Douleurs de la périphérie:

des cartes affectives et des voix qui refusent les silences féminins

Auteurs

  • Camila Holanda Marinho Universidade Estadual do Ceará – UECE e Grupo de Estudos e Pesquisas Travessias - “Trajetórias Juvenis, Afetividades e Direitos Humanos”

DOI :

https://doi.org/10.32335/2238-0426.2021.11.27.5533

Mots-clés :

affectivités, récits féminins, périphérie, mort, deuil

Résumé

Cet article traite des cartes affectives tracées dans les périphéries urbaines lorsque la mort se présente comme un événement quotidien. Sont proposées une lecture et une écoute des voix qui craignent les violences quotidiennes, réclament justice et survivent dans la peur et le désespoir, des lieux où manquer une personne fait partie du parcours des personnes qui ont perdu prématurément un(e) jeune de leur cercle d’affection. L’étude visait à cartographier les sentiments qui refusent les silences féminins, en prenant les émotions dans le cadre d’un travail de terrain et d’une manière possible de comprendre l’autre. Les récits de femmes qui vivent la douleur du deuil, la peur de la mort et les violences quotidiennes sont mis en évidence, considérant que les voix des femmes résonnent dans les périphéries qui, après avoir perdu leurs enfants, commencent leur lutte pour la justice, la reconnaissance et l’amour. Ce sont donc des voix qui énoncent des douleurs féminines de la périphérie, à partir de leurs marqueurs sociaux et intersectionnels, qui produisent des déclarations politiques, culturelles et subjectives - en mobilisant différentes formes de survie, de réexistence et de protection.

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Publiée

2021-10-18

Comment citer

Marinho, C. H. (2021). Douleurs de la périphérie:: des cartes affectives et des voix qui refusent les silences féminins. Conhecer: Debate Entre O Público E O Privado, 11(27), 92–114. https://doi.org/10.32335/2238-0426.2021.11.27.5533

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