Educational praxis and grammar of resistance in the Viva a Palavra Program
DOI:
https://doi.org/10.46230/lef.v16i4.15218Keywords:
educational praxis, grammar of resistance, seed words, cultural pragmaticsAbstract
This article takes as its object of reflection and assumption for analysis the political and educational praxis of the Viva a Palavra Collective and its grammars of resistance. In this sense, I write from ten years of my experience in Viva a Palavra, as a transformative extension, research and teaching program and as a political and cultural collective of anti-capitalist resistance. From the perspective of cultural pragmatics, a way of doing research in Applied Linguistics and Popular Education that is committed to social transformation and that goes beyond descriptive and interpretive models of research, I discuss, through the analysis of the seed words in Viva a Palavra’s language practices, the ways to build inventive and collaborative research, in a stronger sense than what is understood as participant research. These paths point to research, extension and teaching that are committed to the praxis of liberation in grammars of resistance in anti-capitalist struggles and to confronting violence against black and indigenous youth on the peripheries of the big cities in “Améfrica Ladina”. The analysis of Viva a Palavra’s praxis also allowed me to highlight the seed words “dialog” and “friendship” in the midst of popular struggles as viable innovations, propositions of the grammars of resistance that emerge as ways of hoping for fairer, more egalitarian and fraternal ways of life.
Downloads
References
ALENCAR, C. N de. Pragmática cultural: uma proposta de pesquisa- intervenção nos estudos críticos da linguagem. In: RODRIGUES, M. G. et al. (Org.). Discurso: sentidos e ação. Franca: Unifran, 2015. v. 10. p. 141-162.
ALENCAR, C. N de. Projeto de extensão: Programa Viva a Palavra circuitos de linguagem, paz e resistência da juventude negra na periferia de Fortaleza. Fortaleza: Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Estadual do Ceará, 2014.
ALENCAR, C. N. de. O amor de todo mundo, palavras-sementes para mudar o mundo: gramáticas de resistência e práticas terapêuticas de uso social da linguagem por coletivos culturais da periferia em tempos de crise sanitária. DELTA: Documentação e Estudos em Linguística Teórica e Aplicada, [S. l.], v. 37, n. 4, 2022.
ALENCAR, C. N. de; GOMES, E. P. M. Literatura com o corpo todo: a tecnopolítica do afeto nas coletivas de poetas periféricas. Iluminuras, [S. l.], v. 25, n. 69, p. 307-325, 2024.
AUSTIN, J. Quando Dizer é Fazer Palavras e Ação. Traduzido por Danilo Marcondes de Souza Filho. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
BARATA-MOURA, J. Prática: para uma aclaração do seu sentido como categoria filosófica. Lisboa: Colibri, 1994.
BRITO, G. G. M. Linguagem, jogos de amorosidade e sistematização de experiência de participantes do Cursinho Popular Viva a Palavra. 2023. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) – Estadual do Ceará, Fortaleza, 2023.
COELHO, G. Paulo Freire e o Movimento MCP. In: ROSAS, P. Paulo Freire: educação e transformação social. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2002.
COELHO, Germano. MCP. História do Movimento de Cultura Popular. Recife: Ed. do autor, 2012.
DEMO, P. Metodologia Científica em Ciências Sociais. São Paulo: Atlas, 1995.
DUSSEL, E. Sistema-mundo y Transmodernidad. In: BANERJEE-DUBE, I.; MIGNOLO, W. (Orgs.) Modernidades coloniales: otros pasados, historias presentes. Ciudad de México: El Colegio de México, Centro de Estudios de Asia y África, 2014. p. 201-226.
FREIRE, P. As virtudes do Educador. São Paulo: Vereda Centro de Estudos em Educação; TV PUC, 1982.
FREIRE, P. Educação como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Instituto Paulo Freire, 1968.
GEERTZ, C. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1989.
GOLDMAN, M. Como funciona a democracia: uma teoria etnográfica da política, Rio de Janeiro, Editora 7 Letras, 2006.
GOMES, E. P. M. Decolonialidade epistemológica em tempos de monotecnologização da vida: uma tarefa ao pensar. Revista Linguagem em Foco, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 163-180, 2022.
GONZALEZ, L. Améfrica Ladina. Rio de Janeiro: Biblioteca Básica Latinoamericana 2023.
HARRIS, R. The Language Myth, London: Duckworth, 1981.
HARVEY, D. Espaços de esperança. 7. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2015.
MACIEL, W. N. Práxis político-educativa do sujeito social potencialmente revolucionário: a experiência da Associação de Moradores do Bairro da Serrinha. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022.
MARX, K. Teses sobre Feuerbach. Tradução de L. C. Castro e Costa. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
MEIRELES, A. J. A.; GORAYEB, A. Elementos para uma cartografia social dos territórios em disputa. In: CARVALHO, A. M. P. de; HOLANDA, F. U. X. de. (Orgs.). Brasil e América Latina: percursos e dilemas de uma integração. Fortaleza: Edições UFC, 2014. v. 1. p. 405-432.
MIGNOLO, W. Modernidades coloniales: otros pasados, historias presentes. Ciudad de México: El Colegio de México, Centro de Estudios de Asia y África, 2004.
MINAYO, M. C.; DESLANDES, S. F.; GOMES, R. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Editora Vozes Limitada, 1994.
NETTO, J. P. Desigualdade, Pobreza e Serviço Social. Revista em Pauta, Rio de Janeiro, v. 19, 2007.
OLIVEIRA, M. A. Reviravolta linguístico-pragmática na filosofia contemporânea. 3. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2006.
PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulinas, 2015.
QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: QUIJANO, A. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 117-142.
RORTY, R. A Filosofia e o Espelho da Natureza. Tradução de Antônio Trânsito. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1994.
SAVIANI, D. História das Idéias Pedagógicas. Campinas: Autores Associados, 2008.
SCHERER, L. A.; GRISCI, C. L. I. Cartografia como Método de Pesquisa para Estudos de Trabalho e Subjetividade. Revista de Administração Contemporânea, v. 26, n. 1, 2022.
SILVA, D. N.; ALENCAR, C. N. de. A propósito da violência na linguagem. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, SP, v. 55, n. 2, p. 129–146, 2013. DOI: 10.20396/cel.v55i2.8637294. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8637294. Acesso em: 12 nov. 2024.
SILVERSTEIN, M. Language Structure and Linguistic Ideology. In: CLYNE, P., W. Hanks & Indexical. Order and the Dialectics of the Sociolinguistic Life. Language & Communication, [S. l.], v. 23, p. 193-229, 2003.
SOUSA, A. O. de B. Cartografia de letramentos de insurgência dos movimentos sociais da periferia: “atravessando a rua” com o Programa de Extensão Viva a Palavra. 2021. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) – Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2021.
SOUSA JUNIOR, J. de. Marx e a crítica da educação: da expansão liberal democrática a crise regressivo-destrutiva do capital. Aparecida: Ideias e Letras, 2010.
SOUSA JÚNIOR, J. de. Práxis, ontologia e formação humana. Lisboa: Editora Lisbon Press, 2021.
VELHO, G; CASTRO, E. V. de. O conceito de cultura e o estudo das sociedades complexas: uma perspectiva antropológica. Artefato: Jornal de Cultura, [S. l.] v. 1, p. 4-9, 1978.
WITTGENSTEIN, L. Da Certeza. Tradução de Maria Elisa Costa. Lisboa: Edições 70, 2000.
WITTGENSTEIN, L. On Certainty. Oxford: Blackwell, 1969.
WITTGENSTEIN, L. Investigações Filosóficas. Traduzido por José Carlos Bruni. São Paulo: Abril Cultural, 1975.
WITTGENSTEIN, L. The philosophical investigations. Edited by G. E. M. Anscombe e Rush Rhees. Oxford: Blackwell, 1953.
ZENOBI, D. O antropólogo como “espião”: das acusações públicas à construção das perspectivas nativas. Mana, v. 16, p. 471-499, 2010.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Claudiana Nogueira de Alencar

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who publish in Linguagem em Foco Scientific Journal agree to the following terms:
- Authors retain the copyright and grant the journal the right of first publication. The articles are simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License which allows sharing the work with an acknowledgement of its authorship and initial publication in this journal.
- The concepts issued in signed articles are the absolute and exclusive responsibility of their authors. Therefore, we request a Statement of Copyright, which must be submitted with the manuscript as a Supplementary Document.
- Authors are authorized to make the version of the text published in Linguagem em Foco Scientific Journal available in institutional repositories or other academic work distribution platforms (ex. ResearchGate, Academia.edu).