Géographie Politique collaborative des luttes indigènes:

conflits et multi/transterritorialités de la r-Existence

Auteurs

  • Marcos Mondardo Doutor em Geografia pela Universidade Federal Fluminense - UFF e Docente na Universidade Federal de Grande Dourados - UFGD

DOI :

https://doi.org/10.32335/2238-0426.2022.12.29.8551

Mots-clés :

indigènes, conflits, bien vivre, territoire, r-Existence

Résumé

Cet article propose d’attribuer à la Géographie Politique un dialogue stimulant et interculturel avec les territorialités des peuples indigènes, dans le sens de devenir collaboratif envers les luttes sociales pour le territoire. Nous partons de la Géographie Politique pour discuter de la manière dont les outils d’analyse et les pratiques spatiales de r-Existence (exister pour résister en tant qu’indigènes) peuvent devenir des armes de lutte pour la justice sociale. L’objectif principal de cette étude a été l’analyse des luttes des Guarani et des Kaiowá pour la reconnaissance et la régularisation agraire des tekoha. La recherche a été guidée par des travaux de terrain, des entretiens, des conversations, des recherches bibliographiques, des archives et des activités dans les villages et les camps. Ces peuples indigènes construisent des multi/transterritorialités de r-Existence contre le déni des droits ou la déconstitutionnalité de l’État, contre le gouvernement autoritaire brésilien et les dynamiques violentes, dépossédées, néo-développementalistes et néo-extractivistes de la mondialisation néolibérale des territoires corporatistes de l’agroindustrie. Tekoha est la spatialité qui incarne et façonne le mode de vie Guarani, à travers leur relation ancestrale et leurs pratiques communautaires, telles que teko porã, dans la lutte pour les droits.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

Acosta, A. (2012). O buen vivir: uma oportunidade de imaginar outro mundo. In Um campeão visto de perto (pp. 198-216). Fundação Boell.

Agnew, J. (1994). The territorial trap: the geographical assumptions of international relations theory. Review of International Political Economy, 1(1), 53-80.

Agnew, J. (2002). Making Political Geography. Arnold.

Anzaldúa, G. (1987). Borderlands/la frontera: the new mestiza. Aunt Lute.

Azevedo, D. A., Castro, I. E., & Ribeiro, R. W. (Orgs.). (2021). Os desafios e os novos debates da Geografia Política contemporânea. Terra Escrita.

Benites, T. (2014). Rojeroky hina ha roike jevy tekohape (Rezando e lutando): o movimento histórico dos Aty Guasu dos Ava Kaiowá e dos Ava Guarani pela recuperação de seus tekoha (Tese de Doutorado). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ.

Bonnemaison, J. (1992). Le territoire enchanté: croyances et territorialités en Mélanésie. Géographie et Cultures, 3, 71-85.

Castro, I. E. (2005). Geografia e política: território, escalas de ação e instituições. Bertrand Brasil.

Chamorro, G. (2008). Terra madura Yvi Araguyge: fundamento da palavra guarani. Ed. UFGD.

Clastres, P. (1974). La société contre l’Estat: recherches d’anthropologie politique. Minuit.

Constituição da República Federativa do Brasil. (1988, 5 de outubro). Brasília, DF. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm

Dardot, P., & Laval, C. (2015). Propriedade, apropriação social e instituição do comum. Tempo Social, 27(1), 261-273.

Deleuze, G., & Guattari. F. (1995). Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia (Vol. 1). Ed. 34.

Deleuze, G., & Guattari. F. (2008). Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia (Vol. 5). Ed. 34.

Escobar, A. (2018). Otro posible es posible: caminando hacia las transiciones desde Abya Ayala/Afro/Latino-América. Desde Abajo.

Escobar, A. (2019). Autonomía y diseño: la realización de lo comunal. Ed. Universidad del Cauca.

Gilmartin, M. (2009). Conflict. In C. Gallaher, C. T. Dahlman, M. Gilmartin, A. Mountz, & P. Shirlow (Orgs.), Key concepts in Political Geography (pp. 227-234). SAGE.

Giraldo, O. F. (2022). Introducción: conflictos ontológicos y ontología política. In O. F. Giraldo (Coord.), Conflictos entre mundos: negación de la alteridad, diferencia radical, ontología política (pp. 11-28). ECOSUR.

González Casanova, P. (2006). Colonialismo interno (una redefinición). In A. Boron, J. Amadeo, & S. González (Orgs.), La teoría marxista hoy (pp. 431-458). CLACSO.

Guajajara, S. (2020). Governo Bolsonaro: o retrato da barbárie contra os povos indígenas e a vida. In Comissão Pastoral da Terra, Conflitos no campo: Brasil 2019 (pp. 182-189). CPT Nacional.

Haesbaert, R. (2004). O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Bertrand Brasil.

Haesbaert, R. (2020). Do corpo-território ao território-corpo (da terra): contribuições decoloniais. GEOgraphia, 22(48), 75-90.

Haraway, D. (1995). Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, 5(1), 7-41.

Harvey, D. (2004). O novo imperialismo. Loyola.

Harvey, D. (2011). O enigma do capital e as crises do capitalismo. Boitempo.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2010). Censo 2010: Características Gerais dos Indígenas – Resultados do Universo. https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/caracteristicas_gerais_indigenas/default_caracteristicas_gerais_indigenas.shtm

Kambeba, M. W. (2020). O lugar do saber. Casa Leiria.

Kopenawa, D., & Albert, B. (2015). A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. Companhia das Letras.

Krenak, A. (2020). A vida não é útil. Companhia das Letras.

Latour, B. (2004). Políticas da natureza: como fazer ciência na democracia. Edusc.

Latour, B. (2020). Onde aterrar? Como se orientar politicamente no Antropoceno. Bazar do Tempo.

Ma Mung, E. (1999). Autonomie, migration et alterité. Dossier pour l’obtention de l’habilitation à diriger des recherches. Université de Poitiers.

Martins, E. (2006). A terra como chão sagrado e como valor cultural. Tellus, 10, 143-145.

Massey, D. (2005). For space. Sage.

Melià, B. (1990). A terra sem mal dos Guarani: economia e profecia. Revista de Antropologia, 33, 33-46.

Melià, B. (2016). Teko porã: formas do bom viver guarani, memória e futuro. In N. H. Silveira, C. R. Melo, & S. C. Jesus (Org.), Diálogos com o Guarani: articulando compreensões antropológicas e indígenas (pp. 23-30). Ed. UFSC.

Mondardo, M. (2018). Territórios de trânsito. Consequência.

Mondardo, M. (2022). Em defesa dos territórios indígenas no Brasil: direitos, demarcações e retomadas. GEOUSP, 26(1), e-176224.

Nascimento, S. S. (2019). O corpo da antropóloga e os desafios da experiência próxima. Revista de Antropologia, 62(2), 459-484.

Perin, V. P. (2021). Sobre histórias, fragmentos e silêncios em narrativas engajadas. Anuário Antropológico, 46(1), 298-314.

Porto-Gonçalves, C. W. (2002). Da geografia às geo-grafias: um mundo em busca de novas territorialidades. In A. E.Ceceña, & E. Sader (Coords.), La guerra infinita. Hegemonía y terror mundial (pp. 217-256). CLACSO.

Porto-Gonçalves, C. W. (2013). La reinvención de los territorios: la experiencia latino-americana y caribeña. In Territorialidades y lucha por el territorio en América Latina (pp. 151-197). Unión Geográfica Internacional.

Raffestin, C. (1980). Pour une Géographie du Pouvoir. LITEC.

Ramos, A. R. (2007). Do engajamento ao desprendimento. Campos: Revista de Antropologia Social, 8, 11-32.

Ratzel, F. (2011). A relação entre o solo e o Estado, o Estado como organismo ligado ao solo. GEOUSP, 29, 51-58.

Santos, A. B. (2015). Colonização, quilombos, modos e significados. Ed. UnB.

Santos, M. (1996). A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. Hucitec.

Scott, J. C. (1990). Los dominados y el arte de la resistencia. Era.

Smith, L. T. (1999). Decolonizing methodologies: research and indigenous peoples. University of Otago Press.

Staliano, P., Mondardo, M., & Lopes, C. R. (2019). Onde e como se suicidam os Guarani e Kaiowá em Mato Grosso do Sul: confinamento, jejuvy e tekoha. Psicologia: Ciência e Profissão, 39, 9-21.

Svampa, M. (2016). Debates latinoamericanos: indianismo, desarrollo, dependencia y populismo. Edhasa.

Tible, J. (2013). Marx selvagem. Annablume.

Walsh, C. (2009). Interculturalidad, Estado, sociedad: luchas (de)coloniales de nuestra época. Universidad Andina Simón Bolívar.

Téléchargements

Publiée

2022-08-19

Comment citer

Mondardo, M. . (2022). Géographie Politique collaborative des luttes indigènes: : conflits et multi/transterritorialités de la r-Existence. Conhecer: Debate Entre O Público E O Privado, 12(29), 114–140. https://doi.org/10.32335/2238-0426.2022.12.29.8551

Numéro

Rubrique

Dossiê