A (im)possibilidade de representação do horror
um enlace entre filosofia, cinema e psicanálise
DOI:
https://doi.org/10.33241/cadernosdogposshe.v6i1.8447Palabras clave:
Biopolítica, Campo, Muçulmano, Shoah, PsicanáliseResumen
Este trabalho tem como objetivo tensionar a (im)possibilidade da representação do horror, através de um fio condutor que perpassa a filosofia, o cinema e a psicanálise. Para tal, serão abordados, através de revisão bibliográfica, os conceitos de poder soberano e biopolítica, presentes na obra de Foucault. Avançaremos com Agamben e incluiremos na discussão as ideias de estado de exceção, campo, vida nua, muçulmano e testemunho. Priorizando o diálogo e o atravessamento entre os três saberes, abordaremos o real lacaniano e o trauma na psicanálise. O pano de fundo desse movimento será o filme de Claude Lanzmann, Shoah, de 1985. Conclui-se que a obra de Lanzmann é uma das formas de lidar com a im(possibilidade) de representação do horror, a partir da sua escolha em não ficcionalizar a violência absoluta.
Métricas
Citas
Agamben, G. (2004). Estado de exceção. São Paulo: Boitempo.
Agamben, G.(2007). Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I. Belo Horizonte: Editora UFMG.
Agamben, G. (2008). O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha. São Paulo: Boitempo.
Bravo, G. P. (2013). Campo de extermínio(s): O “muçulmano” como paradigma da vida nua [Versão Eletrônica]. Revista do Laboratório de Estudos da Violência da UNESP, 11, 89-103.
Chnaiderman, M. (2015). A imagem cruel – a violência no(do) cinema (C. I. L. Dunker & A. L. Rodrigues, Orgs.). In Cinema e Psicanálise: Filmes que curam (Vol. 3 pp. 16-30). São Paulo: nVersos.
Filho, R. L. (2018). Shoah de Claude Lanzmann: entre a memória da dor e a radicalidade da morte nos campos nazistas [Versão Eletrônica]. Doc On-line – Revista Digital de Cinema Documentário, 270-293.
Foucault, M. (1999). História da sexualidade I: A vontade de saber (Vol. 1). Rio de Janeiro: Graal. (Originalmente publicado em 1976)
Foucault, M. (2005). Em defesa da sociedade: Curso no Collège de France (1975-1976). São Paulo: Martins Fontes. (Originalmente publicado em 1999)
Furtado, N. R. & Camilo, O. A. J. (2016). O conceito de biopoder no pensamento de Michel Foucault [Versão Eletrônica]. Revista Subjetividades, 16(3), 34-44.
Freud, S. (2017). As pulsões e seus destinos (Obras Incompletas de Sigmund Freud, v. 2). Belo Horizonte: Autêntica Editora. (Trabalho original publicado em 1915)
Koltai, C. (2016). Entre psicanálise e história: o testemunho [Versão Eletrônica]. Psicologia USP, 27(1), 24-30.
Lacan, J. (2008). O seminário, livro 11: Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro: J. Zahar. (Originalmente publicado em 1964)
Lanzmann, C. (Diretor). (1985). Shoah [Filme]. França: Les Films Aleph.
Lima, L. F. & D’Ambroso, M. J. F. (2018). Manifestações do Estado de exceção contemporâneo: nas pegadas do nazismo. Jornal Estado de Direito. Acesso em 2 de Junho, 2022, de http://estadodedireito.com.br/manifestacoes-do-estado-de-excecao-contemporaneo-nas-pegadas-do-nazismo/
Martins, L. M. (2015). Estado de Exceção Permanente: o campo e a experiência biopolítica [Versão Eletrônica]. Seqüência, 71, 177-196.
Prado, J. L. A. (2015). O objeto impossível do cinema (C. I. L. Dunker & A. L. Rodrigues, Orgs.). In Cinema e Psicanálise: A criação do desejo (Vol. 1 pp. 50-77). São Paulo: nVersos.
Soares, P. C. (2019). A impossibilidade do testemunho e o limite ético em Giorgio Agamben [Versão Eletrônica]. Polymatheia – Revista de Filosofia, 12(20), 213-223.
Xavier, I. (1983). A Experiência do cinema: antologia. Rio de Janeiro: Edições Graal.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Cuadernos de GPOSSHE
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Os autores possuem direitos autorais, sem restrição, aos seus textos. Os Cadernos do GPOSSHE On-line permitem ao autor os direitos de publicação. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.
Todo o conteúdo da Revista Cadernos Gposshe On-Line é aberto para acesso público, propiciando maior visibilidade, alcance e disseminação dos trabalhos publicados.