Arquivos - Página 2

  • Tensões Mundias (Edição Temática): BRICS
    v. 10 n. 18,19 (2014)

    A coleção de textos sobre os BRICS escritos por reconhecidos acadêmicos, brasileiros e estrangeiros foram escolhidos com diligência por Ana Saggioro Garcia e Patrick Bond, colaboradores destes dois números, excepcionalmente, reunidos em um único volume. Interessa discutir as perspectivas críticas de uma proposta, cuja retórica valoriza a cooperação, mas que é uma empreitada coerente com a expansão capitalista e sua produção de desigualdades! As contradições do BRICS têm criado resistência social. Protestos mundiais contra o modelo de crescimento econômico pró-corporativo, que traz grave destruição ambiental. Três fatores motivaram esta iniciativa do Observatório das Nacionalidades: as estreitas conexões entre o nacionalismo e o internacionalismo; a realização da VI Cúpula dos BRICS, em Fortaleza (julho de 2014); desconhecimento das populações dos cinco países sobre os BRICS e o que pretendem.

     

    Artista dessa edição 

    Nesta edição temática sobre os BRICS homenageamos e agradecemos aos artistas que tem, gentilmente, cedido suas obras para ilustrar a revista Tensões Mundiais. 

    Artist of this edition

    In this thematic edition on the BRICS we honor and thank the artists who have kindly donated their works to illustrate the journal World Tensions.

  • Tensões Mundiais
    v. 9 n. 17 (2013)

    Abrimos este número com um ensaio de Estéban Vernik acerca dos significados atribuídos à nação por Weber. Suas perspectivas analíticas variavam conforme os escritos fossem de teor sociológico ou político. Dois artigos têm como fio condutor o conceito de subimperialismo. O primeiro resulta de pesquisa com o intuito de examinar as particularidades do capitalismo brasileiro, tendo como referencial a abordagem marxista da dependência. As formulações de Marini persistem atuais frente às contradições da sociedade e à forma como ocorre nossa inserção internacional. Diego Pautasso discute o subimperialismo a partir de um caso concreto: as relações sino-brasileiras com a África subsaariana.

     

    Artista dessa edição

    Graciano Dantas da Silva nasceu em Fortaleza há 46 anos. Ainda pequenino, seus pais - o pescador Pedro e a rendeira Aldenora - vieram morar na praia do Iguape, município de Aquiraz. É no povoado de pescadores, onde reside até hoje, que Graciano encontra inspiração para suas pinturas. Sem nunca ter frequentado um ateliê de arte, ele sonha em expor seus quadros que retratam com tintas coloridas, rendas e alto relevo a paisagem, o trabalho e a cultura de uma comunidade marítima do Ceará.

    Artist of this edition 

    Graciano Dantas da Silva was born in Fortaleza 46 years ago. When he was a little kid, his parents - the fisherman Pedro and the artisan Aldenora - came to live on the beach of Iguape, municipality of Aquiraz. It is in the fishermen village, where he resides today, that Graciano finds inspiration to his paintings. Without ever having attended a workshop of art, he dreams on exposing his works that portray with colored tints, laces and high relief the landscape, the work and the culture of a maritime community of Ceará.

  • Tensões Mundiais
    v. 9 n. 16 (2013)

    Mais uma vez presente em nossa revista, Benedict Anderson observa os critérios políticos que orientam a outorga do Nobel de literatura, revelando as tendências de três conjunturas distintas: a que antecede a configuração da bipolaridade, a da Guerra Fria e o pós-Guerra Fria. Fica claro que o mérito intrínseco cede a vez à conformação da hegemonia internacional. Dois artigos examinam aspectos intrigantes da realidade africana: a dificuldade de absorção de valores ocidentais na Guiné-Bissau, em particular os relativos aos “direitos humanos”; os discursos e as práticas de grupos islâmicos no Egito, especialmente a Irmandade Mulçumana, após a queda de Hosni Mubarak.

     

    Artista dessa edição

    Lindenberg Munroe nasceu em Fortaleza e, desde 2008, reside em Manchester, Inglaterra. O desenho foi sua primeira manifestação artística, aos cinco anos de idade. Também é músico/compositor e trabalha com vídeo/edição, animação em 3D e fotografia. Em suas obras, Lindenberg parte de ideias simples como pontos, círculos e linhas que evoluem para estruturas mais complexas, podendo resultar numa finalização abstrata ou figurativa. Assim, busca um diálogo entre simplicidade e complexidade, ciente de que esses dois elementos são inseparáveis em suas mais abrangentes perspectivas.

    Artist of this edition

    Lindenberg Munroe was born in Fortaleza, and since 2008 lives in Manchester, England. At the age of five he was introduced to arts and made his first drawings. He is also a musician/writer and works with video/edition, 3D animation and photography. In his oeuvres, Lindenberg starts with simple inspiration, as dots, circles and lines, which evolve to more complex structures that can result at an abstract or figurative finalization. So, he seeks a dialogue between simplicity and complexity, aware that these two components are inseparable in their wider perspectives.

     

  • Tensões Mundiais (Edição Temática): Desastres Naturais
    v. 8 n. 15 (2012)

    Neste número sobre a economia política dos desastres ambientais reunimos trabalhos, que fundamentados na teoria e na pesquisa empírica, exploram as práticas de poder e de resistência associadas às catástrofes "naturais". Os autores que aceitaram o desafio compartilham dessa preocupação, embora tenham múltiplas áreas do conhecimento, vivenciem experiências diversas e trabalhem em diferentes partes do mundo. Como lembra Donna Houston na apresentação dessa edição, o tema requer repensar a noção de desastre ambiental não como uma série de eventos externos ou "choques", mas como parte de uma crença no progresso contínuo e permanente impulsionado pelo capitalismo.

     

    Artista dessa edição

    As pinturas de Mardônio Carvalho Mapurunga, engenheiro agrônomo e artista plástico, ilustram esta edição temática de Tensões Mundiais. Seus desenhos figurativos de pessoas, anjos, pássaros, peixes e dragões, quase sempre entrelaçados, geram imagens com composições inusitadas. Para expressar sua visão de mundo, Mardônio adota uma técnica peculiar com fortes conexões ao grafite e ao surrealismo.

    Artist of this edition 

    The paintings of Mardônio Carvalho Mapurunga, agricultural engineer and artist, illustrate this thematic issue of World Tensions. His figurative drawings of people, angels, birds, fishes and dragons, frequently intertwined, produce images with unusual compositions. To express his worldview, Mardônio adopts a peculiar technique with strong connections to graphite and surrealism.

     

     

  • Tensões Mundiais
    v. 8 n. 14 (2012)

    Prosseguimos apresentando as elaborações de Wolfgang Knöb sobre o nacionalismo britânico, tema-chave para a compreensão da dinâmica política moderna. Admitindo que o sentimento nacional se tornou imprescindível à legitimação do Estado, como explicá-lo em se tratando de Impérios, que combinam valores modernos com instituições arcaicas? As obras de Mário Vargas Llosa e Rachel de Queiroz são examinadas e estimulam o debate sobre a dinâmica cultural associada à construção das nacionalidades. Dois artigos abordam o ensino militar: Germán Soprano discute a reforma da educação dos oficiais argentino; Sued Lima observa a dissociação entre a formação dos oficiais brasileiros e as transformações democráticas. 

     

    Artista dessa edição

    Iana Soares nasceu em Fortaleza. Formou-se em Ciências Sociais (UECE) e estuda Comunicação Social (UFC), tendo atuado junto a movimentos sociais indígenas e camponeses. No seu percurso profissional, percebeu que, além de palavras, podia usar a luz para contar histórias. Assim, vem se dedicando à fotografia que reflete a “ficcionalização” do cotidiano ou o real imaginado. Iana participou de várias exposições no Ceará. As fotos que ilustram esta edição compõem um ensaio realizado em 2012, durante sua viagem a Buenos Aires e Montevidéu. Atualmente; ela é editora-adjunta do Núcleo de Imagem do jornal O POVO e diretora do Instituto da Fotografia. 

    Artist of this edition

    Iana Soares was born at Fortaleza. She graduated in Social Sciences (UECE) and studies Social Communication (UFC), having worked with indigenous and peasants’ social movements. During her professional trajectory, she realized that, besides words, she could use light to tell stories. So, she has been dedicated to the photography which reveals the “fictionalization” of everyday life or the imagined reality. Iana contributed with many exhibitions at Ceará. The pictures that illustrate this edition are part of a composition made during her trip to Buenos Aires and Montevideo. Actually, she is adjunct-editor of the Center for Images at O POVO newspaper and director of the Institute of Photography.

  • Tensões Mundiais (Edição Temática): África
    v. 7 n. 13 (2011)

    A África concentra intrigantes processos relacionados à afirmação de comunidades nacionais. Nesse Continente estão povos e etnias fragmentados pelo jogo de poder entre potências imperiais, há Estados não legitimados por nações e nações sem Estados. Há cerca de três anos o Observatório das Nacionalidades vem se aproximando da África com a assessoria de Rosemary Galli. As matérias desta edição dedicada aos assuntos africanos e produzida por intelectuais africanos trazem pontos de vista diferenciados da percepção ocidental, a começar pelas reflexões de João Paulo Borges Coelho sobre o papel estratégico do Oceano Índico e os desafios à segurança marítima da África Austral. 

     

    Artista dessa edição

    Rui Jorge Semedo é natural de Guiné-Bissau e sua admiração pelas artes plásticas começou desde muito cedo. Mas, foi no Brasil, durante a graduação em ciências sociais na Universidade Federal de Roraima e como mestrando no programa de pós-graduação em ciência política na Universidade Federal de São Carlos, que surgiu a inspiração para pintar. O conjunto de dez obras resultou na exposição intitulada “Fora do lugar: negação dos deveres e direitos”. As telas retratam a situação sociopolítica africana e, particularmente, de sua terra natal.

    Artist of this edition

    Rui Jorge Semedo, born in Guinea-Bissau, enjoyed arts since he was a child. But, it was in Brazil, during his studies on Social Sciences at the Federal University of Rondonia and, latter, while doing his master degree in Political Science at the Federal University of São Carlos that he became inspired to paint. The set of ten works was first presented at an exhibition called “Out of place: the denial of rights and duties”. The paintings show African sociopolitical reality and, more particularly, the situation on his homeland. 

  • Tensões Mundiais
    v. 7 n. 12 (2011)

    As reflexões de Benedict Anderson ajudam nosso propósito de explorar a construção das nacionalidades aliada à intensificação dos intercâmbios mundiais. As nações, apresentadas como uniões sentimentais entre iguais, nascem e se consolidam como expressões da legitimidade de Estados obrigados a conviver em ordenamento globalizado. Dois estudos abordam a veloz ascensão da China como potência; alianças e pactos entre as nações são redefinidas considerando as possibilidades oferecidas pelas relações com a China. Xiaoqin Ding destaca a importância da América Latina e da África para o expansionismo chinês, enquanto Jawdat Abu-El-Haj vasculha um aspecto estratégico do esforço desenvolvimentista: a política de telecomunicações.

    Artista dessa edição

    Rian Fontenele nasceu, em 1977, na cidade de Ubajara, Ceará. Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Ceará, Rian frequentou a renomada Da Vinci Escola D’art em Barcelona. Seu trabalho inclui linguagens diversas, como a gravura, a xilogravura, a pintura e o desenho. O artista plástico participou de diversas exposições dentro e fora do Brasil. Em 2005, recebeu o premio de melhor desenho da XIII Unifor Plástica e, em 2009, foi agraciado com o premio de melhor pintura pela Bienal da Unifor. Os belos traços e tons sutis da obra de Rian ilustram esta edição de Tensões Mundiais.

    Artist of this edition

    Rian Fontenele was born in 1977, at Ubajara, in the state of Ceará. He graduated in the field of Urbanism and Architecture at Federal University of Ceará, and attended the well-known Da Vinci School of Arts, at Barcelona. His work includes a diversity of languages like engraving, design, painting, and drawing. The artist has participated in many expositions in Brazil and outside the country. In 2005 he was awarded as the best drawing at the XIII Unifor Plástica and in 2009 as the best painting at Bienal Unifor. The beautiful lines and subtle colors of Rian’s oeuvre illustrate this edition of World Tensions.

  • Tensões Mundiais
    v. 6 n. 11 (2010)

    O conjunto de artigos deste número desmonta noções consagradas sobre a nação na sociedade moderna, a começar pelo Oriente Médio e o Leste Europeu. Jamil Zugueib e Fábio Sahd evidenciam que a comunidade libanesa não decorre tanto de afinidades de seus integrantes quanto de intervenções ocidentais. Siniša Malešević argumenta que as secessões na Bósnia-Herzegovina não podem ser compreendidas a partir de paradigmas como as dimensões cultural, econômica e política; destaca variáveis da geopolítica e da ideologia para explicar a violência étnico-nacionalista. Por todo o século XX, milhões foram mobilizados para matar e morrer em nome de interesses nacionais. O sangue adubaria a sacralidade da nação.

    Artista dessa edição

    Pedro Bismarck de Albuquerque Filho, natural de Iguatu, no Ceará, pintou suas primeiras telas aos 14 anos. Desde então, ele participou de vários cursos, recebeu incentivo dos artistas Zezé Macedo e Antonio Babinski e ensinou Artes Plásticas em João Pessoa. Admirador das obras de Kandiski e Pollock, Pedro define seu estilo como “abstrato” e utiliza cores vibrantes e alegres como pode ser visto nas suas pinturas que ilustram este número de Tensões Mundiais.

    Artist of this edition

    Pedro Bismarck de Albuquerque Filho was born in Iguatu, Ceará, and his first canvases were done at the age of fourteen. Since then, he participated in various courses, received encouragement from artists like Zezé Macedo and Antonio Babinski, and taught Plastic Arts in João Pessoa. Admirer of the works of Kandiski and Pollock, Pedro defines his style as “abstract” and uses vibrant and joyful colors as can be seen in his paintings that illustrate this edition of World Tensions.

  • Tensões Mundiais
    v. 6 n. 10 (2010)

    Abrimos esta edição com um artigo sobre o papel do Barão do Rio Branco na consolidação da nacionalidade brasileira. Seu autor, Luis Cláudio Vilafañe, diplomata integrado ao Observatório das Nacionalidades, analisa as características do nacionalismo brasileiro: o caráter tardio, o território como mito de origem e o esforço para relacionar dinastia e nação. Daniel Zirker reflete sobre a experiência das tropas neozelandesas e brasileiras na Segunda Guerra Mundial. No exército da Nova Zelândia, predominaram os maoris e, no brasileiro, os nordestinos. Em ambos os casos, tratava-se de homens em busca de perspectiva de vida e de reconhecimento como cidadãos. 

    Artista dessa edição

    Na vida de Francisco Cardoso de Oliveira Júnior, os trabalhos de artista plástico, designer gráfico e ilustrador se misturam. Todos são formas de expressão de idéias e estão impregnados de referências a escolas e estilos que o artista mistura a bel prazer em busca da construção de uma icnografia própria. Suas obras contêm forte influência da arte popular nordestina, pois acredita que “quanto mais um homem fala sobre seu quintal mais aparece verdadeiramente aquilo que de universal existe”. Como qualquer criança, Francisco Cardoso adorava desenhar e nunca parou, sendo premiado no Salão Paulista de Arte Contemporânea e em exposições em Fortaleza, cidade onde nasceu em 1966.

     

  • Tensões Mundiais
    v. 5 n. 9 (2009)

    Durante o século XX, a superação dos Estados nacionais como esteios da ordem global foi anunciada e, sem demora, negada pelos fatos. Dois casos merecem destaque. João Quartim de Moraes, partindo da ideia de que os israelenses, não os judeus, constituíram uma nação fundada no sionismo, evidencia as relações desse movimento com o colonialismo, o fascismo e o racismo. O esforço para a construção da nacionalidade sul-africana revela-se no texto de Dennis Brutus, acadêmico e poeta, por sua luta contra o apartheid, escrito juntamente com Patrick Bond.

    Artista dessa edição

    Carlus Campos nasceu no município de Russas, Ceará. Ainda criança, influenciado pelos seriados de ficção cientifica da TV, começou a desenhar. O desenho, aliás, constitui sua forma predileta de manifestação artística. Em 1987, passou a atuar profi ssionalmente como ilustrador e caricaturista na imprensa local. Após breve incursão pela publicidade, retornou ao jornalismo, em que hoje desenvolve trabalhos com infogravura, pintura e colagem. Frequentando exposições no país e no exterior, com signifi cativa presença nos salões internacionais de humor, Carlus se destaca por suas peças publicitárias, livros infantis e artes plásticas, cuja ênfase é a experimentação.

  • Tensões Mundias
    v. 5 n. 8 (2009)

    Ao completar quatro anos, a revista mantém seu foco na construção das nacionalidades e em aspectos substantivos das relações internacionais. Esta edição agasalha uma matéria que associa temas candentes: a preservação do ambiente, a busca de alternativas energéticas e a crise na oferta de alimentos. Se o agrocombustível desperta interesse por ser menos prejudicial ao meio ambiente, agrava o problema do abastecimento alimentar das comunidades empobrecidas. Maria Luísa Mendonça e Peter Rosset demonstram a conexão entre essas questões e defendem a ideia de soberania alimentar.

    Artista dessa edição

    Inês Roland nasceu na cidade de Fortaleza, em 1955, e ainda cedo revelou pendor para o desenho. Frequentando cursos na Casa Raimundo Cela e no Nuclearte, descobriu a pintura, seu meio de expressão até hoje. A paisagem marinha do Meireles e do Mucuripe causou-lhe forte impressão transfigurada em arte, sendo o motivo da sua primeira tela, seguido por cenas campestres, naturezas mortas, temas religiosos. Recentemente, surgem duas séries: a figuração de bairros tradicionais invadidos por grandes edifícios e pelo negro do asfalto, e a mata tropical fulgurante, em que se percebe a marca de gestos humanos – árvores e galhos cortados, picadas, caminhos. Inês participa de eventos e exposições de artes desde os anos 1970 e, em 2009, expôs parte das telas mostradas neste número de “Tensões Mundiais” na “II Mostra SESC de Arte Naïf”. 

  • Tensões Mundiais
    v. 4 n. 7 (2008)

    A primeira edição temática de Tensões Mundiais volta-se para o debate oportuno e necessário sobre a integração regional. Com suas propensões democráticas e libertárias, a integração das nações sul-americanas revela as mudanças no sistema internacional. Trata-se de um processo que, não obstante suas limitações, retoma ideias lançadas após as guerras de independência, portanto, há dois séculos. As ex-colônias se movimentam numa direção nitidamente diferente da subordinação às grandes potências em que sempre viveram; reagem, em particular, à dominação firmada durante a “guerra fria”, quando a América do Sul passou a ser vista como território seguro para os desígnios estadunidenses. 

    Artista dessa edição

    Marília Bulhões nos presenteia, nesta edição, com algumas de suas obras abstratas em acrílico sobre tela, revelando o trajeto e o olhar da artista plástica potiguar sobre o mundo. Em 1996, deixou Natal, no Rio Grande do Norte. Desde então, residiu em Caracas, Bogotá, Washington, Nova York e Assunção. Enquanto no exterior, aproveitou para aprimorar sua formação artística. Estudou na Corcoran College of Arts and Design e na The Art Students League of New York. Em 2008, retornou ao Brasil. Com participação expressiva em mostras no país e no estrangeiro, Marília exibe em seus trabalhos traços fortes e marcantes, com texturas peculiares e gestuais.

  • Tensões Mundiais
    v. 4 n. 6 (2008)

    Nesta edição, Miroslav Hroch examina os vínculos entre a construção da nacionalidade e a escrita da “história nacional” e Otávio Velho questiona o modelo convencional de modernidade, que no campo político se manifesta no Estado-nação. Merece destaque a contribuição de quatro pesquisadoras: Ana Roland, provocada pelo filme Amarelo Manga, discute os laços entre cinema e literatura; Odileiz Cruz estuda as formas de vida dos indígenas de Raposa Serra do Sol e a absorção de novos elementos culturais; Daniele Ellery e Léa Carvalho investigam a formação das nacionalidades em Cabo Verde e Guiné Bissau.

    Artistas dessa edição

    Francisco Sérgio Sales Pinheiro (Sérgio Pinheiro) nasceu em Jaguaribe (CE) em 1949. Ainda jovem, aprende
    múltiplas técnicas artísticas com Zenon Barreto e viaja para o Rio de Janeiro, onde estuda comunicação visual no Museu de Arte Moderna. Na década de 1980, obtém o diploma de mestre em artes plásticas na Universidade de Paris. Participa do Salão dos Independentes, da Exposição de Artistas Latino-Americanos e do evento Art en Boite que acontece em diversos países, além de realizar exposições individuais. Mantém relação profissional com a Galeria Denise René, porta de entrada dos que se interessam pelo construtivismo no mundo artístico. Em 2007, comemora quarenta anos de pintura no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura apresentando, com a ajuda de recursos digitais, o tema que desenvolve atualmente: Os Ambulantes.

  • Tensões Mundiais
    v. 3 n. 5 (2007)

    Na sequência das discussões sobre as nacionalidades na Europa, Miroslav Hroch analisa os mal-entendidos terminológicos e metodológicos do “nacionalismo”. A formação da identidade europeia demandaria a inclusão dos países pós-comunistas e a superação da percepção destas comunidades como portadoras de sentimentos destrutivos. Já Daniel Esparza aborda o ressurgimento do mito das “duas Espanhas”, originado durante a Segunda República e a Guerra Civil espanhola. Quanto aos processos nacionais latino-americanos, as tensões vividas pelos venezuelanos são o tema central do artigo de James Petras. A campanha pelas reformas constitucionais deve ser entendida como parte do longo processo de transformações sociais.

     

    Artista dessa edição

    Maria do Socorro Torquato Maia, ou Côca, nasceu na cidade de Parambu, na região de Inhamuns (CE), no dia
    26 de abril de 1958. Autodidata, desde jovem executa trabalhos artísticos, mas só em 1992 assumiu profissionalmente seu talento. Foi colaboradora assídua do jornal O Pão e ilustrou vários livros e cordéis. É desenhista, pintora e escultora. Desde 1996, dedica-se à produção de cerâmicas vitrificadas. Sua produção artística está intimamente ligada ao movimento armorial, criado por Ariano Suassuna, e busca, em síntese, uma arte elaborada a partir das mais profundas raízes da cultura nordestina. Côca Torquato tem realizado, de 1998 até os dias atuais, várias exposições (individuais e coletivas) em diversas capitais brasileiras e em países como França e Portugal.

  • Tensões Mundiais
    v. 3 n. 4 (2007)

    Apresentamos nesta edição uma entrevista com Miroslav Hroch. Este eminente historiador tcheco fala de seu percurso familiar e acadêmico, comenta os movimentos nacionais do século XIX, discute o patriotismo sob o regime socialista, o “novo nacionalismo” da Europa pós-comunista e as repercussões da integração europeia sobre os processos nacionais. Fruto de investigações em curso no Observatório das Nacionalidades, oferecemos dois artigos de seus coordenadores: Mônica Martins explora os estreitos vínculos entre as diretrizes estratégicas do Banco Mundial e as experiências guerreiras estadunidenses; Manuel Domingos estuda o papel do general francês Maurice Gamelin na modernização do Exército brasileiro.

     

    Artista dessa edição

    O quarto número de Tensões Mundiais apresenta as obras do artista plástico João Sérgio Sousa Lima (09/9/1946). Sua primeira exposição individual retratava os conturbados acontecimentos políticos de 1968.
    Neste ano, transferiu-se de Fortaleza para o Rio de Janeiro, onde participou do movimento artístico da cidade, estudou com Maria Bonomi e realizou trabalhos de criação visual. Na década de 1970, iniciou sua fase ecológica, denunciando as agressões aos espaços urbanos, a poluição nos rios e a devastação de florestas, o que lhe conferiu inúmeros prêmios no Brasil e no exterior. Sérgio continua atuante no mundo das artes.

  • Tensões Mundiais
    v. 2 n. 3 (2006)

    Mesclando reflexões teóricas e investigações empíricas, autores brasileiros e estrangeiros, “Tensões Mundiais” persiste no intento de contribuir com a ampliação e o aprofundamento do estudo sobre este intrigante fenômeno da sociedade mundializada: a emergência e a afirmação das comunidades nacionais. Sinisa Malesevic abre esse terceiro número com um instigante artigo sobre o papel da violência na construção da nação. A partir da revisão crítica das teorias do consenso e do conflito, bem como da dinâmica própria da violência coletiva, o professor de origem servo-croata adianta conceitos alternativos de coerção e poder no quadro histórico do Estado-nação.

     

    Artista dessa edição

    A obra da artista e educadora Nice ilustra os artigos deste terceiro número de Tensões Mundiais. O colorido vivo de suas pinturas e seus bordados revelam uma alma alegre, marcada pelos dias luminosos de Aracati, onde nasceu (18/07/1921). Desde que ingressou na Sociedade Cearense de Artes Plásticas (1950), sua vida tem sido dedicada à pesquisa e ao ensino de artes plásticas, particularmente em escolas públicas. Exposições no 9º Salão de Abril, em Fortaleza, ou na Casa das Culturas do Mundo e no 3º Salão Internacional de Arte Naif, em Paris (1986), fazem parte do cotidiano de Nice. Hoje, ela continua com seu trabalho de formação de jovens e crianças no Conservatório de Música Alberto Nepomuceno.  

  • Tensões Mundiais
    v. 2 n. 2 (2006)

    A presente edição conta com uma entrevista de John Breuilly, renomado estudioso da etnicidade e da construção das nacionalidades. O sólido domínio da literatura especializada permite a esse experiente historiador inglês desenhar um rico panorama das questões que marcam este campo temático, em particular no mundo europeu. Em “Significados do nacionalismo e do internacionalismo”, expomos reflexões teóricas desenvolvidas no âmbito do Observatório das Nacionalidades. O artigo discute os sentidos que os termos nacionalismo e internacionalismo adquiriram nos últimos séculos e apresenta os traços específicos da comunidade nacional, procurando distingui-la das formas de organização social que lhe precederam.

     

    Artista dessa edição 

    As pinturas de Estrigas, nascido Nilo de Brito Firmeza (19/09/1919), ilustram os artigos desta segunda edição da revista. Para ele, a arte é vida: expressa a tensão constante entre o ser humano e as forças da natureza, com as quais é preciso estabelecer elos de contato mediante rituais mágicos e religiosos. Ao suprir necessidades vitais da humanidade, a arte tornou-se, ela mesma, uma necessidade vital. Aos 87 anos, personagem e testemunha do movimento artístico, Estrigas é fundador da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (1944-1958) e do Museu Firmeza (1969), além de autor de um conjunto de livros que formam parte da memória da arte brasileira.

  • Tensões Mundiais
    v. 1 n. 1 (2005)

    Neste primeiro número, contamos com a participação de Benedict Anderson, cuja interpretação inovadora do nacionalismo ganhou reconhecimento mundial. Nosso convidado aborda questões atuais como os intensivos fluxos migratórios, a ampliação do fenômeno das duplas nacionalidades e da formação do sentimento nacional entre pessoas residentes no estrangeiro. “Tensões Mundiais” oferece elementos valiosos para situar os confrontos no Oriente Médio, através da palavra de Bassam Abu-Sharif, assessor do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Daniel Gazit, embaixador de Israel no Brasil e o diplomata brasileiro Sarkis Karmirian. Seus pontos de vista foram manifestados durante um seminário promovido, em Fortaleza, pelo Observatório das Nacionalidades. 

     

    Artista dessa edição

    Os trabalhos da artista, professora e escritora cearense Maria Luiza Viana (1951-2005) ilustram os artigos deste número da revista Tensões Mundiais. Mariza, como era conhecida, participou de inúmeras exposições coletivas no Brasil e no exterior, destacando-se a Mostra Internacional na Espanha (1998) e o Salão Internacional da Gravura no Florean Museun, România (2004/2005).

26-44 de 44