“Acho que a escrita é fundamental”
Representações de professores de língua portuguesa sobre o com trabalho produção textual na escola
DOI:
https://doi.org/10.46230/2674-8266-12-4337Palavras-chave:
Interacionismo Sociodiscursivo, Trabalho Docente, EscritaResumo
O presente artigo tem como objetivo discutir relação existente entre o ensino de produção textual escrita e as representações de professoras de Língua Portuguesa sobre o ensino dessa competência na escola. A fundamentação teórica deste trabalho encontra-se, majoritariamente, no quadro teórico-metodológico do Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 1999; 2006; 2008). Para geração de dados, recorreu-se a à realização de entrevistas semiestruturadas, gravadas em áudio, com duas professoras de Língua Portuguesa da rede pública municipal de ensino de um município gaúcho. As análises focaram sobre as representações das professoras acerca do trabalho com produção textual escrita em suas aulas a partir de dois níveis da arquitetura textual propostos por Bronckart (1999): o nível da infraestrutura textual, focalizando a identificação dos tipos de discurso, e o nível da responsabilização enunciativa, especialmente a partir da identificação dos mecanismos enunciativos. Os resultados sugerem que, apesar de as professoras responsabilizarem-se enunciativamente pelo seu agir, ainda há muito o que se avançar em relação ao ensino de produção textual escrita na escola. Considera-se que esta pesquisa contribui para as investigações realizadas nesse campo ao reafirmar a importância de compreender mais a fundo a realidade da sala de aula a partir das representações dos professores para que se possa intervir qualificadamente em seu trabalho de ensino em propostas de formação continuada.
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