Politique agraire et dé-démocratisation dans les gouvernements Temer et Bolsonaro
DOI :
https://doi.org/10.32335/2238-0426.2023.13.31.10780Mots-clés :
politique agraire, dé-démocratisation , Système National de Culture du BrésilRésumé
Cet article analyse la politique agraire des gouvernements Temer et Bolsonaro au Brésil. Les changements promus par ces présidents dans l’action de l’État dans les campagnes se sont traduits par une réduction des politiques d'accès à la terre, des projets de développement d'établissements ruraux, des programmes de renforcement de l'agriculture familiale et des politiques de réduction et de stabilisation des prix alimentaires sur le marché intérieur. Dans le même temps, cette période signifiait également l'expansion des titres de colonisation, la croissance du marché foncier, la promotion continue des agro-exportations et l'expansion (légale et illégale) de la frontière agricole dans la forêt amazonienne. Les principales sources de données pour cet article sont l'Institut National de Colonisation et de Réforme Agraire du Brésil (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária [INCRA]), les rapports Conflits dans les Campagnes, de la Commission Pastorale de la Terre (Comissão Pastoral da Terra [CPT]) et l'actualité nationale. A cela s'ajoutent l'analyse du contenu des documents gouvernementaux et partisans, le suivi de l'actualité dans les périodiques nationaux, les statistiques descriptives et la lecture de textes par des analystes de la question agraire, de la situation politique et de la démocratie contemporaine. Les conclusions analytiques soulignent que la politique agraire des gouvernements Temer et Bolsonaro a signifié un processus profond et continu de démantèlement des capacités de l'État construites à court, moyen et long terme dans l'action de l'État dans les campagnes.
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