Descolonizar o inconsciente coletivo escolar:

Uma ação filosófica para o Século XXI

Autores

  • Junot Cornélio Matos
  • Adailton Pereira de Melo

Palavras-chave:

Cultural, Desconstrução, Inconsciente, Racismo, Preconceito

Resumo

A sociedade vem passando por transformações nas áreas de tecnologia e de informação, nos meios de comunicação que incluem redes sociais, que diminuem distâncias e torna os processos inter-relacionais simultâneos. Contudo, a construção no inconsciente cultural dos ditames da elite dominante, que tem seu ápice no processo de escravidão e da difusão de classes  superiores composta pelos branco-cristão-europeu em detrimento das sociedades não europeias, foi internalizada de modo tal que somente um trabalho de descolonização do inconsciente por práticas filosóficas e pedagógicas desconstrutivas pode reverter o quadro de xenofobia, preconceito, racismo e intolerância experimentado nos dias de hoje. O artigo tem esse objetivo: discutir os liames que constroem e construíram a colonização das mentes e acender uma fogueira de esperança em meio a tantas resistências.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BONILLA-SILVA, Eduardo. Racismo sem racistas. São Paulo: Perspectiva, 2020.

CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. Florianópolis: Livros & Livros, 2010.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. São Paulo: Ubu Editora, 2020a.

FANON, Frantz. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu Editora, 2020b.

FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa. Mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante, 2017.

GADOTTI, Moacir. Paulo Freire na África. Encontro da pedagogia freiriana com a práxis política de Amílcar Cabral. In: ROMÃO, José Eustáquio; GADOTTI, Moacir. Paulo Freire e Amílcar Cabral: a descolonização das mentes. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2012. pp. 55-121.

GATO, Matheus. O massacre dos libertos. Sobre raça e República no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 2020.

JUNG, Carl Gustav. O eu e o inconsciente. Petrópolis-RJ: Vozes, 2014ª.

JUNG, Carl Gustav. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014b.

LOTMAN, Iure M. La semiosfera. Semiótica de la cultura y del texto. Madrid: Ediciones Cátedra, 1996.

MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. São Paulo: N-1 Edições, 2018.

OLIVEIRA, Milena Fernandes de. O mercado de prestígio. Consumo, capitalismo e modernidade na São Paulo da “Belle Époque” (1890-1914). São Paulo: Alameda, 2014.

PONZIO, Augusto. A revolução bakhtiniana. O pensamento de Bakthin e a ideologia contemporânea. São Paulo: Contexto, 2009.

ROMÃO, José Eustáquio. Paulo Freire e Amílcar Cabral. Razões revolucionárias e a descolonização das mentes. In: ROMÃO, José Eustáquio; GADOTTI, Moacir. Paulo Freire e Amílcar Cabral: a descolonização das mentes. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2012. pp. 13-54.

Downloads

Publicado

2021-12-15

Como Citar

MATOS, J. C. .; MELO, A. P. de . Descolonizar o inconsciente coletivo escolar:: Uma ação filosófica para o Século XXI . Kalagatos , [S. l.], v. 18, n. 2, p. 76–90, 2021. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/7253. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos