Espinosa e Epicuro: imanência e felicidade
Palavras-chave:
Natureza. Imanência. Felicidade. Amizade.Resumo
Já no século XVII eram atribuídas a Espinosa (1632-1677) as alcunhas de “ateu e epicurista” com claro intuito de depreciação, haja vista o sentido pejorativo assumido pelas expressões naquele contexto, designativas de “libertinismo”, “hedonismo”. Não demorou para que a própria qualificação “espinosista” se somasse às demais. Discutimos neste artigo a legitimidade dessas associações: inicialmente no que diz respeito à real proximidade dos pensamentos imanentistas de Espinosa e Epicuro (341 a.C.-270 d.C) a propósito de sua percepção da Natureza; depois, no tocante à identificação de suas filosofias a um possível ateísmo hedonista, com o que chegamos a uma compreensão no que se diferenciam e no que se identificam as propostas de felicidade em ambos.
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