A tradição crítica e a tradição lógica como contextos para a compreensão do tractatus logico-philosophicus

Autores

  • Rafael Britto de Souza
  • Vicente Brazil

DOI:

https://doi.org/10.23845/kalagatos.v17i1.6441

Palavras-chave:

Primeiro Wittgenstein, Filosofia Crítica, Filosofia da Linguagem

Resumo

Neste trabalho, pretendemos lançar mão dos conhecimentos contextuais necessários à compreensão da filosofia de Wittgenstein, na forma como ela aparece no Tractatus-logico-philosophicus. Com o objetivo de tornar esse pensamento hermético mais acessível didaticamente, adotamos a metodologia da definição por gênero e diferença (per genus et differentiam), enfatizando sobretudo as suas semelhanças (genus) com a tradição crítica. Desenvolvemos alguns aspectos da semelhança do projeto kantiano com o tractatiano: 1) quanto à forma como suas filosofias foram geneticamente influenciadas pelo ceticismo, 2) como, entretanto, ambas se recusam a aceitar os resultados do ceticismo, 3) de que maneira se utilizam da valorização da ciência para cumprir tal propósito, 4) como ambas concebem a filosofia como um empreendimento completamente distinto da ciência e 5) ao mesmo tempo igualam filosofia a filosofia da ciência. No que diz respeito às diferenças (differentiam)observadas em relação à tradição lógica, o texto aborda apenas a direção a ser investigada a partir de filiações e influências marcantes na gênese da obra.

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Referências

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WITTGENSTEIN, L. Tractatus Logico-philosophicus. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1994.

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Publicado

2021-08-13

Como Citar

BRITTO DE SOUZA , R. .; BRAZIL, V. A tradição crítica e a tradição lógica como contextos para a compreensão do tractatus logico-philosophicus. Kalagatos , [S. l.], v. 17, n. 1, p. 98–121, 2021. DOI: 10.23845/kalagatos.v17i1.6441. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/6441. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos