A Intervenção como prática constitutiva do PROF-FILO

Abstract

O artigo tem como objeto privilegiado o PROF-FILO – Mestrado Profissional em Filosofia, naquilo que esse programa tem como uma das suas características mais notáveis, a saber, a exigência de que as dissertações versem sobre uma intervenção realizada no contexto escolar. Discute-se o sentido dessa exigência sob dois pontos de vista: o ponto de vista da orientação para a realização da intervenção e o ponto de vista dos seus nexos semânticos com outras exigências igualmente centrais ao mestrado profissional, tais como o desenvolvimento de um processo e a valorização da autoria. A intervenção no contexto escolar durante a suspensão do ensino presencial é uma preocupação subsidiária deste artigo. Procura-se sustentar, na conclusão, que a intervenção é constitutiva do PROF-FILO e que, como tal, não deve ser suprimida nem suspensa, nem mesmo durante a pandemia, quando devem ser buscadas alternativas compatíveis com a preservação da inventividade e intencionalidade que caracterizam a intervenção requisitada pelo PROF-FILO.