Face monetizada

um ensaio sobre os conceitos de face e polidez no contexto

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46230/2674-8266-15-12108

Palavras-chave:

face, positividade, rede social

Resumo

O conceito de face ganhou bastante destaque nos estudos sociológicos e linguísticos, especialmente na área da pragmática e sociolinguística interacional. Postulado na década de sessenta, e embora coerente com a atualidade, o conceito não abriga as características das interações da pós-modernidade. Portanto, este texto tem como objetivo atualizar o conceito de face relacionando-o aos estudos da polidez e da positividade na performance do “eu” em interações das redes sociais. Proponho que a face positiva, em tempos de capitalismo tardio, seja considerada uma face essencialmente positivada, a começar pela essência individualista do paradigma de polidez, que, talvez influenciados também pelo contexto histórico e social da época se permitiram vislumbrar um conceito tão alinhado com a perspectiva já apontada. Para isto, foi realizada uma revisão bibliográfica que incluiu os estudos de Goffman (1963a;1963b;1967;1975), Brown e Levinson (1987), Bourdieu (2010), Brinkmann (2022), Cabanas e Illouz (2022), Han (2019), Ortega e Gasset (1962), Barros (2011), Recuero (2009), Strömquist (2023), entre outros. Considerando o contexto do capitalismo tardio e da intensificação das interações sociais através das redes sociais da internet, defendo que a face é monetizada, sendo ela essencialmente positivada por meio de uma fluidez inerente variando conforme o contexto e o nicho interacional.

 

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Biografia do Autor

Geórgia Maria Feitosa e Paiva, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab)

Doutora em Linguística pela Universidade Federal do Ceará, onde também obteve o título de mestre em Linguística no ano de 2008. Em 2007, tornou-se especialista em Ensino da Língua Portuguesa pela Universidade Estadual do Ceará. No ano de 2005, obteve o título de bacharel em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Universidade de Fortaleza. Atualmente, é Professora Adjunta do Instituto de Linguagens e Literaturas da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Professora Permanente do Mestrado Interdisciplinar em Humanidades da Unilab (MIH), Membro do Comitê de Ética e Pesquisa da Unilab (CEP). Com relação às atividades de pesquisa, Geórgia é líder do Grupo de Pesquisa GEPPIL (Grupo de Estudos em Preconceito, Polidez e Impolidez Linguística), cujas atividades científicas e orientação concentram-se nas seguintes áreas: análise da conversação, sociolinguística, gêneros digitais, comunicação,pragmática, educação à distância e (im)polidez linguística (sua maior área de interesse).

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Publicado

2024-05-14

Como Citar

PAIVA, G. M. F. e. Face monetizada: um ensaio sobre os conceitos de face e polidez no contexto . Revista Linguagem em Foco, Fortaleza, v. 15, n. 3, p. 80–96, 2024. DOI: 10.46230/2674-8266-15-12108. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/linguagememfoco/article/view/12108. Acesso em: 7 dez. 2024.