Jump and watch: norms of masculinities in the play of a “black queer child”
DOI:
https://doi.org/10.47149/pemo.v7.e15353Keywords:
Education, Play, Experience Report, MasculinitiesAbstract
This article aims to analyze the processes of subjectivation and bodily production, with emphasis on gender and sexuality dynamics observed in the games of “jumping elastic” and “jumping rope” in a public school in Porto Ferreira, São Paulo, during Elementary School I, between 2001 and 2005. The study is autobiographical, in which the author conducts a reflective analysis of his own memories, aiming to understand how the construction of masculinities and the experience of being a “black queer child” manifest in educational formation. The reported experiences were interpreted considering ethical aspects related to confidentiality and the critical analysis of personal experiences. It is observed that these influences extend beyond the school environment, encompassing recess and family interactions, where tensions related to religiosity and gender and racial expectations emerge. Finally, the article discusses how certain behaviors are naturalized as exclusive to boys or girls, reflecting established social norms.
Downloads
References
ALMEIDA, Miguel Vale de. Género, masculinidade e poder: revendo um caso do Sul de Portugal. Anuário Antropológico, Rio de Janeiro, n. 95, p. 161-190, 1996.
BUTLER, Judith. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do “sexo”. In: LOURO, Guacira Lopes (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2013. p. 110-125.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renata Guiarte. 16. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.
BUTLER, Judith. Relatar a si mesmo: crítica da violência ética. Tradução de Rogério Bettoni. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
BUTLER, Judith. Vida precária. Contemporânea – Revista de Sociologia da UFSCar, São Carlos, Departamento e Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar, n. 1, p. 13-33, 2011.
CARNEIRO, Sueli. Dispositivo da racialidade: a construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 1. ed. São Paulo: Pólen, 2023.
CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o Encontro de Especialistas em Aspectos da Discriminação Racial Relativos ao Gênero. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 1, p. 171-188, 2002.
DELEUZE, Gilles. Pourparlers. Paris: Les Éditions de Minuit, 1990.
DILTHEY, Wilhelm. A construção do mundo histórico nas ciências humanas. Tradução de Marco Casanova. São Paulo: Editora Unesp, 2010.
DUQUE, Tiago. Ninguém nasce Inês Brasil, torna-se Inês Brasil: artefato cultural, pânico moral e “ideologia de gênero” em Campo Grande (MS). Momento – Diálogos em Educação, [S.l.], v. 28, p. 227-247, 2018.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. 13. ed. Rio de Janeiro: Editora Graal, 1988.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 2000.
FOUCAULT, Michel. O sujeito e o poder. In: RABINOW, Paul; DREYFUS, Hubert. Foucault: uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense, 1995.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1977.
HALL, Stuart. Cultura e representação. Tradução: Daniel Miranda e William Oliveira. Rio de Janeiro: PUC-Rio; Apicuri, 2016.
LOURO, Guacira Lopes. Corpo, escola e identidade. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 25, n. 2, p. 59-76, jul./dez. 2000.
LOURO, Guacira Lopes. Pedagogia da sexualidade. In: LOURO, Guacira Lopes (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 1999. p. 7–34.
MACHADO, Paula Sandrine. O sexo dos anjos: um olhar sobre a anatomia e a produção do sexo (como se fosse) natural. Cadernos Pagu, n. 24, p. 249–281, jan. 2005.
MEIRELLES, Renata; ECKSMIDT, Sandra; SAURA, Soraia Chung. Olhares por dentro do brincar e jogar, atualizados no corpo em movimento. In: MARIN, E. C.; GOMES-DA-SILVA, P. N. (Orgs.). Jogos tradicionais e educação física escolar. Curitiba: CRV, 2016.
MEYER, Dagmar Estermann; PARAÍSO, Marlucy Alves (Orgs.). Metodologias de pesquisa pós-críticas em educação. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2014.
MORAIS, Joelson de Sousa. Tecer com afeto, sensibilidade e emoção: a pesquisa narrativa autobiográfica em educação. Educação & Sociedade, Campinas, v. 46, p. e285316, 2025.
MISKOLCI, Richard. Do desvio às diferenças. Teoria & Pesquisa Revista de Ciência Política, São Carlos, v. 1, n. 47, 2009.
NOVELI, Marcio. Do off-line para o online: a netnografia como um método de pesquisa ou o que pode acontecer quando tentamos levar a etnografia para a internet? Revista Organizações em Contexto, São Paulo, v. 6, n. 12, p. 107-133, 2010.
PASSEGGI, Maria. Nada para a criança, sem a criança: o reconhecimento de sua palavra para a pesquisa (auto)biográfica. In: MIGNOT, A. C.; SAMPAIO, C. S.; PASSEGGI, M. C. Infância, aprendizagem e exercício da escrita. Curitiba, PR: CRV, 2014. p. 133-148.
PASSEGGI, Maria; NASCIMENTO, Gilcilene; OLIVEIRA, Roberta Antunes Medeiros de. As narrativas autobiográficas como fonte e método de pesquisa qualitativa em educação. Revista Lusófona de Educação, [S.l.], n. 33, 2016, p. 111-125.
PISCITELLI, Adrianna. Interseccionalidades, categorias de articulação e experiências de migrantes brasileiras. Sociedade e Cultura, [S.l.], Goiânia, v. 11, n. 2, 2008.
PRECIADO, Beatriz. Manifesto contrassexual: práticas subversivas de identidade sexual. Tradução de Maria Paula Gurgel Ribeiro. São Paulo: N1 Edições, 2014.
PRECIADO, Beatriz. Quem defende a criança queer? Tradução de Fernanda Ferreira Marcondes Nogueira. Jangada: crítica, literatura, artes, [S.l.], v. 1, n. 1, p. 96–99, 2018.
PRECIADO, Paul Beatriz. Testo junkie: sexo, drogas e biopolítica na era farmacopornográfica. São Paulo: n-1 Edições, 2018.
RIOS, Pedro Paulo de Souza; DIAS, Alfrancio Ferreira; BRAZÃO, José Paulo Gomes. “As brincadeiras denunciavam que eu era uma criança viada”: o gênero "fabricado" na infância. Revista Educação em Questão, [S. l.], v. 57, n. 54, 2019.
RICOEUR, Paul. Memória, a história, o esquecimento. Tradução de Alain François et al. Campinas: Editora da Unicamp, 2007.
PASSEGGI, Maria da Conceição; ROCHA, Simone Maria da. Narrativas de experiências docentes em classe hospitalar: ensinar aprendendo. Linhas Crí¬ticas, [S.l.], v. 24, p. e18969, 2018.
ROSE, Nikolas. Inventando nossos eus. In: SILVA, Tomaz T. (Org.). Nunca fomos humanos. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. p. 137-204.
SILVA, Pedro Ivo Rodrigues da; JORGE, Fabíola Alcântara; FERREIRA, Francisca Micaely do Nascimento. Meninas e meninos: brincar e suas relações de gênero. Ensino em Perspectivas, [S.l.], v. 1, n. 2, p. 1-7, 2020.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Currículo e identidade social: territórios contestados. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis: Vozes, 2013. p. 185-201.
SPOLAOR, Gabriel da Costa; GRILLO, Rogério de Melo; PRODÓCIMO, Elaine. O corpo lúdico como possibilidade de transgressão na escola. Corpoconsciência, Cuiabá, v. 24, n. 2, 2020.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.
TAKAKURA, Sandra Mina. Masculinidade como homofobia: medo, vergonha e silêncio na construção de identidade de gênero. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 3, n. 4, p. 97–124, 2017.
VALENTE, Natália Parente de Lima; SILVA, Solonildo Almeida da; JUCÁ, Sandro Silveira. Narrativas (auto)biográficas e formação de professores: análise das dissertações e teses produzidas no Brasil. Práticas Educativas, Memórias e Oralidades – Rev. Pemo, [S.l.], v. 7, p. e12886, 2025.
WENETZ, Ileana. Gênero, corpo e sexualidade: negociações nas brincadeiras do pátio escolar. Cadernos CEDES, [S.l.], v. 32, n. 87, p. 199–210, maio 2012.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Silas Miquéias da Silva Boldo (Autor)

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.







