A POPULAÇÃO NEGRA NAS FOTOGRAFIAS ESCOLARES NOS TEMPOS DOS SOARES LOPES (1910-1990):
CIRCULARIDADE E ACELERAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.52521/bilros.v12i24.14149Palavras-chave:
Intelectuais negros, História da Educação, Soares Lopes, AceleraçãoResumo
O presente trabalho tem por objetivo analisar as fotografias escolares e identificar a presença da população negra e de intelectuais negros da população de Ilhéus nos tempos dos Soares Lopes (1910 -1970) para a produção de cards didáticos a partir do material coletado nos jornais do Centro de Documentação e Memória Regional. Problematiza-se o apagamento da população negra através da bibliografia selecionada em bancos de dados das principais revistas de história da educação, sendo a Revista Brasileira de História da Educação; Revista História da Educação; Cadernos de História da Educação; Revista Práticas Educativas, Memórias e Oralidades, e como o uso das fotografias em acervos documentais, pode ser usado para a confecção de cards didáticos que servem como importante instrumento para uma educação antirracista, através da divulgação de intelectuais negros do sul da Bahia em um contexto de aceleração das mídias sociais.
Referências
AMORIM, Marília. A questão enunciativa na pesquisa em ciências humanas. In: Ferreira, Tânia; Vorcaro, Angela. Pesquisa e psicanálise: Do campo à escrita (Portuguese Edition) . Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
ARAÚJO, A. de A.; SOARES, E. L. R. Identidade e relações étnico-raciais na formação escolar. Práticas Educativas, Memórias e Oralidades - Rev. Pemo, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 1–14, 2019. DOI: 10.47149/pemo.v1i1.3628. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revpemo/article/view/3628. Acesso em: 15 ago. 2024.
BLOCH, Marc. Apologia da história, ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. BURKE, Peter. História e teoria social.
BRANDÃO, Helena H. Nagamine. Introdução à análise do discurso. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2012.
BRASIL. Decreto nº 10639, de 09 de janeiro de 2003.Dispõe sobre as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade datemática "História e Cultura Afro-Brasileira"e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 10 jul. 2024.
BOURDIEU, Pierre, 1930-2002. Ofício de sociólogo: metodologia da pesquisa na sociologia / Pierre Bourdieu, Jean-Claude Chamboredon, Jean-Claude Passe ron; tradução de Guilherme João de Freitas Teixeira. 7. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
CERTEAU, M. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 2008.
DE ANDRADE LEAL, M. DAS G. Educação e trabalho; raça e classe no pensamento de um intelectual negro. Revista Brasileira de História da Educação, v. 20, n. 1, p. e123, 24 jul. 2020.
FONSECA, M. V. A arte de construir o invisível: o negro na historiografia educacional brasileira>. Revista Brasileira de História da Educação, v. 7, n. 1 [13], p. 11-50, 9 fev. 2012.
GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cosmos de um moleiro do século XVI. Tradução de Luiz Antonio S. S. de Oliveira. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
GOMES, Ângela de Castro; HANSEN, Patrícia Santos. Apresentação. Intelectuais, mediação cultural e projetos políticos: uma introdução para delimitação do objeto de estudo. In: GOMES, Ângela de Castro; HANSEN, Patrícia Santos (Orgs.). Intelectuais Mediadores: Práticas culturais e Ação Política. 1. Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
PACHECO, E. de S.; QUEIROZ, Âni M. A. de; SOARES, L. A. da S.; AYMBERÉ, R. P.; NUNES, H. C. B. Cinema negro e educação antirracista. Práticas Educativas, Memórias e Oralidades - Rev. Pemo, [S. l.], v. 5, p. e10862, 2023. DOI: 10.47149/pemo.v5.e10862. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revpemo/article/view/10862. Acesso em: 20 ago. 2024.
SANTOS, C. B. S. Áfricas reelaboradas a partir da diáspora no sul baiano oitocentista. Histórica (São Paulo. Online), v. 46, p. 01-10, 2011.
SANTOS, C. B. DA S. “Uma Rainha Negra entre os súditos brancos”: trajetória da intelectual negra Conceição Soares Lopes na História da Educação de Ilhéus. Sertanias: Revista de Ciências Humanas e Sociais, v. 4, n. 2, p. 1–23, 27 dez. 2023.
SANTOS, C. B. S. Professores de cor na história da educação a partir da trajetória de Maria Lina das Mercês na Bahia. [s.l: s.n.]. Disponível em:<https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2022/TRABALHO_EV174_MD1_ID13327_TB1477_01072022203128.pdf>. Acesso em: 1 maio. 2024.
SAVIANI, Demerval. Democracia, educação e emancipação humana: desafios do atual momento brasileiro. Psicologia Escolar e Educacional, v. 21, n. 3, p. 653–662, set. 2017.
SAVIANI, Demerval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 11 ed. Campinas- SP: Autores Associados, 2011.
SILVA, Ivaneide Almeida. História e Educação Religiosa em Ilhéus, 1916-1930. Dissertação de Mestrado. Salvador: UFBA, 2004.
SILVA, Marcelo Gomes da; ANDRE, L. A. ENTRELAÇOS DE MEMÓRIA. 2023. (Desenvolvimento de material didático ou instrucional - video documentário).
SIRINELLI, J. F. (2003). Os intelectuais. In R. Remond (Org.), Por uma história política (2a ed., p. 232-253). Rio de Janeiro, RJ: Editora Fundação Getúlio Vargas.
SODRÉ, Muniz. O fascismo da cor: uma radiografia do racismo nacional. Petrópolis: Vozes, 2023.
TZIMINADIS, J. L. F. Modernidade dessincronizada: aceleração social, destemporalização e alienação: uma entrevista com Hartmut Rosa. Estudos de Sociologia, Araraquara, v. 22, n. 43, 2018. DOI: 10.52780/res.10462. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/estudos/article/view/10462. Acesso em: 13 ago. 2024.
VARELLA, Flávia Florentino; BONALDO, Rodrigo Bragio. Todos podem ser divulgadores? Wikipédia e curadoria digital em Teoria da História. Estudos Ibero-Americanos, [S. l.], v. 47, n. 2, p. e38806, 2021. DOI: 10.15448/1980-864X.2021.2.38806. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/iberoamericana/article/view/38806. Acesso em: 20 ago. 2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Lázaro Vasconcelos Oliveira, Cristiane Batista da Silva Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.