O éthos parrhesiástico cínico como transfiguração da política em Michel Foucault
DOI:
https://doi.org/10.23845/kalagatos.v13i25.6184Palavras-chave:
Éthos Cínico, Governamentalidade, Liberdade, Parrhésia, PolíticaResumo
No presente texto, a temática que norteia nossa discussão, concentra-se na importância da parrhésia enquanto prática de liberdade política, principalmente a partir da leitura da parrhésia cínica, que sustentamos como representando uma transfiguração no sentido de política e que repercute até nossa atualidade marcada pela governamentalidade. Esta temática abre espaço para a proposição das seguintes questões: qual o sentido de se apontar uma transfiguração da política a partir do éthos parrhesiástico Cínico? Como esta parrhésia Cínica se expressa, nesta condição, como prática de liberdade ao governamento
abusivo? Estas questões fazem-nos perceber que a ação política passa pela recusa de como somos governados e a ultrapassar o que nos é determinado a ser, instituindo novas formas de subjetividade. Retomamos as teorizações foucaultianas envolvendo a articulação entre o sujeito, o poder e a verdade, mostrando a problematização da racionalidade política atual a partir da análise sobre a governamentalidade.