Diálogos Interdisciplinares em Psiquiatria e Saúde Mental
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<p>Diálogos Interdisciplinares em Psiquiatria e Saúde Mental - DIPSM é uma publicação da Sociedade Cearense de Psiquiatria em parceria com a Universidade Estadual do Ceará que busca contemplar a produção de conhecimento interdisciplinar tanto no campo acadêmico como da assistência em psiquiatria e saúde mental, além de áreas afins como neurologia, geriatria e medicina de família e comunidade. </p> <p>É um periódico eletrônico, que adota a modalidade de fluxo contínuo, avaliado por pares, de acesso aberto, sem taxa de submissão, destinado a publicação de artigos originais, comunicações breves, memórias/história, relatos de caso/experiência e revisões ou atualizações relevantes para a prática clínica psiquiátrica e para a atenção em saúde mental. </p> <p><span style="vertical-align: inherit;">Prefixo DOI: 10.59487<br />e-ISSN: 2965-1956</span></p>EdUECEpt-BRDiálogos Interdisciplinares em Psiquiatria e Saúde Mental2965-1956<p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Creative Commons License" /></a></p>Tratamento do uso de vapes na população adolescente
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<p><strong>Introdução: </strong>O cigarro eletrônico/ vape é um dispositivo eletrônico de liberação de nicotina, cujos dados sobre uso seguro ainda são limitados. Usuários demonstram uso concomitante com cigarro convencional e o uso cada vez mais frequente pela população adolescente tem gerado preocupação.<strong> Objetivo: </strong>Realizar uma revisão sistemática para avaliar as melhores formas de tratamento da dependência em nicotina causada pelo uso de vapes na população adolescente. <strong>Metodologia: </strong>Trata-se de uma revisão sistemática de literatura realizada nas bases de dados CAPES, MEDLINE, LILACS, SciELO, UPTODATE, priorizados os com menos de 10 anos de publicação, escritos em língua inglesa, utilizando as palavras-chave: addiction, vapes/electronic cigarettes, adolescent. <strong>Resultados: </strong>Atualmente o tratamento está fundamentado em uma extrapolação das estratégias usadas para o tratamento de dependência em nicotina no geral. No momento é indicada entrevista motivacional associada com técnicas cognitivo-comportamentais como primeira linha e, caso os sintomas de abstinência sejam muito intensos se sugere a associação com reposição de nicotina através dos adesivos de nicotina ou gomas. Bupropiona é considerada segunda linha na população adolescente e ainda necessita de mais estudos para fundamentar seu uso. <strong>Conclusão: </strong>Conclui-se que ainda há pouco material científico publicado para orientar o tratamento, necessário dessa forma mais estudos para a elaboração de diretrizes.</p>Murilo Bilibio EngleitnerRenata Brasil Araujo
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2025-07-092025-07-0931e14924e1492410.59487/2965-1956-3-14924Saúde mental de mulheres privadas de liberdade em uma unidade no Paraná
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<p><strong>Objetivo: </strong>Avaliar o perfil das mulheres em cárcere e qual a prevalência de transtornos mentais de mulheres privadas de liberdade em uma unidade do Paraná. <strong>Metodologia: </strong>Pesquisa exploratória, explicativa e descritiva, de campo, transversal e quantitativa, realizada em serviço prisional do Paraná, sendo a amostra não probabilística e por conveniência, totalizando 79 mulheres. O presente estudo foi submetido à análise do Comitê de Ética para Pesquisas e aprovado, conforme parecer 6.872.275. <strong>Resultados: </strong>Houve prevalência de mulheres com idade entre 30 e 49 anos, pardas (65,8%), sem companheiro (a) (70,9%), com ensino fundamental incompleto (55,7%) e mães (84,8%). Identificou-se que, de acordo com as carcerárias, 53,2% da amostra possuía alguma doença ou transtorno em que há necessidade de tratamento medicamentoso. Entre as condições mais relatadas, cita-se os transtornos mentais (36,7%) e hipertensão arterial sistêmica (26,2%). Entre os transtornos mentais, estes foram classificados entre depressivos em 12 mulheres (63,2%) e ansiosos em outras 7 (36,8%). Quanto indagadas sobre receberem visitas, 67,1% delas afirmaram que sim, 36,7% afirmaram que estas ocorrem com intervalo de 30 e 60 dias. Sobre quem visita as mulheres privadas de liberdade, observou-se prevalência de mãe (36,7%), mãe e filhos (22,7%), filhos (3,9%), irmãos (2,6%) e cônjuge (1,3%).<strong> Conclusão:</strong> Grande parte do público de mulheres jovens, pardas, mães solteiras e com baixa escolaridade, implicando em um perfil comum, conforme descrito na literatura, tendenciando a criminalização. dos menos favorecidos socialmente. As condições vivenciadas no ambiente prisional contribuem para provocar medo, ansiedade, solidão e tristeza, e que condições de maior vulnerabilidade estão mais frequentes entre o público feminino.</p>Géssica Tuani TeixeiraAdrieli EboneAline Antunes AnzilieroNaiara de Mello CasaliYasmin Mendonça Rodrigues BorgesFlávia Cristina RuaroLediana Dalla Costa
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2025-07-092025-07-0931e14006e1400610.59487/2965-1956-3-14006Perfil clínico e territorial dos atendimentos em uma emergência psiquiátrica
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<p><strong>Objetivo:</strong> caracterizar o perfil clínico e territorial dos atendimentos em emergência psiquiátrica do Ceará - Brasil. <strong>Metodologia: </strong>estudo quantitativo observacional sobre os atendimentos em emergência psiquiátrica, durante cinco anos (2018 a 2022), vinculada à hospital especializado em saúde mental referência para todo estado do Ceará. Os dados incluem informações sociodemográficas dos pacientes, como idade, gênero, endereço, diagnóstico e seguimento. <strong>Resultados:</strong> dos 91.555 atendimentos registrados, correspondendo a média de 18.311 por ano e 50,16 por dia, tiveram como diagnósticos mais prevalentes CID-10: F20-F29 (transtornos esquizofrênicos e delirantes) e F30-F39 (transtornos de humor). Destes pacientes que buscaram atendimento na emergência apenas 11,67% (n=10.692) culminaram em internação psiquiátrica. Sobre o horário dos atendimentos, 55,71% (n=51.005) aconteceram entre 7 às 17 horas, sendo horários compatíveis com o funcionamento de outros serviços da Rede de Atenção Psicossocial. A maioria dos atendimentos foram de usuários que moravam na capital cearense, sendo apenas 22,9% (n=20.985) provenientes de todos os outros municípios do estado, correspondendo a 3,0 atendimentos/1000 habitantes. Além disso, a Regional VI de Fortaleza-Ceará, que corresponde ao mesmo território da emergência analisada, apresentou número de atendimentos relativos à população geral adscrita (48,2 atendimentos/1000 pessoas) com valores superiores ao dobro de quase todas as outras regionais do município. <strong>Conclusão:</strong> esses dados demonstram um diagnóstico situacional de uma emergência psiquiátrica ainda centralizada, em que a principal demanda de atendimentos é voltada para residentes da própria área adscrita. Dessa forma, é importante fortalecer o atributo da regionalização e descentralização dos serviços de saúde mental para que os pacientes de outras áreas tenham acesso aos serviços de acordo com seu perfil de gravidade.</p>Alberico Prado NetoEverton do Carmo BarbosaLuis Lopes Sombra NetoEugênio de Moura CamposDavi Queiroz de Carvalho Rocha
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2024-06-052024-06-0531e12604e1260410.59487/2965-1956-3-12604Do transexualismo à incongruência de gênero
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<p><strong>Objetivo: </strong>Contribuir para o conhecimento sobre a evolução histórica das classificações diagnósticas relacionadas às identidades trans. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de artigo de atualização realizado através de revisão bibliográfica das edições da Classificação Internacional de Doenças (CID) e do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), além de outras publicações científicas sobre a história e a evolução das classificações diagnósticas referentes às identidades trans. <strong>Resultados:</strong> As identidades trans já foram nomeadas de diversas formas nos manuais que determinam os critérios diagnósticos que compõem a nosologia médica. No DSM, houve certa gradação: o que era definido por “Transexualismo” se tornou, inicialmente, “Transtorno de identidade de gênero” e, mais recentemente, “Disforia de gênero”. Já na CID, a mudança foi mais direta: do “Transexualismo”, categoria de um subgrupo de transtornos psiquiátricos conhecido como “Transtornos da identidade sexual”, para “Incongruência de gênero”, categoria de um grupo não pertencente aos transtornos psiquiátricos, nomeado como “Condições relacionadas à saúde sexual”. <strong>Conclusão:</strong> A despatologização das identidades trans faz parte do processo de evolução do conhecimento humano que, dessa forma, contribui para a superação de antigos preconceitos e discriminações relacionadas a esse grupo.</p>Luis Lopes Sombra NetoJosé Henrique Sousa Luz
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2024-06-052024-06-0531e11992e1199210.59487/2965-1956-3-11992Editorial
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José Jackson Coelho SampaioEugênio de Moura Campos
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2024-07-092024-07-0931e13544e1354410.59487/2965-1956-3-13544A tanatologia em residência médica de psiquiatria em um estado no nordeste brasileiro
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<p><strong>Objetivo: </strong>Este estudo objetiva apresentar uma experiência exitosa de abordagem sistemática sobre o tema da morte em uma residência médica de psiquiatria no Brasil. <strong>Relato de Experiência: </strong>O curso teórico de tanatologia do programa de residência médica em psiquiatria do Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto, em Fortaleza (Brasil), foi criado em 2018. O curso é realizado a cada dois anos, com residentes do segundo e terceiro anos, tem duração de três meses e se estrutura em três módulos, cada um com oito horas. São abordados assuntos importantes para que os temas relacionados à morte não carreguem tanto estigma e possam ser tratados com mais naturalidade nas práticas profissionais dos residentes. Ao longo dos anos de curso, tem-se percebido que o objetivo vem sendo alcançado. <strong>Discussão: </strong>Falar sobre morte continua sendo um assunto delicado para profissionais de saúde. Na maioria das Faculdades de Medicina, discussões sobre o tema ainda são raras. Na residência médica em psiquiatria, o assunto permanece pouco abordado e há poucas oportunidades de cursos teóricos e estágio prático em serviços de cuidados paliativos para os residentes. Na residência em psiquiatria geriátrica, apesar de um pouco mais frequente, a abordagem do tema da finitude permanece insuficiente. O suicídio de um paciente está entre os eventos mais estressantes durante a residência médica, e os psiquiatras se sentem insuficientemente preparados para esse evento. É necessário que o currículo da residência em psiquiatria contemple discussões sobre suicídio e forneça suporte para os residentes lidarem com o assunto.</p>Douglas de Sousa SoaresAlexandre Bastos LimaMayra Thays Gonçalves Cruz Macedo QuentalKarla CarlosGilmar Fernandes do Prado
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2025-07-092025-07-093110.59487/2965-1956-3-12948Recomendações aos Centros de Atenção Psicossocial Infantil sobre a utilização dos serviços de saúde bucal por crianças do espectro autista
https://revistas.uece.br/index.php/dipsm/article/view/12503
<p>Trata-se de nota técnica com recomendações para promover o uso dos serviços de saúde bucal por crianças do espectro autista atendidas em Centro de Atenção Psicossocial Infantil.</p>Maximiliano Loiola Ponte de SouzaPriscilla Dias Leite de LimaFernando José Herkrath
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2024-06-052024-06-0531e12503e1250310.59487/2965-1956-3-12503Bases para a formação do psiquiatra por meio dos Programas de Residência Médica em Psiquiatria no Estado do Ceará: contribuição da Sociedade Cearense de Psiquiatria – SOCEP
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<p>Nesta nota técnica, a Sociedade Cearense de Psiquiatria (SOCEP) apresenta sua contribuição para embasar o estabelecimento de diretrizes e competências necessárias para a formação de especialistas em psiquiatria em programas de residência médica no Estado do Ceará, destacando a importância de parcerias interinstitucionais que permitam um treinamento diversificado e colaborativo, visando à habilitação de profissionais para atuarem em diferentes níveis de atenção à saúde mental. Foi elaborada pelos autores, psiquiatras sócios titulares, a pedido da SOCEP, depois discutida e aprovada pelo colegiado diretivo, antes de ser adotada oficialmente pela sociedade.</p>Eugênio de Moura CamposRaimundo Araújo Melo
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2024-07-012024-07-0131e13340e1334010.59487/2965-1956-3-13340