Autoria crítica e captura discursiva na IA generativa

disputas subjetivas e materiais no capitalismo digital

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46230/lef.v17i3.15815

Palavras-chave:

inteligência artificial generativa, autoria crítica, captura discursiva, capitalismo digital

Resumo

A expansão da inteligência artificial generativa (IAG) redefine as fronteiras entre linguagem, autoria e poder, desafiando as ciências humanas e sociais a repensar o papel da escrita e da crítica no capitalismo digital. Este artigo analisa como a IAG transforma os modos de dizer e reconhecer, convertendo a escrita em campo de disputa entre captura discursiva e autoria crítica. Fundamentado na tradição marxista e frankfurtiana e em estudos contemporâneos sobre inteligência artificial generativa, o estudo investiga a IAG como dispositivo de automação da linguagem e de extração de valor, articulando dimensões simbólicas e materiais. Estruturado em três eixos, o texto discute: (1) a erosão da autonomia crítica diante da simulação algorítmica de afeto e sentido; (2) as infraestruturas digitais privadas que sustentam regimes de dominação, colonialidade e extrativismo ambiental e de dados; e (3) práticas insurgentes de reapropriação tecnológica orientadas por uma ética de justiça social e soberania informacional. Sugere-se que resistir à captura discursiva implica afirmar a linguagem como espaço de dissenso e a autoria como gesto coletivo e inacabado de criação, responsabilidade e justiça social.

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Biografia do Autor

Vitor Nunes Lages, Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Doutorando em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Marília-SP. Bacharel em Direito pela Universidade de Brasília (UnB). Especialista em Direitos Humanos e Movimentos Sociais pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Membro do Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero (LIEG/UNESP/CNPq) e do Núcleo de Estudos Organizacionais do Nordeste (NEON/CNPq). Autor do livro Proteção de dados pessoais e inclusão LGBT (2021).

Rafael Fernandes de Mesquita, Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Doutor em Administração pela Universidade Potiguar (UnP), com intercâmbio doutoral na University of British Columbia, Vancouver-Canadá, por meio do programa Emerging Leaders in the Americas Program (ELAP). Mestre (Unifor) e Bacharel (UFPI) em Administração de Empresas, com MBA em Gestão de Recursos Humanos (UNINTER), Especialização em Docência do Ensino Superior (CEUT) e Técnico em Gestão de Recursos Humanos (IFPI). Professor do Instituto Federal do Piauí (IFPI), Campus Dirceu Arcoverde, onde coordena o curso superior de Tecnologia em Marketing. Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e colaborador do Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública, ambos da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Líder do grupo de pesquisa “Núcleo de Estudos Organizacionais do Nordeste – NEON”, certificado pelo CNPq. Membro do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Gestão Pública (NUPEGEP/UFPI). Líder de Tema da ANPAD (Triênio 2025-2027). Editor Associado da revista CONTEXTUS-UFC e da revista Gestão e Organizações – ReGOr – IFPB. Avaliador ad hoc do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP)/MEC. 

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Publicado

2025-12-10

Como Citar

LAGES, V. N.; MESQUITA, R. F. de. Autoria crítica e captura discursiva na IA generativa: disputas subjetivas e materiais no capitalismo digital. Revista Linguagem em Foco, Fortaleza, v. 17, n. 3, p. 91–107, 2025. DOI: 10.46230/lef.v17i3.15815. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/linguagememfoco/article/view/15815. Acesso em: 15 dez. 2025.

Edição

v. 17 n. 3 (2025): DOSSIÊ TEMÁTICO: Inteligência Artificial, racismo algorítmico e outras exclusões

Seção

Artigos

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Copyright (c) 2025 Vitor Nunes Lages, Rafael Fernandes de Mesquita

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