Aditivos em alimentos industrializados presentes nos lanches de escolares do Ensino Fundamental
DOI:
https://doi.org/10.52521/nutrivisa.v12i1.15503Palabras clave:
aditivos alimentares; alimentos industrializados; nutrição da criança; rotulagem de alimentos.Resumen
O objetivo do estudo foi analisar os aditivos alimentares presentes em lanches industrializados consumidos por alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental em escolas privadas no município de Santa Maria, Rio Grande do Sul (RS). Participaram da pesquisa sete escolas privadas de uma cidade do RS, onde foram realizadas as coletas de dados. Foram contabilizados 139 alimentos que continham embalagem com rótulo e analisados conforme a lista de ingredientes. Os aditivos encontrados em maior frequência foram os aromatizantes (59%), seguido do ácido cítrico (44,6%) e da lecitina de soja (38,1%). Observou-se que 36% dos lanches continham de quatro a seis aditivos e 11% mais que 10. De acordo com a classificação da necessidade tecnológica, os aditivos mais encontrados nos lanches foram para tecnologia de fabricação (46,9%), seguidos dos aditivos para característica sensorial (34,7%) e os aditivos para conservação (18,5%). As funções com maior frequência foram os emulsificantes (12,9%) e estabilizantes (8,7%) utilizados para tecnologia de fabricação, e os acidulantes (7,4%) e conservador (5,3%) empregados na conservação dos alimentos. Os lanches consumidos por crianças do ensino fundamental apresentaram excessivo número de alimentos ultraprocessados, que na sua composição, possuíam diversos aditivos químicos, os quais podem causar várias reações adversas e complicações de saúde. Nota-se a importância da redução no consumo desses alimentos e maior incentivo do consumo de alimentos minimamente processados ou in natura, pois estes últimos são considerados saudáveis e positivos para o crescimento e desenvolvimento das crianças.
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