Os tratamentos da loucura e a história dos antipsicóticos
DOI:
https://doi.org/10.59487/2965-1956-2-10915Palavras-chave:
Transtornos Psicóticos, História da Medicina, Antipsicóticos, Terapias Somáticas em PsiquiatriaResumo
Objetivo: Revisar a história das intervenções sobre a loucura, com enfoque na Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea, e apresentá-la como texto introdutório ao estudo do tratamento das psicoses. Metodologia: Revisão narrativa da literatura não sistemática, de caráter histórico, sobre o tratamento da psicose. Desenvolvimento: A loucura, interpretada neste texto como psicose, é estudada desde a Idade Antiga, inicialmente interpretada como fenômeno de influência divina, seguida pela teoria dos humores, que perdurou do período clássico grego até o Iluminismo, após o qual introduziu-se o Tratamento Moral e de caráter manicomial. A partir do século XX, iniciaram-se as terapias biológicas, como a convulsoterapia, e, na segunda metade do século, surgiram os primeiros antipsicóticos. Assim, ao longo da história, diversas explicações e tratamentos foram formulados. Neste texto, abordamos parte dessas teorias e terapêuticas, da antiguidade até a contemporaneidade, excetuando-se as diversas modalidades psicoterápicas. Considerações finais: Apesar de nem todos os conhecimentos se sustentarem com os anos, parte deles são mantidos e ressignificados.
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