O campo do Outro e o sistema capitalista
DOI:
https://doi.org/10.33241/cadernosdogposshe.v6i1.8234Palavras-chave:
Outro, Foucault, Honneth, Marx, SteinResumo
Neste artigo começamos com os pensamentos de Foucault e Saflate, para definir como se dá o poder e a exploração dentro da sociedade. Conjuntamente, analisamos certos conceitos de Honneth onde ele analisa porque certas reformas sociais que começaram a acontecer, acabaram sendo desmanteladas no modelo neoliberal. Trabalhamos o conceito de Homo Economicus de Foucault, que implica o nascimento da biopolítica. Surgirá uma forma de poder calcada na figura do Homem Endividado, de Lazzarato. Trabalharemos o conceito psicanalítico do Outro lacaniano, mostrando como ele deriva do conceito Kultur freudiana que visa englobar todos os aspectos do campo do social. A partir do pensamento de Freud, Lacan e Stein, configuraremos esse Outro como uma espécie de entidade metafísica- o conceito de grupo social acima do mero sujeito que o compõe. Relacionaremos isso com o conceito de ser social, que Marx trabalha, para conceituar como o homem necessita e se realiza somente dentro do âmbito social. Stein traça os pontos principais da teoria lacaniana que substitui a base biológica pela cadeia significante da linguagem. Zizek demonstra as relações entre o sintoma psicanalítico e os conceitos marxistas. Também o recalque do modelo exploratório capitalista, que Zizek demonstra destoar da visão de igualde e democracia que o capitalismo quer passar. Por fim concluiremos demonstrando que o conceito do bem da sociedade é um conceito abstrato- assim como o conceito do Outro lacaniano- que permite controlar e manipular toda a sociedade através de seu uso. Isso significa que o sistema capitalista, que evoluiu para o sistema neoliberal, representa uma classe dominante que utiliza deste elemento abstrato, o Outro, para explorar uma outra classe, mesmo essa sendo a maioria.
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