Práticas alimentares de crianças cearenses na fase de introdução alimentar.
DOI:
https://doi.org/10.59171/nutrivisa-2023v10e11717Palabras clave:
nutrição da criança, alimentação regional, alimentos industrializadosResumen
A partir dos seis meses de vida, o lactente saudável deverá receber outros alimentos além do leite materno. Estes devem ser diversificados, fornecer energia e nutrientes em quantidades adequadas, e serem isentos de açúcares adicionados e sal. Não devem ser industrializados, sobretudo ultraprocessados. Este estudo visou descrever práticas alimentares de crianças cearenses em idade de introdução alimentar (IA), com ênfase na abordagem de IA adotada, consumo de alimentos regionais e industrializados. Foi aplicado um questionário eletrônico do Google Forms, para responsáveis por crianças de até três anos de idade, residentes no Ceará, contendo perguntas acerca do seu período de IA. Destas, 19 foram voltadas ao responsável e 22 a dados da criança. Realizou-se análise estatística utilizando o programa Statistical Package for Social Sciences 20.0. Os resultados de 145 respostas válidas foram expressos em frequências absolutas e relativas. Dos participantes, 106 (73,1%) iniciaram a IA a partir do sexto mês de vida, em concordância com o recomendado pelos órgãos governamentais e comitês profissionais, e 61 responsáveis (42,1%) nunca lhes ofereceram alimentos industrializados na IA, sendo benéfico, pois o consumo crônico desses alimentos causa desfecho danoso à saúde. Dentre 26 alimentos tipicamente cearenses, o grupo das frutas foi o mais frequentemente incluído (46,4%), sendo consideradas de fácil acesso e alto valor nutricional. Portanto, a maioria dos lactentes iniciou a IA na idade adequada. A frequência de consumo de industrializados foi baixa e as frutas regionais foram as mais consumidas. Crianças sob abordagem BLW ou participativa consumiram uma maior variedade de alimentos regionais.
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