Como organizar um curso de línguas: mapeamento linguístico, propostas formativas e ensino pluri/translíngue
Palavras-chave:
Ensino, Pesquisa, ExtensãoResumo
Neste relato de experiência pretende-se demonstrar o processo de organização de um curso de línguas, realizado na Universidade de São Paulo em 2021, com a presença de seis línguas que ainda são pouco divulgadas no Brasil, especialmente no espaço acadêmico. Objetivamos aqui mostrar uma proposta formativa que se fundamenta no ensino pluri e translíngue, tal como propõem Cavalcanti, 2013 e Würzius (2017), precedida por um mapeamento linguístico (FAVARO, FREIRE e PUH, 2020) para se traçar o perfil da instituição em que o curso será realizado. A inserção da proposta numa concepção de ensino dupla deve-se ao fato de que não privilegia uma língua, mas uma variedade delas que são marcadas por diferentes funções históricas, sociais e culturais que foram colocadas em contato e, ao mesmo tempo, o resultado final transcendeu o conhecimento da/na língua unilateral, contribuindo para com o desenvolvimento da consciência e sensibilização linguística mais ampla e concreta. Trata-se, portanto, de apresentar uma possibilidade de elaboração de cursos que sejam atentos às características dos espaços onde serão oferecidos e que tenham uma proposta educativa de formar um público que esteja mais consciente e sensível à diversidade linguística brasileira e do mundo.
Palavras-chaves: Ensino; Pesquisa; Extensão.
Referências
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