MODELOS COGNITIVOS IDEALIZADOS E SUA INFLUÊNCIA NA TRADUÇÃO PARA AS LEGENDAS

Autores

  • Simone dos Santos Machado Nascimento UFC

Palavras-chave:

Tradução audiovisual, Legendas, Cultura, MCIs

Resumo

Este artigo investiga a influência dos modelos cognitivos idealizados (MCIs) na escolha do tipo de linguagem utilizada na tradução de fraseologias e clichês de raiva (palavrões) em inglês para as legendas no português do Brasil. De acordo com Araújo (2004), o uso da linguagem formal é uma estratégia recorrente na tradução para legendas de filmes norte-americanos. Acredita-se que tal recurso seja motivado por questões intrínsecas à sociedade e cultura brasileiras e que, portanto, MCIs exercem um papel importante na sua motivação. Assim sendo, analisaram-se os MCIs subjacentes ao tipo de linguagem escolhida para esse tipo de tradução e investigou-se o impacto de traduções, com diferentes tipos de linguagem (formal e coloquial), em sujeitos habituados a assistir a filmes norte-americanos com legendas. Os dados revelaram que tanto legendas formais quanto legendas informais foram aceitas pelo público. Embora a análise não tenha sido conclusiva, atribui-se o resultado aos MCIs elaborados durante a pesquisa, segundo os quais a linguagem formal se identifica com a escrita e a informalidade e os palavrões com o público adolescente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALÉONG, S. Normas linguísticas, normas sociais: uma perspectiva antropológica. In: BAGNO, M. (Org.). Norma linguística. São Paulo: Edições Loyola, 2001. p.145-174.
ARAÚJO, V. L. S. To be or not to be natural: clichés of emotion in screen translation. In: Gambier, Yves. Meta – Audiovisual translation. Montreal, v.49, n.1, p.161-171, abr. 2004.
BAGNO, M. Norma linguística e outras normas. In: BAGNO, M. (Org.). Norma linguística. São Paulo: Edições Loyola, 2001. p.09-21.
CINTAS, J. D. Audiovisual Translation Today – A Question of accessibility for all. Translating today magazine. London, Issue 4, p.03-05, jul. 2005.
FELTES, H. P. de Moraes. Semântica cognitiva: fundamentos teóricos, interfaces e procedimentos ex-ploratórios gerais em pesquisa qualitativa, 2007. No prelo.
GOTTLIEB, H. Subtitling. In: BAKER, M. Routledge encyclopedia of translation studies. Londres: Routledge, 1998. p. 244-248.
HAUGEN, E. Dialeto, língua e nação. In: BAGNO, M. (Org.). Norma linguística. São Paulo: Edições Loyola, 2001. p.97-114.
LAKOFF, G. Women, fire and dangerous things: What Categories Reveal about the Mind. Chicago and London: The University of Chicago Press, 1987. p.68-76.
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001.
NEVES, M. H. de Moura. Língua falada, língua escrita e ensino: reflexões em torno do tema. In: UR-BANO, H. et alii (Orgs.). Dino Preti e seus temas: oralidade, leitura, mídia, ensino. São Paulo, 2001b. p.321-332.
___________. Que gramática estudar na escola? – Norma e uso na língua portuguesa. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2004.
PADLEY, G. A. A norma na tradição dos gramáticos. In: BAGNO, M. (Org.). Norma linguística. São Paulo: Edições Loyola, 2001. p.55-96.

Downloads

Publicado

2019-09-20

Como Citar

NASCIMENTO, S. dos S. M. MODELOS COGNITIVOS IDEALIZADOS E SUA INFLUÊNCIA NA TRADUÇÃO PARA AS LEGENDAS. Revista Linguagem em Foco, Fortaleza, v. 4, n. 1, p. 51–66, 2019. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/linguagememfoco/article/view/1894. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos