https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/issue/feedKalagatos 2024-06-24T04:22:14-03:00Gabriel Kafure da Rochakalagatos@uece.brOpen Journal Systems<p>A <strong>Kalagatos - Revista de Filosofia</strong> (Qualis A3) foi criada em 2004, segundo a iniciativa de professores do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Estadual do Ceará - PPGFIL-UECE. Desde sua criação, os editores do periódico vêm se empenhando para trazer aos leitores, semestralmente, novas edições com artigos inéditos, resenhas, ensaios e traduções, visando à divulgação de textos de professores e pesquisadores dos programas de pós-graduação em Filosofia e áreas afins, do Brasil e de outros países. Frisa-se que os artigos a serem publicados deverão ter a titulação mínima de doutorandos e que as submissões em português deverão, caso aprovadas, ter uma versão em outra língua estrangeira para publicação bilíngue.</p> <p><span style="vertical-align: inherit;">Qualis Capes 2017-2020: A3<br />Prefixo DOI: 10.23845<br />e-ISSN: 1984-9206 | ISSN: 1808-107X</span></p>https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13385Apresentação do Dossiê “Sabedorias Enteogênicas e Filosofias Psicodélicas” 2024-06-23T00:00:00-03:00Jan Clefferson Costa de Freitasjancleffersonphil@gmail.comGabriel Kafure da Rochagabriel.kafure@uece.br2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Jan Clefferson Costa de Freitas; Gabriel Kafure da Rochahttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/12377Genealogía del pharmakon y usos filosóficos de las sustancias psicodélicas2024-06-10T23:18:23-03:00Osiris Gonzalez Romeroosirissinuheg@gmail.comHéctor García Rojasosirissinuheg@gmail.com<p style="font-weight: 400;">El objetivo de esta investigación es proporcionar el marco teórico y la metodología para desarrollar una <em>genealogía del pharmakon</em>, especialmente enfocada en los usos culturales que han tenido las sustancias psicodélicas a lo largo de la historia. El desarrollo de esta genealogía permitirá explicar la configuración de los <em>regímenes farmacráticos</em> que han sustentado las políticas de la prohibición, así como las relaciones de dominación derivadas de la triada saber-poder-verdad. Con base en los trabajos desarrollados por Friedrich Nietzsche y Michel Foucault examinaremos una zona poco explorada tanto en la filosofía como en los estudios psicodélicos. Otro objetivo fundamental es explicar de manera clara los posibles usos filosóficos de las sustancias psicodélicas, pues el actual proceso de globalización también llamar “renacimiento psicodélico” privilegia los usos médicos o religiosos, los cuales están vinculados con instituciones disciplinarias como los hospitales y las iglesias. Esta <em>genealogía</em> también pretende profundizar sobre el <em>pharmakon</em>entendido como principio filosófico en la tradición filosófica de Occidente.</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 OSIRIS GONZALEZ ROMERO, Héctor García Rojashttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13204A psicodelia enquanto revolução molecular: o agenciamento de modos de pensamento e expressão a partir das experiências psicodélicas2024-05-30T13:04:11-03:00Igor Fidelis Maiaigorfidmaia@gmail.comEdson Gonçalves da Silva Filhoedsonfilho4500@gmail.comAndré Vinícius Nascimento Araújoandrenascimento07@yahoo.com.br<p style="font-weight: 400;">Uma forma interessante de pensar a contribuição das chamadas “experiências psicodélicas” para o pensamento filosófico é encará-las do ponto de vista de uma “revolução molecular”. O termo, cunhado no influxo dos trabalhos de G. Deleuze (1925 – 1995) e F. Guattari (1930 – 1992), propõe um deslocamento de perspectiva acerca dos movimentos de transformação do social e da subjetividade, onde a distinção entre molar e molecular dá ênfase aos movimentos de agenciamentos micropolíticos do desejo. Devires que se articulam molecularmente, subjetividades constituindo “grupelhos” que mesmo não sendo estruturas molares, deliram todo o campo social, produzindo novas perspectivas. A relação entre o corpo e as moléculas psicodélicas forma um tipo de agenciamento, no qual é posta em questão a ordinariedade das percepções ligadas às estruturas molares da realidade. Isso cria a abertura na subjetividade para um tipo de experiência com os devires, entendidos como expressões de outros modos de existência. A experiência psicodélica exige da subjetividade agenciamentos expressivos ou de enunciação, já que os esquemas representativos convencionais da consciência se defrontam com percepções não ordinárias. Esperamos, ao encarar a experiência psicodélica nesse sentido, mostrar a fractalidade de sua produção de sentidos e transformações sociais, políticas, estéticas e subjetivas.</p> <p style="font-weight: 400;"> </p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Igor Fidelis Maia, Edson Gonçalves da Silva Filho, André Vinícius Nascimento Araújohttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13209Psicodélicos e esquizoanálise: Por uma filosofia crítica da produção de subjetividade2024-05-30T21:25:49-03:00Ernesto Grillo Rabellorabello.ernesto@gmail.comFabio Hebert da Silvafabiohebert@gmail.comLucas Conforti Prottilucasprotti@gmail.com<p>O presente artigo pretende discutir, a partir dos referenciais da Esquizoanálise, a relação entre as políticas de produção de subjetividade e os psicodélicos. Ao tomarmos o contemporâneo como campo problemático, torna-se urgente a atualização coletiva da invenção de novas formas de subjetividade, que sejam tanto uma recusa ao que temos nos tornado, quanto a afirmação de modos de vida singulares. Nessa direção, as plantas e os psicodélicos precisam ser compreendidos sempre em composição, traçando linhas por onde o desejo pode encontrar novos devires e criar modos de vida outros, que se diferem dos modos capitalísticos predatórios de existência</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Ernesto Grillo Rabello, Fabio Hebert da Silva, Lucas Conforti Prottihttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13295El teatro y la enfermedad. El viaje a la sierra de los Tarahumaras de Antonin Artaud2024-06-13T02:39:19-03:00Héctor García Rojashector.academia.edu@gmail.com<p>...</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Jan Clefferson Costa de Freitashttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13109Arte e Erotismo na Contracultura Psicodélica dos Anos 1960/70 pelo viés dos Quadrinhos2024-05-27T09:44:42-03:00José Eliézer Mikoszantarm@gmail.com<p>A contracultura psicodélica iniciada por volta de 1964, com sua revolução sexual inspirada no mote Paz e Amor, pregava o amor livre e uma moral natural mais pessoal. Ela trouxe questionamentos diversos, a realização de uma diversidade sexual, levantou questões de gênero, políticas e raciais que repercutem até hoje. Muitos artistas sensíveis a essas questões, buscaram representar o erotismo e a mentalidade da época de forma provocadora. Muitos foram perseguidos por um sistema conservador que buscou abafar e invalidar o movimento de muitas maneiras. Esse artigo pretende mostrar sucintamente alguns artistas psicodélico/visionários e alguns de seus trabalhos no período pelo viés dos quadrinhos</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 José Eliézer Mikoszhttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13047Despertar e Expansão de Novas Consciências: Outras Formas de Habitar junto à Beleza, Psicodelia, Terapia e Cura via Jardim Sensorial2024-05-27T09:45:24-03:00Geovane de Souza Almeidapsicoggeografo@gmail.comChristel Angelina Ribeschristelribes@hotmail.com<p>O Jardim Sensorial (JS) surge como uma ferramenta de expansão da consciência, inclusão social, transformando-se não somente em um espaço de lazer. As atividades realizadas no JS são práticas afetivas de sensibilização ambiental. Os JS são ambientes com capacidade curativa, terapêutica e psicodélica, fazendo com que os indivíduos acessem profundos níveis de consciência e percepção, estimulando a realizar grandes transformações pessoais e obter insights radicais sobre a vida. O JS desperta principalmente os cinco sentidos humanos, e, atualmente, além da função cênica e de recreação, passaram a atribuir a esses ambientes, algumas importantes funções educativas, poéticas e psicodélicas vez que estabelecem comunicações afetivas e multissensoriais com os visitantes. O objetivo geral do artigo é analisar como a implementação de um ambiente criativo, poético e interdisciplinar, que abrange os problemas locais a partir da observação e exploração de um Jardim Sensorial pode ser um caminho para a formação de uma educação ambiental inclusiva, que estimule a psicodelia e que amplie novas consciências, respeitando as diferenças de cada indivíduo e valorizando a diversidade. Nesta pesquisa, reconhecemos que uma abordagem qualitativa foi mais adequada e abrangente para compreender as interações entre as pessoas e o meio ambiente, superando, portanto, a lógica formal cartesiana. Este trabalho tem também inspiração na Pesquisa-Ação Participante, uma categoria de pesquisa que se diferencia da pesquisa científica tradicional por interferir no próprio objeto de pesquisa ao mesmo tempo em que o estuda. O JS desempenhou um papel como espaço criativo e geopoético de ensino, esses jardins contribuem para uma abordagem sócio-filosófica mais lúdica, facilitando a compreensão de conteúdos frequentemente considerados complexos. É na coexistência de elementos de planejamento e concepção dos espaços urbanos criativos que a história da cidade e da sociedade igualitária se realizam plenamente</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Geovane de Souza Almeida, Christel Angelina Ribeshttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13328A Viagem Embriagante do Amor no Sufismo 2024-06-15T01:56:08-03:00Edrisi Fernandesedrisi@email.com<p>...</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Jan Clefferson Costa de Freitashttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13181Psicodelia e o Exterior: A Farmácia do Xamã 2024-05-28T19:03:35-03:00Moysés Pinto Netomoysespintoneto@gmail.com<p style="font-weight: 400;">Nesse ensaio busco apresentar o sentido de <em>psicodelia </em>como algo que extrapola dimensões mentais, questionando justamente o caráter “psi” – também trazido sob a forma de <em>alteração da consciência </em>– como elemento central para pensar a experiência envolvida. Para tanto, em primeiro lugar saliento a vocação ascética da filosofia – de Platão a Descartes – a partir das posições críticas de Nietzsche, Jacques Derrida e Denise Ferreira da Silva. A busca da “transparência” envolve uma consciência pura e, por isso, a repulsa ao <em>pharmakon</em>. No entanto, jamais foi possível realizar a “consciência” sem o auxílio de arfetatos “externos”: a escritura, ou o <em>pharmakon</em>, é o termo que atravessa as oposições entre puro e impuro. A partir disso, contrasto a experiência xamânica com a experiência psicodélica, apresentando um contraponto comparativo a partir da antropologia simétrica e da espectrologia que nos permite pensar o xamanismo – pensado a partir de <em>A Queda do Céu</em>, de Davi Kopenawa e Bruce Albert. Enquanto os brancos “só sonham consigo mesmos”, o xamã traça uma aliança com as “plantas mestras” a fim de desencadear uma viagem para o Exterior, e não para uma interioridade recalcada, mística ou alucinatória.</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Moysés Pinto Netohttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/12982O Inconsciente Tânato-Vitalista: Quase-Morte e Experiências Conectivas na Medicina Ancestral Amazônica2024-05-27T09:46:19-03:00Alessandro Gonçalves Campolinaalessandro.campolina@hc.fm.usp.br<p style="font-weight: 400;">Recentemente, pesquisas científicas têm destacado semelhanças notáveis entre alguns eventos de quase-morte e as experiências místicas vivenciadas em rituais de cura. Encontros anomalísticos, experiências de quase morte, tecnologias relacionais e linhas de encantamento são alguns dos elementos que constituem as práticas tradicionais da medicina ancestral amazônica. Os potenciais de cura dessas práticas são, entretanto, indissociáveis da cosmovisão ameríndia e do “acontecimento psicodélico” durante a experiência de transe. O presente estudo pretende problematizar as experiências conectivas dos rituais de cura da Amazônia indígena, a partir da noção de “inconsciente tânato-vitalista”.</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Alessandro Gonçalves Campolinahttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13006Nietzsche, Fisher e yãkoana: formas de conjurar o realismo-racional-branco por meio de psicodélicos2024-05-27T09:45:44-03:00Ronaldo Pellironaldopelli@gmail.com<p>Este artigo sugere que não devemos nos imaginar condenados a uma forma exclusiva de decodificar a realidade, menosprezando as demais, e como os psicodélicos podem nos ajudar nessa abertura para a alteridade. Começa com Nietzsche e a sua importante quebra da hegemonia da racionalidade no pensamento ocidental, passa por Mark Fisher, que propõe um comunismo ácido, em contraposição ao realismo capitalista, aponta muitas metafísicas possíveis e termina com um estudo de caso em que analisamos, a partir de Kopenawa, o animismo dos yanomami: a relação entre seus xamãs e os espíritos da florestas (xapiripë), mediada pelo psicodélico yãkoana.</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 ronaldo pellihttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13270The Coca Plant: Gendered Conversations with a Totemic Persona2024-06-08T21:33:15-03:00Ana Echazúgretigre@gmail.comMaria Eugenia Florespankraleon@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">This article explores how the Coca plant </span><em><span style="font-weight: 400;">[Erythroxylum coca</span></em><span style="font-weight: 400;">], despite its persecution in Americas since the XVIth Century and its criminalization during the “War on Drugs” in the XXth Century, remains a key interlocutor for Indigenous and rural communities in South America, with a focus in the Andean highlands. Viewing Coca as a </span><em><span style="font-weight: 400;">persona </span></em><span style="font-weight: 400;">involves understanding it within a complex web of totemic entanglements and plural ontologies. In the Andes, interpretations of Coca emphasize gendered interconnectedness rather than an essential femininity. Coca's gendered agency manifests itself in social, therapeutic, and spiritual practices, reinforcing meaningful conversations between human and nonhuman beings.</span></p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 ANA ECHAZU, Maria Eugenia Floreshttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13114Oralidade, Texto Escrito e Práticas Discursivas no Contexto do Daime2024-06-02T00:52:25-03:00Julia Lobato Pinto de Mourajulia.moura@ufac.br<p style="font-weight: 400;">Este ensaio procura pensar a oralidade e a escrita como suportes das práticas discursivas no contexto da doutrina do Daime e identificar quem são os indivíduos e instituições mais atuantes nas diferentes funções de enunciação. Inspirada na perspectiva de Foucault (1996, 2008) sobre discurso como prática social olhamos para os diferentes indivíduos que, comdiferentes forças, ocupam posições privilegiadas de proposição de verdades no campo daimista. Pensar a oralidade e o texto escrito como lugares de produção, circulação e funcionamento dos discursos no âmbito das culturas daimistas é uma possibilidade de elucidar mecanismos de saber-poder que se manifestam na esfera micropolítica do Daime enquanto prática social religiosa.</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Julia Lobato Pinto de Mourahttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13207Processos de saúde, doença e cura no Santo Daime: Reflexões sobre a Linha de Arrochim2024-05-30T17:53:06-03:00Rianna de Carvalho Feitosariannadecarvalho@gmail.com<p style="font-weight: 400;">Este texto busca traçar um caminho lógico entre a fundação da doutrina do Santo Daime e o desenvolvimento do trabalho de cura da Linha de Arrochim. Procuro apontar como se estabeleceram as estruturas que tornaram legítimas a realização de trabalhos de cura pelo padrinho Wilson Carneiro de Souza e a formação de um “Pronto Socorro do Daime”, dirigido por sua família e hoje institucionalizado enquanto Centro e Pronto Socorro Espiritual Raimundo Irineu Serra (Cepseris). A partir de uma revisão da literatura, da análise de entrevistas com figuras relevantes e de um esforço reflexivo, trabalho a temática da <em>cura </em>proporcionada pela bebida, a noção de <em>merecimento </em>para receber tais curas e a <em>entrega </em>de um modelo ritual no contexto daimista<em>.</em></p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Rianna de Carvalho Feitosahttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13384A filosofia na UDV: Imaginários do Panenteísmo, Hermetismo e Hermenêutica2024-06-22T23:46:04-03:00Gabriel Kafure da Rochagabriel.kafure@uece.brBruno Freitas Santosbrunofreitas2017@outlook.com.br<p style="font-weight: 400;">Religiões ayahuasqueiras como o Santo Daime, Barquinha e União do Vegetal são consideradas legitimamente brasileiras porque sincretizam elementos cristãos, espíritas e afrodescendentes. Pretendemos estabelecer uma reflexão que se inicia por uma cosmologia udvista, perpassa por elementos éticos, epistemológicos e chegam a uma filosofia da linguagem com fundamentos panenteístas da teologia da UDV, tentaremos compreender a União do Vegetal como um sistema religioso e filosófico e demonstrar como a sabedoria popular cabocla está permeada de ideias herméticas e hermenêuticas antigas. Ainda que tenha sido fundado por uma pessoa quase analfabeta, como foi o caso do Mestre Gabriel, os discípulos deste mestre se utilizam do enteógeno Ayahuasca se mostram capazes de desenvolver seus graus de memória para recordar detalhes desde a infância até as vidas passadas, ou seja, desdobrando-se como parte de uma concepção cristã de uma forma de espiritismo. Estes são conhecimentos bem semelhante ao que Pitágoras, Sócrates e até mesmo dos pressupostos teológicos de Santo Agostinho. Logo, tentaremos abordar uma visão geral do aspecto ritual da UDV, bem como uma visão mais crítica dos princípios que fazem esta sociedade se estabelecer como a maior religião hoasqueira brasileira com dezenas de milhares de adeptos. Nos utilizaremos de uma metodologia baseada em revisões bibliográficas, bem como de uma análise de uma história oral de como os ensinos conseguem ser preservados e fiéis a doutrina do Mestre Gabriel que por fim, serão contextualizados numa perspectiva hermenêutica da religiosidade hoasqueira.</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Gabriel Kafure da Rocha; Bruno Freitas Santoshttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13244Integrando Psicoterapia e Espiritualidade: Algumas Reflexões Gestálticas e Psicodélicas sobre a Prática Clínica2024-06-08T21:36:55-03:00Fábio Nogueira Pereirafabionogueirapereira@gmail.com<p style="font-weight: 400;">Discutimos questões suscitadas pelas investigações sobre psicoterapias assistidas por psicodélicos, sobretudo sobre apropriação indevida de saberes ancestrais, necessidade de considerar experiência inefáveis e espirituais, bem como a limitação descritiva e analítica da ciência ocidental materialista para abordar tais fenômenos. As experiências relatadas por pacientes descrevem aspectos relativos à espiritualidade e produções de sentido em situações de consciência não-ordinária, fenômenos ainda pouco estudados pelo <em>mainstream</em> acadêmico. Defendemos que tais investigações se beneficiariam de diálogos com epistemologias ameríndias e do saber xamânico. Igualmente há a necessidade de um posicionamento político e ético mais claro de reconhecimento do saber produzido pelos povos originários.</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Fábio Nogueira Pereirahttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13273Abordagem decolonial da mente no estudo dos psicodélicos2024-06-09T16:28:59-03:00Robson Savoldirjspes@yahoo.com.brAntonio Roazziroazzi@gmail.comHector David Quinones Vargashector.g.138@gmail.com<p>Os estudos da mente têm se mantido inertes em um cognitivismo representacional que concebe o sistema cognitivo como um computador. Além disso, quando se apresenta comumente na literatura que as revoluções psicodélicas se iniciaram na contracultura na década de 1960, esquece-se a ciência e resistência dos povos originários, esquece-se a revolução “zero”. O objetivo deste artigo é descrever as relações entre psicodélicos, conhecimento, consciência e cognição de uma perspectiva decolonial. Retomamos a Teoria Apresentacional da Mente (TAM), baseada na ecopsicologia e argumentamos que é necessária uma perspectiva epistemológica que considere as filosofias indígenas na construção científica atual do conhecimento psicodélico.</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Robson Savoldi, Antonio Roazzi, Hector David Quinones Vargashttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13133Pela incorporação do conceito de matrix ao paradigma psicodélico2024-05-24T21:24:41-03:00Sandro Rodriguessandrorodriguespsicologo@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">O artigo esboça um tratamento conceitual para a noção de matrix, proposta por Betty Eisner, e sugere a incorporação do conceito ao paradigma psicodélico, como eixo de análise e cuidado das experiências psicodélicas. Para tanto, o texto realiza uma genealogia das noções de set, setting e matrix no meio psicodélico e propõe uma leitura da matrix articulada às noções de contexto, set e setting coletivo e fora-texto, como o que escapa ao controle heteronômico, de modo a ressaltar seu potencial de abertura crítica e criativa para romper com ciclos de exclusão presentes na atual renascença psicodélica.</span></p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Sandro Rodrigueshttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/12752¿Qué es metanfetafísica?2024-05-27T09:46:35-03:00Germán Osvaldo Prósperigerprosperi@hotmail.com<p>En este artículo nos proponemos explicar los aspectos fundamentales de la disciplina que hemos llamado metanfetafísica, poniendo especial atención en la condición psicodélica de la ontología fenomenológica que constituye una de sus sub-secciones. La metanfetafísica recupera el gesto platónico de postular un más allá del ser pero, en vez de identificar a ese más allá con alguna forma de fundamento y al mundo con una imagen (εἰκών) del modelo inteligible, identifica a ese más allá con un Afuera absoluto y al mundo con un simulacro (φάντασμα), es decir con una proliferación psicodélica de apariencias sin modelo.</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Germán Osvaldo Prósperihttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13332Journey Through the Psyche: Exploring Love, Parallel Dimensions, and the Mysteries of Consciousness2024-06-15T19:10:14-03:00Jennifer Joie Snyderjen@psychedelicmindsetinstitute.comLaurel Ann Younislaurel@psychedelicminsetinstitute.com<p>...</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Jan Clefferson Costa de Freitashttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13187Enteogenia e Psicodelia: as Filosofias da Ancestralidade nas Revoluções Científicas2024-05-28T19:04:08-03:00Jan Clefferson Costa de Freitasjancleffersonphil@gmail.comMarkone Brandão da Silva Shanenawashanenawam@gmail.comNathália Cristina Medeiros Maiavisionathalia@gmail.com<p style="font-weight: 400;">O presente artigo tem por finalidade apresentar um enfoque revolucionário das relações de correspondência entre o xamanismo e a filosofia para propor uma descolonização das estruturas do paradigma de atuação da ciência psicodélica. Através de uma metodologia analítico-descritiva que coaduna experiência fenomenológica no campo de pesquisa, diálogos interculturais, extensa revisão bibliográfica, leitura aproximada, pensamento crítico e escrita criativa sobre os temas em debate, este trabalho tem por meta evidenciar as problemáticas ontológicas, epistemológicas, éticas e políticas que perpassam o assim chamado renascimento psicodélico. Na perspectiva dos povos primordiais, a psicodelia no sentido original de “manifestação da alma” jamais morreu para renascer; muito pelo contrário, ela sempre esteve viva nas suas concepções metafísicas, cerimônias enteogênicas e práticas terapêuticas com milênios de existência que, independentemente do autoritarismo acadêmico e dos ordenamentos proibicionistas todo tempo provaram a sua eficácia com base na experiência. Assim sendo, depois de interceptar e pulverizar as anomalias colonialistas que estão presentes no cerne do método científico, tais como o eurocentrismo, o racismo, o sexismo, o elitismo e o reducionismo, nós pretendemos justificar a indispensabilidade de reconhecer o protagonismo das tradições de sabedoria nos descobrimentos constituídos a partir dos estudos psicodélicos contemporâneos. A título de conclusão: no estado de polvorosa precedente dos surpreendentes avanços científicos, nós idealizamos demonstrar, com base nas reflexões decoloniais, em que medida as filosofias da ancestralidade podem ser consideradas como as fagulhas que desencadeiam a explosividade das revoluções psicodélicas. </p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Jan Clefferson Costa de Freitashttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/12466Parresía entre Crianças em seus Cotidianos Escolares: Uma Possibilidade para que as pequenas se constituam como sujeitos rechassantes de efetivar violências entre si nessas instituições. Hipóteses à luz de estudos de Foucault2024-02-22T14:18:25-03:00Eduardo Alexandre Santos de Oliveiratsvmunchen1860@hotmail.comPoliana Fabíula Cardozopolianacardozo@yahoo.com.br<p style="font-weight: 400;">Partindo da análise foucaultiana acerca da <em>parresía </em>(em seu aspecto geral e sobretudo nos âmbitos socrático, epicurista, estoico e cínico), esse artigo levanta hipóteses de como tal prática ao ser executada por crianças dentro das escolas, pode fazer com que essas se constituam como sujeitos plurais e tolerantes a ponto de ali, deixarem de praticar violências entre si. Tais conjecturas se dão em meio a possíveis relações cotidianas que essas pequenas possuem mutuamente nesses aparatos – dado que os investimentos escolares (do dispositivo de infantilidade) as fazem visualizar a vida de um modo que, também, permite a efetivação da violência.</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 EDUARDO ALEXANDRE santos DE OLIVEIRA, Poliana Cardozohttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/7227Entre vício, moral e polidez: a querela do luxo no século XVIII britânico2022-01-30T13:32:07-03:00Mariana Santosmarianadps4ntos@gmail.com<p>Tem-se por objetivo apresentar como o termo luxury, principalmente por conta da polidez, altera-se na Grã-Bretanha, entre os séculos XVII e XVIII, tornando-se objeto de querela e, ainda, como essa querela se desenvolve até a segunda metade do século XVIII. Para isso, investiga-se o tratamento fornecido por filósofos marcantes para a discussão, as bases contextuais impostas pela identidade nacional polida, e, também, a relação que o termo cria não apenas com a polidez, mas, também, com o comércio, o progresso científico e o conforto. Espera-se que seja possível não apenas identificar a querela do luxo particular à Grã-Bretanha, mas que se torne viável tomar tal termo, tal como a polidez, como uma chave interpretativa própria à época.</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 cc-byhttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13023Ancestralidades Amefricanas em Proposição às Bases da Educação Filosófica Brasileira2024-05-03T23:53:56-03:00Francisco Vitor Macêdo Pereiravitor@unilab.edu.br<p style="font-weight: 400;">A filosofia, em toda parte, interpõe à cultura os questionamentos da humanidade e de sua existência no mundo. Quando essa existência é alienada, dá-se inexoravelmente a desumanização do ser. Em meio às obliterações da colonialidade, se admite entre nós, quase que unicamente a partir dos gregos, o início dos conceitos universalizantes, de fontes e referenciais eurocentrados. A propósito da descolonização dos olhares sobre essa filosofia que nos é hegemonicamente legada, as bases das tradições e pensamentos amefricanos podem nos impelir àquele que provavelmente é o exercício mais fundamental de humanidade: o encantamento que nos qualifica, neste mundo, às experiências do ser de nós mesmos/as.</p>2024-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Francisco Vitor Macêdo Pereirahttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/13376Percepção e Memória em Platão2024-06-24T04:22:14-03:00Hugo Filgueiras de Araújoprof.hugo@ufc.brMaria Aparecida de Paiva Montenegromariamonte_7@hotmail.com<p><span style="font-weight: 400;">O tema da percepção tem sido foco entre os pesquisadores de Platão da atualidade. Esse é um movimento que visa recuperar séculos de abandono dessa temática em detrimento da metafísica, nos temas centrais das teses de Platão sobre a existência do Inteligível, a Teoria das Formas, a Imortalidade da alma. Nosso objetivo com esse artigo é avaliar como nos textos platônicos percepção é necessária para que haja reminiscência, mostrando assim que sensibilidade tem valor irrestrito para o processo da aprendizagem, configurada no processo de rememoração.</span></p> <p><br><br></p>2024-06-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 HUGO FIILGUEIRAS DE ARAÚJOhttps://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/12555Revisão crítica da definição clássica da raiva: Uma defesa da abordagem pluralista2024-03-18T12:46:26-03:00Leticia da Silva Belloletisbello@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Apresento uma crítica à definição clássica da raiva, defendida por Martha Nussbaum (2016), e favorece uma definição pluralista da emoção, defendida por Laura Silva (2020). Aplico a perspectiva pluralista às defesas da raiva de Marilyn Frye (1983), Céline Leboeuf (2018), bell hooks (1995) e Audre Lorde (1997), em vista de demonstrar que suas defesas não são coerentes com uma raiva retributiva. Concluo argumentando que, em contextos de opressão social, a raiva não é uma emoção que objetiva retribuição, mas sim o reconhecimento da injustiça, e sugiro que a definição retributiva da raiva seja rejeitada e substituída por uma definição multidimensional.</span></p>2024-06-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Leticia da Silva Bello