Vulnerabilidade e desigualdade moral de gênero:
Cuidado e direitos na formação do agente moral
DOI:
https://doi.org/10.23845/kgt.v15i2.733Palavras-chave:
Agente moral, Direitos, Ética do cuidado, VulnerabilidadeResumo
Ao partir da crítica de que as teorias morais tradicionais não se ocuparam dos problemas da desigualdade de gênero nos papeis morais, este artigo busca apresentar o cuidado como uma habilidade fundamental humana a ser desenvolvida pelo agente moral. Situa-se a condição de vulnerabilidade na base da abordagem moral, deslocando-se o agente moral autônomo do centro das teorias, para considerar o aspecto relacional do ser humano que, ao longo de sua vida, depara-se com diferentes dimensões da vulnerabildiade e é afetado por experiências de vulnerabilidade, de maior ou menor intensidade e duração. Defende-se a necessidade de formação de agentes morais completos, não mais separados por habilidades morais limitadas à atribuição de papeis sociais fixos orientados por gênero. A partir disso, explora-se uma complementaridade entre cuidado e direitos na formação do agente moral.