Diálogos Interdisciplinares em Psiquiatria e Saúde Mental https://revistas.uece.br/index.php/dipsm <p>Diálogos Interdisciplinares em Psiquiatria e Saúde Mental - DIPSM é uma publicação da Sociedade Cearense de Psiquiatria em parceria com a Universidade Estadual do Ceará que busca contemplar a produção de conhecimento interdisciplinar tanto no campo acadêmico como da assistência em psiquiatria e saúde mental, além de áreas afins como neurologia, geriatria e medicina de família e comunidade. </p> <p>É um periódico eletrônico, que adota a modalidade de fluxo contínuo, avaliado por pares, de acesso aberto, sem taxa de submissão, destinado a publicação de artigos originais, comunicações breves, memórias/história, relatos de caso/experiência e revisões ou atualizações relevantes para a prática clínica psiquiátrica e para a atenção em saúde mental. </p> <p><span style="vertical-align: inherit;">Prefixo DOI: 10.59487<br />e-ISSN: 2965-1956</span></p> EdUECE pt-BR Diálogos Interdisciplinares em Psiquiatria e Saúde Mental 2965-1956 <p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Creative Commons License" /></a></p> Sais de lítio https://revistas.uece.br/index.php/dipsm/article/view/12306 <p><strong>Objetivo</strong>: revisar de forma sucinta a história do desenvolvimento e uso do lítio como psicofármaco. <strong>Metodologia</strong>: revisão narrativa, com levantamento de dados históricos ligados à descoberta do elemento e sua translação ao uso clínico. <strong>Resultados</strong>: a descoberta do lítio se deu no século XIX, sendo inicialmente explorado no campo da química inorgânica. Seu desenvolvimento como psicofármaco se deu de modo lento e permeado pela resistência do meio científico, mesmo com resultados promissores desde o início. A posterior regulação pelo US Food and Drug Administration foi marcada por polêmicas, visto que o órgão parecia ignorar as evidências científicas disponíveis. Mesmo com tantas adversidades, o lítio consolidou-se como uma das drogas mais importantes no tratamento do transtorno bipolar. <strong>Conclusão</strong>: o caso do lítio exemplifica muito bem as dificuldades no desenvolvimento e aprovação de medicamentos com baixo potencial de lucros. Os médicos devem estar atentos para julgar a indicação de medicações por sua eficácia clínica e não em função de fatores de mercado.</p> Ilgner Justa Frota Rayanne Silva Vieira Lima Copyright (c) 2023 Ilgner Justa Frota, Rayanne Silva Vieira Lima https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-17 2024-03-17 2 2 e12306 e12306 10.59487/2965-1956-2-12306 Os tratamentos da loucura e a história dos antipsicóticos https://revistas.uece.br/index.php/dipsm/article/view/10915 <p><strong>Objetivo</strong>: Revisar a história das intervenções sobre a loucura, com enfoque na Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea, e apresentá-la como texto introdutório ao estudo do tratamento das psicoses. <strong>Metodologia</strong>: Revisão narrativa da literatura não sistemática, de caráter histórico, sobre o tratamento da psicose. <strong>Desenvolvimento</strong>: A loucura, interpretada neste texto como psicose, é estudada desde a Idade Antiga, inicialmente interpretada como fenômeno de influência divina, seguida pela teoria dos humores, que perdurou do período clássico grego até o Iluminismo, após o qual introduziu-se o Tratamento Moral e de caráter manicomial. A partir do século XX, iniciaram-se as terapias biológicas, como a convulsoterapia, e, na segunda metade do século, surgiram os primeiros antipsicóticos. Assim, ao longo da história, diversas explicações e tratamentos foram formulados. Neste texto, abordamos parte dessas teorias e terapêuticas, da antiguidade até a contemporaneidade, excetuando-se as diversas modalidades psicoterápicas. <strong>Considerações finais</strong>: Apesar de nem todos os conhecimentos se sustentarem com os anos, parte deles são mantidos e ressignificados.</p> Joel Porfirio Pinto Danielle Macêdo Gaspar Natália Sousa Cavalcante Barroso Copyright (c) 2023 Joel Porfirio Pinto, Danielle Macêdo Gaspar, Natália Sousa Cavalcante Barroso https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-10-23 2023-10-23 2 2 e10915 e10915 10.59487/2965-1956-2-10915 A visão da Terapia Analítica-Comportamental sobre pessoas que apresentam comportamentos depressivos https://revistas.uece.br/index.php/dipsm/article/view/11211 <p><strong>Introdução:</strong> A depressão é um transtorno mental amplamente vivenciado na atualidade, constituindo-se em um grave problema de saúde pública no Brasil. Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão em todo o mundo, sendo que essa condição difere das oscilações usuais de humor e das respostas emocionais de curta duração comuns apresentados face aos desafios da vida cotidiana. A análise do comportamento, enquanto abordagem, tem sua visão sobre a depressão, entendendo-a como padrões de resposta adquiridos e mantidos sob determinadas contingências. <strong>Objetivo:</strong> Discutir sobre as características da depressão a partir da visão da análise do comportamento e quais as contribuições da psicoterapia analítica-comportamental em pessoas com comportamentos depressivos. <strong>Métodos:</strong> trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura executada à luz de seis etapas recomendas. Segundo os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados três artigos que abordaram a temática central do estudo. <strong>Resultados e discussão:</strong> Diante do exposto, observou-se como principal resultado desta pesquisa, foi a identificação que o termo “análise do comportamento” quando lançado nas Bases da Biblioteca virtual da Saúde (BVS) direciona a busca para estudos que versam sobre a análise de comportamentos associados a alguma patologia, conforme o entendimento biomédico deste termo. Esse resultado evidencia para uma contradição que envolve a Psicologia como ciência ligada ao campo da saúde e/ou das ciências humana. <strong>Considerações finais:</strong> Salienta-se a necessidade de estudos que discutam a análise do comportamento como abordagem teórica trazida por Skinner, visto que muitos estudos a traziam no senso comum e não como uma vertente da Psicologia.</p> Maria Clarisse Cacau Dias Antonia Juliana Mesquita Ferreira André Sousa Rocha Mauro Michel El Khouri Cecílio Argolo Junior Copyright (c) 2023 Maria Clarisse Cacau Dias, Antonia Juliana Mesquita Ferreira, André Sousa Rocha, Mauro Michel El Khouri, Cecílio Argolo Junior https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-11-22 2023-11-22 2 2 e11211 e11211 10.59487/2965-1956-2-11211 O impacto da implementação do Housing First na saúde mental de pessoas em situação de rua https://revistas.uece.br/index.php/dipsm/article/view/11604 <p class="western" align="left"><strong>Introdução</strong>: Os transtornos mentais são problemas de saúde muito prevalentes em pessoas em situação de rua, sendo uma das principais barreiras para a assistência médica a essa população. O modelo Housing First (HF) se mostra uma proposta inovadora e eficaz para melhorar esse seguimento. <strong>Objetivo</strong>: Apresentar a síntese do conhecimento a respeito do impacto que o HF tem na saúde mental de populações em situação de rua, de modo a avaliar sua contribuição no acompanhamento e tratamento dos quadros psiquiátricos. <strong>Metodologia</strong>: Revisão sistemática da literatura realizada nas bases de dados MedLine, Cochrane, LILACS e Google Acadêmico, sendo selecionados 18 ensaios clínicos randomizados. <strong>Resultados</strong>: Não houve consenso em todos os critérios avaliados ao relacionar HF e saúde mental de pessoas em situação de rua. Em relação aos sintomas psiquiátricos, à adesão ao tratamento e ao número e período de internações, foram encontradas melhorias diretas ou indiretas no grupo HF. Em relação ao uso de substâncias, não houve consenso entre os artigos avaliados. Já em relação ao comportamento suicida, não houve melhora significativa. <strong>Conclusão</strong>: Ainda são necessários mais estudos na área devido a falta de consenso entre os resultados. Mas, de acordo com os artigos analisados, a estratégia HF se mostra promissora ao proporcionar maior autonomia aos usuários, sendo este um dos principais meios para a melhoria da saúde mental. Fica evidente a relação da estabilidade domiciliar com a saúde mental; sendo assim, a escolha pelo HF deve ser vista sob uma perspectiva de saúde pública e não apenas como um problema urbano e social.</p> Fellipe Miranda Leal Amanda Corrêa Tonon D'Almeida Giovanna Brunocilla Luiza Macedo Cardoso Matheus Mejias Camarotto Copyright (c) 2023 Fellipe Miranda Leal, Amanda Corrêa Tonon D'Almeida, Giovanna Brunocilla, Luiza Macedo Cardoso, Matheus Mejias Camarotto https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-05 2024-01-05 2 2 e11604 e11604 10.59487/2965-1956-2-11604 SAD-HSM https://revistas.uece.br/index.php/dipsm/article/view/10354 <p><strong>Objetivo</strong>: Caracterizar o serviço de atenção domiciliar, assim como o perfil clínico e demográfico dos pacientes assistidos, em funcionamento há 10 anos no Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSMPFP) do Estado do Ceará. <strong>Metodologia</strong>: Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quantitativa, com base em indicadores alimentados no período de 2018 a 2022. <strong>Resultado</strong>: A equipe do SAD-HSM é composta por 5 membros, que realizam suas funções uma vez por semana. O serviço não dispõe de prontuário eletrônico, telefone e carro próprio, limitando sua atuação. O projeto terapêutico singular (PTS) foi elaborado para 100% dos pacientes. Foram atendidos 73 pacientes de 2013 a janeiro de 2023, dos quais 30 eram homens e 43 mulheres. A média das idades dos pacientes no momento da admissão no SAD foi de 47,3 anos. Foram identificados nove diagnósticos diferentes, sendo a mais prevalente esquizofrenia, com 38 pacientes (52%). O percentual de reinternação dos pacientes reduziu consideravelmente, de 42,3% em 2016 a 8,2% em 2022, <strong>Conclusão</strong>: O serviço de atenção domiciliar do HSMPFP vem conseguindo reduzir a taxa de reinternações dos seus pacientes e se mostrando como uma boa estratégia de saúde pública. Evidenciou-se a necessidade de novos investimentos, a ampliação da equipe e a implementação do serviço na grade da residência médica do hospital.</p> Luciana Tavares Gondim Matias Carvalho Aguiar Melo Copyright (c) 2023 Luciana Tavares Gondim, Matias Carvalho Aguiar Melo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-08-21 2023-08-21 2 2 e10354 e10354 10.59487/2965-1956-2-10354 Ambiente Virtual https://revistas.uece.br/index.php/dipsm/article/view/11072 <p>Diante da emergência de saúde pública ocasionada pela Covid-19 que instaurou crises sanitárias e humanitárias, uma consequência inferente é o aumento da incidência do luto pela perda parental, que pode deixar de seguir o curso tido como “normal” e se estabelecer como “persistente” diante do inusitado cenário pandêmico. O objetivo deste estudo foi identificar em um grupo de internautas brasileiros as evidências do estado de enlutamento complicado atribuído ao óbito pelas sequelas do coronavírus. Com base no <em>Manual Diagnóstico </em>e Estatístico de Transtornos <em>Mentais da Associação Americana de Psiquiatria</em>, um questionário estruturado, contendo seis perguntas objetivas foi elaborado e aplicado em ambiente virtual criado especificamente para discussões sobre o processo de morte e o morrer pela Covid-19. Participaram da pesquisa <em>Survey</em> 234 pessoas que se reconheciam como enlutadas, destas, 50,4% vivenciam o luto há mais de um ano; 64,1% entendem que o luto não ameniza com o tempo; 73,% não consideram a retomada da qualidade de vida; 21,4% sentem que a sociedade compreende seus pesares; 60,7% não têm acesso a algum tipo de terapia; e 85,7% reconhecem a internet como a mais eficaz rede de apoio por estarem com seus pares. Conclui-se que, no grupo pesquisado, parcela substancial desenhou o perfil do Luto Complicado e a outra fração segue traçando as mesmas linhas de evidências, o que sugere a necessidade de cuidados integrais, tendo em vista a efetividade da promoção da saúde mental e a concretização da prevenção de agravos.</p> Márden Cardoso Miranda Hott Copyright (c) 2023 Márden Cardoso Miranda Hott https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-09-09 2023-09-09 2 2 e11072 e11072 10.59487/2965-1956-2-11072 Produção de práticas de saúde mental integradas em rede de atenção à saúde https://revistas.uece.br/index.php/dipsm/article/view/10863 <p><strong>Objetivo:</strong> Compreender como as propostas para a integração dos cuidados de saúde mental entre as equipes de Saúde Indígena, Saúde da Família e o Centro de Atenção Psicossocial podem ser articuladas na perspectiva da rede de atenção à saúde. <strong>Metodologia:</strong> Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório, descritivo, realizado por meio de entrevista semiestruturada com 26 profissionais da Estratégia Saúde da Família, Saúde Indígena e Centro de Atenção Psicossocial, do interior do Ceará, Brasil. A análise de conteúdo foi a técnica utilizada para organização das informações. <strong>Resultados:</strong> Evidenciou-se que o processo de planejamento das ações para a produção integrada em rede de saúde das práticas de saúde mental, deve ter início pelo círculo de planejamento coletivo. As ações estratégicas devem partir do planejamento crítico do apoio matricial, da utilização e implementação de novas tecnologias que auxiliem a comunicação interdisciplinar, e a ampliação da equipe multiprofissional para atender as necessidades do território. Além de um processo de educação permanente, garantido pelos gestores locais. <strong>Conclusão:</strong> O trabalho interdisciplinar é o elemento central para a integração das práticas de saúde mental em rede de atenção à saúde, quando realizado sobre a perspectiva do círculo de planejamento coletivo.</p> Israel Coutinho Sampaio Lima Dayze Djanira Furtado de Galiza Antonio Rodrigues Ferreira Júnior Ana Suelen Pedroza Cavalcante Cidianna Emanuelly Melo do Nascimento José Jackson Coelho Sampaio Copyright (c) 2023 Israel Coutinho Sampaio Lima, Dayze Djanira Furtado de Galiza, Antonio Rodrigues Ferreira Júnior, Ana Suelen Pedroza Cavalcante, Cidianna Emanuelly Melo do Nascimento, José Jackson Coelho Sampaio https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-08-21 2023-08-21 2 2 e10863 e10863 10.59487/2965-1956-2-10863