CORPO, LUGAR, PODER E AFETO NO CINEMÃO
PARANDO PARA VÊ-LOS, PARANDO PARA OUVI-LOS...
Mots-clés :
Cinema, Corpo, Espaço, AfetoRésumé
Reduzir as apropriações que os sujeitos fazem de cines pornôs a um simples reduto de encontros eróticos entre homens seria incorrer em uma percepção apriorística do lugar, privilegiando a análise da ocorrência de um tipo de cena que ali se processa em detrimento de outras. Parto da premissa de que os “cinemões” funcionam como um emaranhado de discursos e práticas que tensionam estruturas internalizadas pelos sujeitos no espaço da rua (na cultura) com outras que são produzidas e negociadas no interior dos mesmos, com sensibilidades que são da ordem do momento, sensibilidades circunstanciais. Utilizando a observação e a experiência corporal como método de pesquisa, dialogando com a experiência cartográfica, sensações como cheiro-odor, claro-escuro, tocar-distanciar, falar-silenciar, atuarão como mediadores de engajamentos práticos e da constituição de formas de interação e de sociabilidades amparadas pelas semânticas do escuro e do anonimato.
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(c) Tous droits réservés Mário Fellipe Fernandes Vieira Vasconcelos 2022
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