Dores da periferia:
mapas afetivos e vozes que recusam os silenciamentos femininos
DOI:
https://doi.org/10.32335/2238-0426.2021.11.27.5533Parole chiave:
afetividades, narrativas femininas, periferia, morte, lutoAbstract
SOMMARIO: In questo articolo la discussione si svolgerà intorno alle mappe affettive delineate nelle periferie della città quando la morte si presenta come un evento quotidiano. Propongo la lettura e l'ascolto di voci che temono la violenza quotidiana, che gridano giustizia, che sopravvivono nella paura e nella disperazione, luoghi dove la nostalgia fa parte del cammino di chi ha perso un giovane della propria cerchia affettiva. Lo scopo di questo articolo è mappare i sentimenti che rifiutano le pratiche del silenzio femminile, prendendo le emozioni come parte integrante del lavoro sul campo e una possibile via di accesso alla comprensione dell'altro. Evidenzierò le narrazioni di donne che vivono l'esperienza del dolore, della paura della morte, della violenza quotidiana, considerando che nelle periferie riecheggiano voci di donne che, dopo aver perso le figlie, iniziano una lotta per la giustizia, il riconoscimento e l'amore. Sono quindi voci che enunciano il dolore femminile dalla periferia, prendendo questi luoghi dai loro indicatori sociali e intersezionali, che producono affermazioni politiche, culturali e soggettive, mobilitando diverse forme di sopravvivenza, reesistenza e protezione contro vite brevi e minacciate. Parole chiave: Affetti, Narrazioni femminili, Periferie, Morte e dolore.
Downloads
Riferimenti bibliografici
AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo, SP: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.
ALCOFF, Linda. O problema de falar por outras pessoas. Tradução Vinicius R. C da Silva, Hilário M. S. Zeferino, Ana Carolina C. S das Chagas. Abatirá: Revista de Ciências Humanas e Linguagens. v. 1. n. 1, jan./jun., 2020, p. 409-438.
ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
BENTO, Berenice. Necrobiopoder: Quem pode habitar o Estado-nação? Cadernos Pagu, 2018, n. 53, p. 01-17.
BUTLER, Judith. Quadros de Guerra: quando a vida é passível de luto? 6. ed., Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019.
COELHO, Maria Claudia. As emoções e o trabalho intelectual. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 25, n. 54, p. 273-297, maio/ago. 2019.
CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista Estudos Feministas, v. 10, n. 1, p. 171-188, 2002.
DAVIS, Angela. A liberdade é uma luta constante. São Paulo: Boitempo, 2018.
DAS, Veena. O ato de testemunhar: violência, gênero e subjetividade. Cadernos Pagu, v. 37, p. 9-41, jul-dez. 2011.
DIÓGENES. Glória. M.S. Itinerários de Corpos Juvenis. São Paulo: Annablume, 2003.
EVARISTO, Conceição. Poemas da recordação e outros movimentos. Belo Horizonte: Nandyala, 2008.
FAVRET-SAADA, Jeanne. Ser afetado. Cadernos de Campo, n. 13, p. 155-161, 2005.
LEITE, Ingrid Lorena da Silva. 2018. “É MEU DIREITO DE MÃE”: Narrativas de mulheres integrantes do grupo de mães do sistema socioeducativo de Fortaleza. Dissertação (Mestrado em Sociologia). Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UECE. 122 p.
LEITE, Ingrid Lorena da Silva; MARINHO, Camila Holanda. Redes de resistência e esperança: narrativas de mães do Ceará que lutam por reconhecimento, memória e amor. Sexualidad, Salud y Sociedad. Revista Latinoamericana. n. 36. dic/dez/dec. 2020, p. 343-362.
MARINHO, Camila Holanda. Cidades e emoções: rotas juvenis, encontros e movimentos. Dossiê: Cidade, imagem e emoções. Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 19, n. 55, p. 51- 63, abr. 2020.
MARINHO, Camila Holanda. Inquietações sobre juventudes, experiências e metodologias. Revista O Público e o Privado. n. 21, jan./jun., 2013.
MARINHO, Camila Holanda. Marcas do tempo: relatos sobre a morte e o luto para jovens viúvas da violência. In: BARREIRA. Irlys, BARREIRA, César. A juventude e suas expressões plurais. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
MARINHO, Camila Holanda; LIMA, Samara Edwiges Andrade; SANTOS, Vinicius Cavalcante. Experiências, multipertencimentos e riscos de vida: Narrativas de jovens filhos de jovens vítimas de homicídios. Crítica e Sociedade: Revista de Cultura Política, Uberlândia, v. 9, n. 2, p. 168-190, 2019.
PERIN, Vanessa Parreira. Sobre histórias, fragmentos e silêncios em narrativas engajadas. Anuário Antropológico. v. 46, n. 1, p. 298-314, 2021.
SANCHES, Valéria. Ao encontro de Mnemosyne: reflexões sobre a morte na periferia de São Paulo. In: Plural, USP, São Paulo, 4, p. 60-77, 1997.
SCOTT, Joan. Experiência. In: SILVA, Alcione (org.). Falas de Gênero. Florianópolis: Ed. Mulheres, 1999.
SPIVAK. Gayatri C. Pode o subalterno falar? 4. reimpressão. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
VIANNA, Adriana; FARIAS, Juliana. 2011. A guerra das mães: dor e política em situações de violência institucional. Cad. Pagu, n. 37, p.79-116, 2011.
VICTORIA, Ceres; COELHO, Maria Claudia. A antropologia das emoções: conceitos e perspectivas teóricas em revisão. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 25, n. 54, p. 7-21, maio/ago. 2019.
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.