NÃO BASTA QUE O ALGORITMO NÃO SEJA RACISTA, É NECESSÁRIO QUE ELE SEJA ANTIRRACISTA

REFLEXÕES BIOPOLÍTICAS SOBRE MACHINE LEARNING

Autores/as

  • Vicente Thiago Freire Brazil

Palabras clave:

Machine learning. Biopolítica. Racismo

Resumen

O presente artigo tem como objetivo apresentar questões interseccionais derivadas da apropriação de técnicas e tecnologias de machine learning na educação brasileira. Tendo como aporte teórico as contribuições de autores que discutem sobre questões educacionais e de poder, como Michel Foucault, Achille Mbembe e Byung-Chul Han, pretende-se demonstrar como uma incorporação acrítica de tecnologias informacionais disponíveis na sociedade contemporânea pode colaborar diretamente para o desenvolvimento de ecossistemas informacionais/educacionais patologicamente associados a discursos de ódio, práticas discursivas violentas que, em última instância, viabilizam e normalizam práticas racistas. O enfrentamento ao racismo nos ambientes virtuais e redes comunicacionais é uma importante atitude a ser tomada para garantia de um universo educacional consciente e crítico. O trabalho consiste numa pesquisa bibliográfica com suporte documental e recorte qualitativo de tempo e tipo de objetos investigados com ênfase numa perspectiva filosófica das temáticas tecno-educacionais.

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Publicado

2024-07-14

Cómo citar

FREIRE BRAZIL, V. T. NÃO BASTA QUE O ALGORITMO NÃO SEJA RACISTA, É NECESSÁRIO QUE ELE SEJA ANTIRRACISTA: REFLEXÕES BIOPOLÍTICAS SOBRE MACHINE LEARNING. Polymatheia - Revista de Filosofia, [S. l.], v. 17, n. 1, p. 386–399, 2024. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revistapolymatheia/article/view/13192. Acesso em: 24 nov. 2024.