O mal-estar docente na Educação Infantil
DOI:
https://doi.org/10.33241/cadernosdogposshe.v8i2.14417Palavras-chave:
Malaise; Educators; Early childhood education.Resumo
Com as constantes mudanças e avanços na cultura contemporânea, as professoras da educação infantil têm seu mal-estar intensificado. Assim, a presente pesquisa analisa como as docentes da educação infantil expressam e enfrentam o seu mal-estar na prática pedagógica, identificando sua relação com os desafios enfrentados. Trata-se de uma investigação de abordagem qualitativa, com revisão bibliográfica e pesquisa de campo. O instrumento utilizado para coletar os dados foi a entrevista semiestruturada, que foi realizada em uma instituição de São Luís do Maranhão com 5 professoras. O embasamento teórico inclui Freud (2010), que define o mal-estar como um estado perturbador, intrínseco à condição humana, e Fanizzi (2023), que aborda o sofrimento docente. Os resultados indicam que a cultura contemporânea, marcada por mudanças tecnológicas, educacionais e sociais, insufla o mal-estar das professoras, apontando para a perda de autoridade e dificuldade no relacionamento com as crianças.
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