A Fisiopsicologia de Jesus

Autor/innen

Schlagworte:

idiota, não reatividade, esgotamento e hiperexcitabilidade

Abstract

A discussão se Nietzsche leu Dostoiévski é relevante se considerarmos os textos (O Idiota e O Anticristo) e mesmo sem termos bastante precisão sobre como fora o encontro com, especificamente, a obra O Idiota, se de forma direta ou indireta, muitas ideias  nos livros se coadunam. Ora, Dostoiévski adivinhou o tipo Jesus de Nietzsche. Míchkin é o Jesus, o que não se põe em luta, o que não tem inimigos, capaz de perdoar assassinos, de perdoar o seu assassino. E, também, o discurso fisiologista estava bastante em voga no século XIX e Nietzsche tinha pleno conhecimento dele. Evidentemente que tais leituras não ficarão esquecidas quando da elaboração de seus tipos e interpretações. A questão é perspectivista, logo não se pretende afirmar, de uma vez por todas, que seja isto, mas fortes indícios de análises documentais remetem o leitor a tal hipótese.

Downloads

Keine Nutzungsdaten vorhanden.

Autor/innen-Biografie

Wesley Barbosa, UFF e UFES

Licenciado em História e Bacharel em Psicologia pela UFES. Mestre em Filosofia (PPGFIL-UFES). Doutorando em Filosofia (PPGFIL-UFES) e doutorando em Psicologia (PPGP-UFF).

Literaturhinweise

BÍBLIA. Bíblia Sagrada. Tradução dos originais grego, hebraico e aramaico mediante a versão dos Monges Beneditinos de Maredsous ( Bélgica). São Paulo: Editora Ave Maria, 2013.

BITTENCOURT, Renato Nunes. A Psicologia da Idiotia e Dostoiévski e Nietzsche. Revista Digital AdVerbum 6 (1): Jan a Jul de 2011: pp. 103-120.

__________. A tipologia do ressentimento em Doitoiévski e Nietzsche. Revista Húmus, v. 1, n. 2, 2011.

__________. As influências de Tolstói e de Dostoiévski na análise nietzschiana sobre a gênese da experiência crística. Ítaca, n. 15, 2010.

__________. Das profundezas do ressentimento ao sublime amor crístico: Dostoiévski e Nietzsche. Ítaca, n. 21, 2012.

__________. Espinosa, Nietzsche e a denúncia da moral teológica como distorção axiológica das disposições afirmativas da autêntica práxis crística. Trilhas Filosóficas, v. 3, n. 1, 2010.

__________. Nietzsche e a intuição psicológica como método para a compreensão da tipologia existencial da personalidade de Jesus. Revista Filosofia Capital-ISSN 1982-6613, v. 8, n. 15, p. 86-96, 2013.

__________. Nietzsche e sua compreensão extra-moral da experiência originária da beatitude evangélica de jesus. Revista Dissertatio de Filosofia, v. 34, p. 447-468, 2011.

__________.Nietzsche e a Psicologia do Redentor. Revista Filosofia Capital-ISSN 1982-6613, v. 7, n. 14, p. 57-71, 2011.

DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Correspondências (1838-1880). Trad. de Robertson Frizero. Porto Alegre: Inverso, 2009.

__________. Crime e Castigo. Editorial Presença, 2011.

__________. Gente pobre. Fiódor Dostoiévski, 2015.

__________. Memórias do subsolo. São Paulo: editora 34, 2017.

__________. O idiota: romance em quatro partes. Tradução, prefácio e notas de Paulo Bezerra. São Paulo: Editora, v. 34, 2002.

__________. Os Demônios, Trad. Paulo Bezerra, São Paulo: Editora, v. 34, 2004.

__________. Os irmãos Karamázov. Ed. 34, 2008.

FOGEL, Gilvan. “O homem doente do homem. A colocação de um problema a partir de F. Nietzsche e F. Dostoievski” In: Vânia Dutra de Azeredo (org.) Encontros Nietzsche. Ijuí: Ed.Unijuí, 2003, p. 51-70.

GIACÓIA JÚNIOR, Oswaldo. Labirintos da alma – Nietzsche e a auto-supressão da Moral. Campinas: Ed. Unicamp, 1997.

GIACÓIA JR, O. Nietzsche. São Paulo: Publifolha, 2000.

GIACÓIA JÚNIOR, Oswaldo. Nietzsche como Psicólogo. Vale do Rio dos Sinos: Ed. Unisinos, 2001.

MARTON, scarlett Nietzsche: das forças cósmicas aos valores humanos. Editora Brasiliense: São Paulo, 1990.

NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Segunda Consideração Intempestiva: Da utilidade e desvantagem da história para a vida. Trad. de Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003.

__________; DE MORAES BARROS, Fernando. Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral. hedra, 2007.

___________. Além do bem e do mal: Prelúdio a uma filosofia do Futuro. Editora Companhia das Letras, 2005.

___________. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Editora Companhia das Letras, 2011.

___________. Aurora: reflexões sobre os preconceitos morais. Editora Companhia das Letras, 2004.

___________. Crepúsculo dos ídolos ou como filosofar com o martelo. Editora Companhia das Letras, 2006.

___________. Ecce homo: como alguém se torna o que é. Companhia das Letras, 2004.

___________. Escritos sobre história. Edições Loyola, 2005

___________. Genealogia da Moral: uma polêmica. Tradução, notas e posfácio: Paulo César de Souza. São Paulo, Companhia de bolso, 2008.

___________. O anticristo e ditirambos de Dionísio. Editora Companhia das Letras, 2007.

___________. O nascimento da tragédia no espírito da música. São Paulo: Abril, 1978.

___________; DE SOUZA, Paulo César. A Gaia Ciência. Editora Companhia das Letras, 2017.

___________; GIACÓIA, Oswald. Fragmentos póstumos. IFCH/UNICAMP, 1996.

PASCHOAL, A. E. Memória e esquecimento em Nietzsche. In: Falando de Nietzsche – Org. Vânia Dutra de Azeredo. Ijuí: Ed. Unijuí, 2005.

___________. Vestígios de Dostoiévski na correspondência de Nietzsche. Estudos Nietzsche, v. 6, n. 2, 2016.

___________. A superação do ressentimento na filosofia de Nietzsche. Estudos Nietzsche, 2012.

___________. Dostoiévski e Nietzsche: anotações em torno do “homem do ressentimento”. Estudos Nietzsche, Curitiba, v. 1, n. 1, p. 181-198, jan./jun. 2010.

RENAN, Ernest. Vida de Jesus. Trad. de Eduardo Augusto Salgado. Porto: Livraria Chardron, Lello & Irmão, 1915.

SENA, Allan Davy Santos. Nietzsche e o tipo psicológico do redentor. Campinas, SP. 2012.

SENA, Allan Davy Santos. O Jesus de Nietzsche e o príncipe Míchkin de Dostoiévski. Revista Trágica: estudos sobre Nietzsche, v. 3, n. 1, p. 21-40, 2010.

SOUZA, Cláudia Franco. Dostoiévski, Nietzsche e Freud e o mal-estar na consciência. Actas das Jornadas de Jovens Investigadores de Filosofia–, p. 39.

STEGMAIER, Werner. As Linhas Fundamentais do Pensamento de Nietzsche. Editora Vozes, 2013.

STELLINO, Paolo. El descubrimiento de Dostoievski por parte de Nietzsche. Contrastes. Revista Internacional de Filosofía, v. 13, 2007.

STENDHAL. O Vermelho e o Negro. Editora Nova Cultural Ltda: São Paulo, 2002.

TOLSTÓI, Leon. O Reino de Deus está em vós. Trad. de Celina Portocarrero. Rio de Janeiro: Ed. Rosa dos Tempos, 1994.

TOLSTÓI, Liev. Minha Religião. Trad. De Dinah de Abreu Azevedo. São Paulo: A Girafa, 2011.

VIANA, Nildo. Nietzsche, Vontade de Potência e Irracionalismo. Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 20, n. 9/10, p. 569-589, set./out. 2010.

VIENSENTEINER, Jorge Luiz. Experimento e Vivência: a dimensão da vida como pathos. Campinas, 2009.

WELLHAUSEN, Julius. Prolegomena to the history of ancient Israel. Encyclopaedia Britannica, 1885

Veröffentlicht

2023-02-06

Zitationsvorschlag

BARBOSA, W. A Fisiopsicologia de Jesus. Polymatheia - Revista de Filosofia, [S. l.], v. 16, n. 1, p. 30–53, 2023. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revistapolymatheia/article/view/9600. Acesso em: 24 nov. 2024.