Faixas de proficiência empiricamente desenvolvidas para avaliar a fluência do professor de língua estrangeira
DOI:
https://doi.org/10.46230/2674-8266-13-6076Palavras-chave:
Avaliação docente, Fluência, Língua EstrangeiraResumo
A consideração de evidências empíricas para o desenvolvimento de critérios avaliativos em exames de proficiência constitui um argumento para a validade do construto operacionalizado, assim como confere maior confiabilidade aos resultados produzidos por instrumentos avaliativos. O Exame de Proficiência para Professores de Língua Estrangeira (EPPLE), instrumento avaliativo em desenvolvimento para a avaliação de professores de línguas no contexto educacional brasileiro, carece de validação empírica de seus critérios para a avaliação da fluência, assim como não possui uma escala de proficiência linguística analítica. Este trabalho apresenta resultados da aplicação dos Empirically derived, Binary choice, Boundary Definition scales (EBBs), metodologia empírica para a seleção de critérios avaliativos utilizada para a análise de amostras de desempenho oral de futuros professores de língua estrangeira, oriundas do banco de dados do EPPLE. A partir da análise das amostras de desempenho oral, sugere-se que a escala de proficiência analítica e o quadro de critérios avaliativos incorporem fenômenos de hesitação a partir de uma perspectiva global e comunicativa. Além disso, pausas, autocorreções, repetições e reformulações de enunciados foram identificados como aspectos determinantes para definir os desempenhos característicos de cada faixa de proficiência linguística.
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