Hans Jonas contra o niilismo:

A Responsabilidade como enfrentamento da hostilidade e da indiferença

Autores

  • Grégori de Souza

Palavras-chave:

Hans Jonas, Niilismo, Hostilidade, Indiferença, Responsabilidade

Resumo

Pretende-se apresentar o pensamento de Hans Jonas sobre a relação entre os movimentos gnósticos da Antiguidade Tardia e o Existencialismo Contemporâneo a partir do pressuposto de que ambos possuem o niilismo como fio condutor. Nessa separação entre ser humano e mundo, dois sentimentos surgem: no ser humano gnóstico, um sentimento de hostilidade com relação ao mundo; e no existencialista contemporâneo, um sentimento de indiferença. Jonas entende o ser humano como pertencente ao mundo, ao contrário do que ocorre no niilismo. Nesse sentido, apresentamos a responsabilidade jonasiana como proposta de enfrentamento dessa hostilidade e indiferença.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BECCHI, Paolo; TIBALDEO, R. Franzini. Hans Jonas e il tramonto dell’uomo. In:

Annuario Filosofico, v. 32, p. 245-264, 2018.

COMÍN, I. G. Introducción a la edición española. In: Hans Jonas: poder o impotência de la subjetividad. Trad.: Illana Giner Comin. Barcelona; Buenos Aires; México: Paidós, 2005.

FROGNEUX, Nathalie. Hans Jonas ou l avie dans le monde. Bruxelles: De Boeck Université, 2001. (Col. Le point philosophique).

FROGNEUX, Nathalie. Gnose. In: OLIVEIRA, Jelson; POMMIER, Eric (Org.). Vocabulário Hans Jonas. Caxias do Sul, RS: Educs, 2019.

JONAS, Hans. Ensaios filosóficos: da crença antiga ao homem tecnológico. Trad. Wendell Evangelista Soares Lopes. São Paulo: Paulus, 2017.

JONAS, Hans. Gnosi e spirit tardoantico. Introd., trad., note e apparati di Claudio Bonaldi. Milano: Bompiani, 2010 (Col. Il Pensiero Occidentale).

JONAS, Hans. La religión gnóstica: El mensage del Dios Extraño y los comienzos del cristianismo. Prólogo de Jos. Montserrat Torrents; Traducción de Menchu Gutiérrez. Madrid: Ediciones Siruela, 2000.

JONAS, Hans. Memorias. Trad.: Illana Giner Comín. Madri: Losada, 2005.

JONAS, Hans. O princípio vida: fundamentos para uma biologia filosófica. Tradução de Carlos Almeida Pereira. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

JONAS, Hans. O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Rio de Janeiro: contraponto: Ed PUC – RIO, 2006.

JONAS, Hans. Por que precisamos hoje de uma ética de autolimitação. Trad.

inédita: Wendell Evangelista Soares Lopes. Texto original: Warum wir heute eine

Ethik der Selbstbeschränkung brauchen. In: STRÖCKER, Elisabeth (Ed.). Ethik der

Wissenschaften? Philosophische Fragen. München; Paderborn: W. Fink, F.

Schöningh, 1984, p. 75-86.

MENDES, Geovani V. M. “Das eine Menschheit sei”: “”que haja uma humanidade” para uma antropologia em Hans Jonas. Tese (doutorado em filosofia) – PUC. Curitiba, 2018.

MORATALLA, T. D. El mundo en nuestras manos: la ética antropológica de Hans

Jonas. In: Diálogo Filosófico, n. 49, p. 37-60, 2001.

NIETZSCHE, Friederich. Obras incompletas. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

OLIVEIRA, Jelson R. Compreender Hans Jonas. Petrópolis: Vozes, 2014.

OLIVEIRA, Jelson R. Negação e Poder: do desafio do niilismo ao perigo da tecnologia. Caxias do Sul, RS: Educs, 2018.

OLIVEIRA, Jelson; POMMIER, Eric (Org.). Vocabulário Hans Jonas. Caxias do Sul, RS: Educs, 2019.

OLIVEIRA, Jelson R. A interpretação analógica das relações entre niilismo gnóstico e niilismo existencialista segundo Hans Jonas. Síntese – Revista de Filosofia. V.41, N. 129, 2014, p. 101-127.

VASCONCELOS, Thiago. Existência em exílio: a questão do niilismo na filosofia de Hans Jonas. Dissertação (mestrado em filosofia) – PUC. Curitiba, 2017.

VASCONCELOS, Thiago. O gnosticismo e o existencialismo contemporâneo: duas versões do niilismo segundo Hans Jonas. Cadernos Cajuína. V.2, N.1, 2017, p. 195-2014.

ZAFRANI, Avishag. Le défit du nihilism: Ernest Bloch et Hans Jonas. Paris: Hermann, 2014. (Col. Philosophie).

Downloads

Publicado

2022-01-15

Como Citar

DE SOUZA, G. . Hans Jonas contra o niilismo:: A Responsabilidade como enfrentamento da hostilidade e da indiferença. Polymatheia - Revista de Filosofia, [S. l.], v. 14, n. 25, 2022. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revistapolymatheia/article/view/6628. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos