LITERATURA E FABULAÇÃO:
DELEUZE E A POLÍTICA DA EXPRESSÃO
Palabras clave:
Deleuze, T. E. Lawrence, Vargas Llosa, fabulação, política da expressãoResumen
Multiplicando os possíveis sobre o plano da expressão, em condições materiais que impossibilitam qualquer mudança de outra ordem, escrever, falar, pensar são atos que devêm atos políticos fundamentais, para além das teorias do Estado e as doutrinas do consenso. Retomando a noção bergsoniana de fabulação para dar-lhe um sentido político, Deleuze não só restitui toda a sua potência à arte, mas ao mesmo tempo a liberta dos compromissos assumidos com as filosofias da história, fazendo da mesma um problema de saúde (da saúde de um indivíduo, de um povo, de uma cultura, como diria Nietzsche). Problema político da alma individual e coletiva, onde o artista, o escritor, o filósofo, clamam por um povo do qual têm necessidade, e em cuja expressão uma gente dispersa nas mais diversas condições de opressão pode chegar a encontrar um vínculo aglutinante ou uma linha de fuga. Considerando alguns dos principais casos no domínio da arte (Lawrence, Kafka, Klee), assim como a obra de alguns escritores
latino-americanos (Borges, Piglia, Vargas Llosa), pretendemos pensar este conceito estético-político nas suas determinações formais e nas suas implicações materiais.
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Citas
Borges, J. L. Obras completas, Vol. I. Barcelona: Emecé Editores, 1989.
Deleuze, G. & Guattari, F. Capitalisme et schizophrenie, Tome 2: Mille plateaux. Paris : Éditions de Minuit, 1980.
_____. Kafka: Pour une litterature mineure. Paris : Éditions de Minuit, 1975.
_____. Qu'est-ce que la philosophie? Paris : Éditions de Minuit, 1991.
Deleuze, G. Pourparlers. Paris : Éditions de Minuit, 1990.
_____. Critique et clinique. Paris : Editions de Minuit, 1993.
Lawrence, T. E. Los siete pilares de la sabiduría. Madrid: Ediciones Libertarias, 1990.
Žižek, S. Organs without bodies. On Deleuze and consequences. New York – Londres: Routledge, 2004.
Vargas Llosa, M. El hablador. Barcelona: Planeta, 1987.