Aparência e aparição no cerne do espetáculo
DOI:
https://doi.org/10.23845/kalagatos.v13i26.6198Palavras-chave:
Aparência, Aparição, Imagem, CapitalResumo
Neste artigo pretendo uma básica exposição dos conceitos hegelianos de aparência (Schein) e aparição ou fenômeno (Erscheinung), que Marx, em sua crítica da sociedade burguesa, ao ressignificá-los sob sua perspectiva materialista dialética,
tomando-os do método hegeliano, faz uso para explicar o processo de troca capitalista, este onde, segundo ele, se observa
uma inversão entre “homens” e “coisas” e que é expressão geral dessa força histórico e socialmente constituída a partir da
ação prática “inconsciente” dos indivíduos – o capital –, que, por seu modo de constituição, se lhes apresenta como positividade
de características tirânicas em suas variadas manifestações. Interessa-nos aqui compreender tais categorias em sua
mencionada apropriação por Marx, pois é a elas que Guy Debord faz referência direta em sua critica da sociedade capitalista
de um século posterior ao lançamento de O capital (o que ele chamou de A sociedade do espetáculo em uma obra homônima),
quando faz referência ao capitalismo superdesenvolvido, o espetáculo, como momento histórico em que o capital alcançou
tal grau de acumulação que se tornou imagem.