Gêneros Discursivos e Textuais no Ensino de Língua Portuguesa em Timor Leste
DOI:
https://doi.org/10.46230/2674-8266-12-3116Palavras-chave:
Oralidade, Gêneros, Ensino, Português, Língua não maternaResumo
Este trabalho apresenta uma discussão sobre as correntes teóricas que se utilizam das nomenclaturas gêneros discursivos e gêneros textuais e as interlocuções dessas teorias com os processos de ensino-aprendizagem de linguagem. O conceito de gêneros do discurso é proveniente dos estudos desenvolvidos pelo filósofo russo Mikhail Bakhtin e integrantes de um grupo conhecido como Círculo de Bakhtin. Na releitura que realiza deste conceito, a corrente de estudos denominada de Interacionismo sociodiscursivo, opta pela utilização da nomenclatura gêneros textuais (Bronckart, 2007). Tal distinção orienta-se, sobretudo, pelas finalidades de cada grupo, cujas opções teórico-metodológicas devem ser levadas em consideração em seu emprego nos processos de ensino e aprendizagem (Rojo, 2005). Com base nessas discussões teórico-metodológicas e na reflexão sobre as os aspectos sócio-históricos presentes no contexto timorense, apresento uma Sequência Didática (Dolz; Noverraz; Schneuwly, 2004) que visa, por meio do trabalho com a oralidade, ao ensino da Língua Portuguesa para falantes não nativos dessa língua – realidade observada nos processos de ensino e aprendizagem em Timor-Leste. Ainda que o emprego dos gêneros não faça parte, efetivamente, da prática dos professores timorenses, provavelmente resquício de uma educação pautada na gramática da língua, este trabalho promove a reflexão sobre a metodologia utilizada e a abertura para adequações à prática docente.
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