Consumo de plantas medicinais por idosos atendidos na Estratégia Saúde da Família do interior no Ceará
DOI:
https://doi.org/10.59171/nutrivisa-2021v8e9930Palabras clave:
Plantas Medicinais, Idosos, Fitoterapia, Atenção Primária á SaúdeResumen
O cultivo de plantas medicinais se insere como importante forma de obter tratamentos terapêuticos naturais para o combate de enfermidades. É reconhecido também, o vasto conhecimento empírico da população idosa com o uso desses insumos. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar o consumo e o nível de conhecimento sobre as ervas medicinais pela população idosa, bem como a análise dessa prática milenar na cultura interiorana. Trata-se de um estudo transversal com abordagem quali-quantitativa, realizado no município de Milagres, Ceará, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Rosário, localizado na zona rural e integrante do Sistema Municipal de Saúde. Foram entrevistados 30 idosos, sendo 63% mulheres e 37% homens, em sua maioria analfabeta. De acordo com o questionário, 83% dos entrevistados afirmaram ter aprendido sobre os efeitos das plantas medicinais através dos pais e/ou avós. A forma mais consumida foi o chá, a partir das folhas e as plantas mais citadas foram: boldo, capim-santo, erva cidreira, erva-doce e camomila, para diversas finalidades, (incluindo o tratamento de suas doenças crônicas) que condiziam com o que consta na literatura. Concluiu-se a partir disso que, os idosos entrevistados em Milagres-CE possuem conhecimento vasto sobre as plantas medicinais e suas aplicabilidades, com ressalva da valorização popular sobre o uso de ervas nesse território. Apesar do consenso entre o conhecimento popular e cientifico encontrado, é válido salientar sobre a importância do acompanhamento pelos profissinais de saúde sobre a adequada utilização das ervas medicinais, a fim de garantir a eficácia e segurança terapêutica, especialmente pela população idosa.
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