Aprendizagem e Candomblé

uma análise autoetnográfica sobre corpos e coisas no aprendizado

Authors

  • Alessandra Gomes Programa de Pós-Graduação em Educação da UFMG
  • Vanessa Linke Universidade Federal do Vale do São Francico

DOI:

https://doi.org/10.52521/revccc.v2i5.14743

Keywords:

religião de matriz africana, corporeidade, educação da atenção

Abstract

Religious spaces are recognized as significant in the construction of social dynamics between cultural groups, thus becoming important spaces in the shaping of knowledge, behaviors, bodies, and landscapes. In these processes, different bodies, materials, substances, and existences are involved, which together form the landscape of the religion space, creating it daily through time. This article aims to reflect, within the Candomblé’s context about the relationships between bodies, beings, and things in the learning process of the children of Òrìṣà, using autoethnography as the methodological principle. Learning in the Candomblé leads the devotee to an education of the body, the physical and subtle characteristics of substances, and an understanding of collective and shared life. Each of these elements involved in daily and ritual practices plays an active role in the education of the children of Òrìṣà, with their bodies serving as substances for the creation and maintenance of Àse.

Author Biography

Alessandra Gomes, Programa de Pós-Graduação em Educação da UFMG

Ekedji do Terreiro de Matriz Africana Ilè Asé Sòpònnón.

Doutoranda junto à linha de pesquisa “Educação, Cultura, Movimentos Sociais e Ações Coletivas” pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da UFMG.

 Possui Mestrado em Educação e Formação Humana pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).

Especialização em História e Cultura Afro-Brasileira; Pedagoga.

References

BENJAMIN, Walter. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e política. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1996. Disponível em: https://www.usp.br/cje/depaula/wp-content/uploads/2017/03/O-Narrador_Walter-Benjamin-1.pdf

BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, nº 19: 20-28, Jan/Fev/Mar/Abr, 2002.

CARDOSO, Ângelo Nonato Natale. A Linguagem dos Tambores. Tese de Doutorado. Programa de Pós Graduação em Música e Etnomusicologia. Escola de Música UFBA, Salvador, 2006. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/9112/1/Tese%20Angelo%20Cardoso%20parte%201.pdf

CAPUTO, Stela Guedes. Educação nos terreiros: e como a escola se relaciona com as crianças de Candomblé. Pallas. Rio de Janeiro. 2012.Disponível em: https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/41585

CHEVALIER, J., & GHEERBRANT, A.). Dicionário de símbolos. Rio de Janeiro: José Olympio. 1989

ELIADE, Mircea. O Sagrado e o profano. Essência das religiões. 5° tiragem, Tradução: Rogério Fernandes. São Paulo, Martins Fontes, 2001. Disponível em: https://gepai.yolasite.com/resources/O%20Sagrado%20E%20O%20Profano%20-%20Mircea%20Eliade.pdf

ELLIS, C., & BOCHNER, A. P. . Autoethnography, Personal Narrative, Reflexivity: Researcher as Subject. In Denzin, N. K., & Lincoln, Y. S. (Eds.), Handbook of Qualitative Research (2nd ed., pp. 733-768). Thousand Oaks, CA: Sage Publications. 2000. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/254703924_Autoethnography_Personal_Narrative_Reflexivity_Researcher_as_Subject

GYEKYE, Kwame, African Ethics. The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Fall 2011 Edition), Edward N. Zalta (ed.). 2011. Disponível em: https://plato.stanford.edu/entries/african-ethics/

INGOLD, T. The Perception of the Environment: Essays on Livelihood, Dwelling and Skill. Routledge. London. 2000

INGOLD, T. Being Alive: Essays on Movement, Knowledge and Description. Routledge. 2011

INGOLD, T. Making: Anthropology, Archaeology, Art and Architecture. Routledge. 2013.

LE BRETON, D. Adeus ao corpo: antropologia e sociedade. Campinas: Papirus, 2003.

LE BRETON, D. A sociologia do corpo. 4.ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2010.

LIMA, Vivaldo da Costa. A família de santo nos Candomblés jejes-nagôs da Bahia: um estudo de relações intragrupais. Salvador: Corrupio, 2003

.

LIMA, J. M. Corpo e ritual no Candomblé: uma etnografia das práticas religiosas. São Paulo: Editora Selo Negro, 2010.

MAUSS, Marcel. As técnicas do corpo. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. p. 401-424

MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1945.

MBEMBE, A. As Formas Africans de Auto-Inscrição. Estudos Afro-Asiáticos, Ano 23, nº 1, 2001, pp. 171-209 Estudos Afro-Asiáticos, Ano 23, nº 1, 2001, pp. 171-209

MBITI, J. S. African Religions and Philosophy. Nairobi: Heinemann. 1990

PARÉS, Luis Nicolau. A formação do Candomblé: história e ritual da nação jeje na Bahia. 2ª ed. Ver. – Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2007.

PARÉS, Luís Nicolau. A formação do Candomblé. História e ritual da nação jeje na Bahia. 2ª Ed. rev. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2013.

RAMOSE, Mogobe B. The ethics of ubuntu. In: COETZEE, Peter H.; ROUX, Abraham P.J. (eds). The African Philosophy Reader. New York: Routledge, 2002, p. 324-330

SANTOS, Juana Elbein dos. Os Nàgô e a morte e o culto égun na Bahia. Traduzido pela Universidade Federal da Bahia. Petrópolis, Vozes,1986.

SANTOS, R. A. A dança como linguagem no Candomblé: significados e aprendizagens. Salvador: EdUFBA, 2002

SANTOS, Juana Elbein dos. Os nagô e a morte. Petrópolis: Vozes. 14 Ed., 2012

SCHWARZ, Fernando. A Tradição: e as vias do conhecimento ontem e de hoje. Edição O.I.N.A.B. 1993.

TURNER, V. W. The anthropology of performance. New York: PAJ Publications, 1987.

VARELA, F., THOMPSON, E. & ROSH. E. (1993). Linscription corporelle de lesprit. Sciences cognitives et expérience humaine. Paris: Editions du Seuil.

Published

2025-03-18

How to Cite

Gomes, A., & Linke, V. (2025). Aprendizagem e Candomblé: uma análise autoetnográfica sobre corpos e coisas no aprendizado. Conexão ComCiência, 2(5). https://doi.org/10.52521/revccc.v2i5.14743

Issue

Section

Dossiê - Experiências na Educação Não-Formal