BIOPOLÍTICA:
ESTADO DE EXCEÇÃO E ECONOMIA TRINITÁRIA EM AGAMBEN
Palavras-chave:
Biopolítica, estado de exceção, homo sacer, economia trinitária, vida nuaResumo
O presente estudo tem como objetivo examinar o modus operandi com o qual o filósofo italiano Giorgio Agamben (1942) rastreia a biopolítica, aprofundando questões que giram em torno do estado de exceção e da economia trinitária. Ele se vale de alguns conceitos, tais quais, homo sacer, soberano, vida nua etc., a fim de defender a ideia de que a política desde tempos mais remotos é biopolítica. A “vida nua”, sua tese crucial, é a situação na qual todos estão expostos. Ocorre que, ao estabelecer uma relação entre zoé e bios, termos dantes presentes em Aristóteles, assere que a vida do homem foi aniquilada, reduzida à condição de homo sacer. Este homem sequer pode ser sacrificado, nem tampouco pode recair sobre aquele que o mata alguma pena, tendo, por conseguinte, uma vida matável e insacrificável. À vista disso, a inferência a que chegamos, em consonância com o filósofo, é de que o estado de exceção está em vigor, em razão de que, exempli gratia, por meio da biopolítica, os seres humanos foram limitados a meros corpos biológicos ou, se quisermos, a bios foi transformada, por meio de dispositivos, em zoé.
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