Caracterização de dark kitchens situadas em Fortaleza e verificação dos seus requisitos higiênicossanitários

Autores

DOI:

https://doi.org/10.52521/nutrivisa.v12i1.15030

Palavras-chave:

fast foods; delivery; serviços de alimentação

Resumo

O termo "dark kitchen" se refere a espaços dedicados à produção de refeições, sem um local físico para consumo, dependendo de aplicativos de delivery para alcançar os clientes. Esse modelo ganhou popularidade durante a pandemia do Covid-19 como alternativa aos restaurantes tradicionais. Este estudo teve como objetivo caracterizar as dark kitchens de Fortaleza, classificando-as por segmento alimentar e analisando sua conformidade com os requisitos higiênicossanitários da legislação vigente. Foi realizada uma pesquisa qualitativa nas redes sociais e em aplicativos de delivery, além de uma avaliação das condições sanitárias conforme a Portaria Municipal nº 31/2005. Foram identificadas 34 dark kitchens, sendo 97% delas próprias e 3% coworking de cozinhas. A maioria (50%) delas se dedica à produção de massas, seguidas por hambúrgueres e sanduíches (14,7%), bolos e doces (11,8%), comida japonesa (8,8%) e outros (5,9%). Apenas uma atua com diferentes marcas e tipos de alimentos, sendo pioneira na cidade. A avaliação dos requisitos sanitários de quatro estabelecimentos revelou que 75% estavam dentro dos padrões exigidos, enquanto 25% apresentaram baixo nível de conformidade. O estudo conclui que as dark kitchens representam uma tendência crescente, beneficiando tanto empreendedores quanto clientes. No entanto, destaca-se a necessidade de melhorias nos aspectos higiênicossanitários para garantir a segurança dos alimentos e a saúde dos consumidores.

 

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Publicado

2025-04-02

Como Citar

BEZERRA, M. . T.; CHAGAS, B. A.; OBERG, M. L. B. de M.; ANDRADE, A. P. . C. de. Caracterização de dark kitchens situadas em Fortaleza e verificação dos seus requisitos higiênicossanitários. Nutrivisa Revista de Nutrição e Vigilância em Saúde, Fortaleza, v. 12, n. 1, p. e15030, 2025. DOI: 10.52521/nutrivisa.v12i1.15030. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15030. Acesso em: 19 abr. 2025.

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Seção

Artigos originais