manuscrito como Documento Suplementar.
- Os autores têm autorização para disponibilizar a versão do texto publicada na Linguagem em Foco em repositórios institucionais ou outras plataformas de distribuição de trabalhos acadêmicos (ex. ResearchGate, Academia.edu).