Hannah Arendt e Agamben:

O totalitarismo como categoria biopolítica e a politização da vida nas sociedades democráticas liberais

Autores/as

  • Elivanda Oliveira Silva

DOI:

https://doi.org/10.23845/kalagatos.v14i2.6275

Palabras clave:

Biopolítica, Totalitarismo, Politização do biológico, Democracias liberais

Resumen

O texto tem como objetivo apresentar uma leitura biopolítica da obra de Hannah Arendt, o que requer uma análise da relação entre vida e política, a partir dos elementos biopolíticos contidos na filosofia da autora, especialmente no que diz respeito ao totalitarismo como forma de governo sem precedentes na história da humanidade. Por conseguinte, examinaremos o processo de politização do biológico que elevou a vida a bem supremo, resultando em consequências radicais para o domínio público. Para tanto, lançaremos mão também do arcabouço conceitual de Agamben, principalmente, dos conceitos de vida nua, estado de exceção, homo sacer, para que possamos trazer à luz os elementos biopolíticos que perpassam a obra arendtiana e que fundamentam o jogo político das atuais democracias liberais.

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Publicado

2021-07-17

Cómo citar

OLIVEIRA SILVA, E. Hannah Arendt e Agamben:: O totalitarismo como categoria biopolítica e a politização da vida nas sociedades democráticas liberais. Kalagatos , [S. l.], v. 14, n. 2, p. 271–287, 2021. DOI: 10.23845/kalagatos.v14i2.6275. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/6275. Acesso em: 18 may. 2024.