A Refutação kantiana do ceticismo do mundo exterior no quarto paralogismo da primeira edição da crítica
Palavras-chave:
Ceticismo, Idealismo Cartesiano, Quarto Paralogismo, Refutação do IdealismoResumo
Este trabalho objetiva defender a pertinência da refutação do ceticismo acerca dos objetos do mundo exterior a partir do Quarto Paralogismo da primeira edição da Crítica da Razão Pura (1781). Para tanto, delineamos a origem de tal ceticismo no idealismo cartesiano; em seguida, indicamos as razões pelas quais Kant interpreta tal silogismo como sendo um paralogismo. Posteriormente, abordamos os passos da estratégia de Kant para refutar o idealismo: 1) provar a imediatidade dos objetos externos e 2) provar a dependência da faculdade imaginativa desses mesmos objetos. Por fim, concluímos que os objetos que podemos percepcionar e que podem ser considerados exteriores são apenas os objetos fenomênicos.
Downloads
Referências
ALLISON, H. Kant’s Transcendental Idealism. An Interpretation and Defense. New Haven/London, Yale University Press, 1983.
ALTMANN, S. Propósito e Estrutura do Quarto Paralogismo. Analytica, Rio de Janeiro, vol 21 nº 1, 2017, p. 85-121.
BONACCINI, J. Kant e o Problema da Coisa em si no Idealismo Alemão. Sua Atualidade e Relevância para a Compreensão do Problema da Filosofia. Rio de Janeiro; Relume Dumará, 2003.
CARANTI, L. Kant and the scandal of philosophy: the Kantian critique of Cartesian skepticism. Toronto University Press, Toronto/Bufalo/London, 2007.
CAYGILL, Howard. Dicionário Kant. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000.
DESCARTES, R. Descartes: Obras Escolhidas. São Paulo; Perspectiva, 2019.
FEDER, J; GARVE, C. [Anonymous], Zugabe zu den Giittingischen Anzeigen von gelehrten Sacben (january 19, 1782): 40-8. In: SASSEN, B (ed.). Kant’s Early Crítics: Empiricist Critique of the theoretical Philosophy. New York: Cambridge University Press. 2000.
FORLIN Jr., E. Idealismo Formal x Idealismo Material: a Refutação Kantiana do Idealismo Cartesiano. Discurso, nº 38, 2008, pp. 91-117.
GUYER, P. Kant's intentions in the refutations of idealism. Philosophical Review, Vol. 92, No. 3, 1983, pp. 329-383.
KANT, I. Crítica da Razão Pura. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Original Kritik der reinen Vernunft. Traduzido por Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. 5ª edição. 2001.
KANT, I. Kritik der reinen Vernunft. Nach der ersten und zweiten Original-Ausgabe neu herausgwegeben von Raymund Schmidt. Hamburg: F. Meiner. 1956 (Durchgesehener Nachdruck von 1976).
KEMP SMITH, Norman Kemp. A Commentary to Kant’s Critique of Pure Reason. by Norman Kemp Smith; with a new introduction by Sebastian Gardner – 2nd ed. Palgrave Macmillan Ltda, 2003.
LANDIM FILHO, R. Questões Disputadas de Metafísica e de Crítica do Conhecimento. São Paulo, Discurso Editorial, 2009.
LONGUENESS E, B. Kant’s “I think’ versus Descartes” “I am a thing that thinks”. In: Kant and the Early Moderns. Ed. Longuenesse, B. & Garber, D. Princeton, Princeton University Press, 2008.
REGO, P. C. Fenomenismo, Realismo e as “Coisas Fora de Nós”: Kant Contra o Idealista Material. Analytica, Rio de Janeiro, vol 17 nº 2, 2013, p. 325-353.
STROUD, B. A Significação do Ceticismo Filosófico. São Paulo; A.F. S. S. 2020.
WILSON, M. “Descartes on the Representationality of Sensation”. In: Ideas and Mechanism. New Jersey: Princenton University Press, 1999.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 David Barroso Braga
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.