Linguística Aplicada, epistemologias decoloniais e pedagogia freiriana
articulando linguagem, educação e resistência
DOI:
https://doi.org/10.46230/lef.v16i4.14660Palavras-chave:
linguística aplicada, estudos decoloniais, pedagogia freiriana, linguagem e educação, resistênciaResumo
A partir da intersecção entre Linguística Aplicada, estudos decoloniais e pedagogia freiriana, buscamos articular linguagem, educação e resistência. Tomando como base a Linguística Aplicada Crítica (Rajagopalan, 2003, 2006, 2010; Kleiman, 2013), INdisciplinar (Moita Lopes, 2006) e Transgressiva (Pennycook, 2006), que focaliza as vozes do Sul, questionamos o Norte global como única fonte de conhecimento. Além disso, as epistemologias decoloniais (Quijano, 2005; Lander, 2005) fornecem pressupostos para a desconstrução da visão eurocêntrica e o fortalecimento dos saberes locais e periféricos. Nesse sentido, a pedagogia de Paulo Freire (1983, 1987, 1992) possibilita práticas de ação educacional voltadas para a emancipação e resistência à opressão. Por fim, defendemos uma educação linguística comprometida com a justiça social, que valorize práticas de linguagem que promovam a transformação e o empoderamento das vozes do Sul.
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