O investimento biopolítico da infância por meio do dispositivo de infantilidade, segundo Corazza:
Conexões com o pensamento foucaultiano
DOI:
https://doi.org/10.23845/kalagatos.v14i2.6273Palavras-chave:
Dispositivos de infantilidade, Sandra Mara Corazza, Biopolítica, Michel Foucault, InfânciaResumo
Ao reconstruir a história da infância, sobretudo, num âmbito foucaultiano, Sandra Corazza em sua tese intitulada História da infantilidade: a-vida-a-morte e mais-valia de uma infância sem fim cria um dispositivo que infantiliza, o qual intitula dispositivo de infantilidade. Esse dispositivo investe as crianças, no Ocidente, por meio de um conceito de infância que as considera fracas, perigosas e que por tal, devem ser adultizadas corretamente: isso permite constituir os pequenos como um povo por vir (trata-se de um investimento biopolítico). Sendo assim, investiga-se a história desse dispositivo e o investimento que esse faz dos corpos infantis relacionando-o ao pensamento foucaultiano.
Downloads
Referências
BADINTER, E. Um amor conquistado: o mito do amor materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.CORAZZA, S. M. História da infantilidade:a-vida-a-morte e mais-valia de uma infância sem fim. 1998. 619f. Tese (Doutorado em Educação)– Universidade Federal do Rio Gran-de do Sul, Porto Alegre, 1998.
DELEUZE, G. O que é um dispositivo. Disponível em: < http://www.ufes.br/ppgpsi/files/textos/Deleuze%20-%20O%20que%20%C3%A9%20um%20dispositivo.pdf >. Acesso em: 8 maio 2011.
DeMAUSE, L. La evolución de la infância. In: ______ (Dir.). Historia de la infancia. Madrid: Alianza, 1995.DERRIDA, J. Khôra. Campinas: Papirus, 1995a.DERRIDA, J. Salvo o nome. Campinas: Papirus, 1995b.
FONSECA, M. A. Michel Foucault e o direito. São Paulo: Max Limonad, 2002.FOUCAULT, M. Os anormais. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
FOUCAULT, M. Aula de 15 de março de 1978; Aula de 22 de março de 1978. In: Seguran-ça território e população. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. 34. ed. Petrópolis, Vozes, 2007.FOUCAULT, M. Hermenêutica do sujeito. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
FOUCAULT, M. História da sexualidade I: a vontade de saber. 13. ed. Rio de Janeiro: Gra-al, 1988.
FOUCAULT, M.Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
LE ROY, L. E. Montaillou, village occitan de 1924 à 1325. Paris: P.U.F., 1975.
LYMAN, Jr. Richard B. Barbarie y religión: la infância a fines de la época romana y co-mienzos de la Edad Média. In:
DeMAUSE, L.(Dir.). Historia de la infancia. Madrid: Alianza, 1995.
MARWICK, E. W. Naturaleza y educación: pautas y tendencias de la crianza de los niños en la Francia del siglo XVII. In: DeMAUSE, L.(Dir.). Historia de la infancia. Madrid: Alianza, 1995.
PLATÃO. Timeu. Lisboa: Instituto Piaget, 2005.
POLLOCK, L. A. Forgotten children: parent-child relations from 1500 to 1900.Cambridge: Cambridge University Press, 1983.
ROUSSEAU, J. Emílio (ou Da educação). São Paulo: Martins Fontes, 2004.
OLIVEIRA, Eduardo Alexandre Santos de; HEUSER, Ester Maria Dreher. O investimento biopolítico da infância por meio do dispositivo de infantilidade, segundo Corazza: cone-xões com o pensamento foucaultiano.Kalagatos, Fortaleza, v. 14, n. 2, 2017, p. 231-248.Recebido: abril de 2017.Aprovado: junho de 2017.
