A Filosofia Edificante de Kierkegaard: o tricotar do filosofar kierkegaardiano
DOI :
https://doi.org/10.52521/poly.v18i3.16429Mots-clés :
Kierkegaard, Devir, Pseudonímia, Edificante, CrísticoRésumé
Neste artigo aponto, num primeiro nível de análise, como o edificante aparece expresso na chamada Teoria dos estádios existenciais, no devir espiritual do homem. Num segundo nível de análise interpretei que o edificante aparece e demonstra-se na produção filosófica em dois sentidos. No primeiro sentido (modo temático) o edificante, sendo do âmbito do estádio religioso, situa-se como ponto crítico, entre a pseudonímia e o crístico. Num segundo sentido (modo operativo) o edificante atravessa toda a produção filosófica pro-movendo o movimento existencial da pseudonímia para os Discursos, sejam edificantes, sejam crísticos. Nessa leitura fenomenológica-hermenêutica toda obra pseudônima é inconclusa, em virtude do método da comunicação indireta, conduzindo o leitor (a) para uma complementaridade originária nos Discursos. Os Discursos, pois, complementam e, assim, continuam apropriando-se, numa outra tonalidade afetiva (Stemning), do que foi pensado ou mostrado na pseudonímia. Nessa leitura, com efeito, o edificante não é apenas um momento da produção, mas é o que mobiliza a totalidade da filosofia kierkegaardiana.
Téléchargements
Références
ARAÚJO SILVA, Marcos Érico de. “A paidéia kierkegaardiana”. In: Trilhas filosóficas. Dossiê Kierkegaard e a Educação, Caicó, ano 11, n. 1, Jan.-Jun. 2018a, p. 45-91. ISSN 1984–5561. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RTF/article/view/tf.v11i1.3034 . Acesso: 15/09/2025.
ARAÚJO SILVA, Marcos Érico de. A superação da metafísica na filosofia de Kierkegaard e de Heidegger: as tonalidades afetivas (Stemninger, Stimmungen) como arché da filosofia, páthos do filosofar. São Paulo: LiberArs, 2018b.
HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do espírito. Tradução de Paulo Meneses, com a colaboração de Karl-Heinz Efken e José Nogueira Machado, SJ. Apresentação de Pe Henrique Cládio de Lima Vaz. 3ª ed. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2005.
KIERKEGAARD, Søren. Ponto de vista explicativo da minha obra como escritor: uma comunicação direta, relatório à História. Tradução de João Gama. Lisboa: Edições 70, 2002.
KIERKEGAARD, Søren. As obras do amor: algumas considerações cristãs em forma de discursos. 4ª ed. Tradução de Álvaro L. M. Valls. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2005a.
KIERKEGAARD, Søren. O conceito de ironia: constantemente referido a Sócrates. 2ª ed. Tradução e apresentação de Álvaro L. M. Valls. Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2005b.
KIERKEGAARD, Søren. Temor e tremor: lírica dialéctica de Johannes de Silentio. Tradução, introdução e notas de Elisabete M. de Sousa. Lisboa: Relógio D’água, 2009.
KIERKEGAARD, Søren. O conceito de angústia: uma simples reflexão psicológico-demonstrativa direcionada ao problema dogmático do pecado hereditário de Vigilius Haufniensis. Tradução de Álvaro L. M. Valls. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2010.
KIERKEGAARD, Søren. Pós-escrito conclusivo não científico às Migalhas filosóficas: coletânea mímico-patético-dialética, contribuição existencial, por Johannes Clímacus. Vol. II. Tradução de Álvaro Luiz Montenegro Valls e Marília Murta de Almeida. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2016.
KIERKEGAARD, Søren. Ou-Ou: um fragmento de vida. Segunda Parte. Tradução, posfácio e notas de Elisabete M. de Sousa. Lisboa: Relógio D’água, 2017.
KIERKEGAARD, Søren. Discursos edificantes em diversos espíritos. São Paulo: LiberArs, 2018.
KIERKEGAARD, Søren. A doença para a morte: uma exposição psicológico-cristã para edificação e despertar, por Anti-Clímacus. Tradução, introdução e notas de Jonas Roos. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2022.
LÖWITH, Karl. De Hegel a Nietzsche: a ruptura revolucionária no pensamento do século XIX, Marx e Kierkegaard. Tradução de Flamarion Caldeira Ramos, e Luiz Fernando Barrére Martin. São Paulo: Editora Unesp, 2014.
PLATÃO. A república. 12ª ed. Introdução, Tradução e Notas de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.
VALÉRY, Paul. “Filosofia da dança”. Tradução de Charles Feitosa. In: O percevejo, ISSN 2176-7017, Vol. 3, N.2, agosto-dezembro/2011. Acesso: 9/09/2025. Disponível em: https://seer.unirio.br/opercevejoonline/article/view/1915.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Marcos Érico de Araújo Silva 2025

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .






