Estética da resistência:

arte sentipensante e educação na práxis política indígena e camponesa latino-americana

Autores

  • Lia Pinheiro Barbosa Doutora em Estudos Latino-Americanos pela Universidad Nacional Autónoma de México – UNAM e Professora na Universidade Estadual do Ceará – UECE https://orcid.org/0000-0003-0727-9027

DOI:

https://doi.org/10.32335/2238-0426.2019.9.23.1144

Palavras-chave:

arte sentipensante, estética, movimentos indígenas e camponeses, movimento dos trabalhadores rurais sem terra, zapatismo

Resumo

Este artigo tece reflexões sobre a articulação entre arte, educação e formação humana no âmbito da práxis política dos movimentos camponeses e indígenas latino-americanos. Para tanto, argumenta-se que a concepção de arte tecida por esses sujeitos políticos emerge de uma apreensão do coração como núcleo epistêmico e ontológico de seus sentimentos, de seu pensamento e de sua ação política – uma arte sentipensante – que demarca outro paradigma de pensamento e de construção de conhecimento. Nesse sentido, apresento algumas expressões da estética da resistência na arte sentipensante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento Zapatista, com destaque para os princípios que fundamentam a dimensão educativa e política da arte na luta em defesa da terra, do território e de um projeto emancipatório. Na história latino-americana e caribenha, a arte sentipensante alimentou os sonhos de liberdade, emancipação e justiça – e, nos momentos de recrudescimento da luta de classes, clamou-se por não se perder a ternura jamais, nas palavras de Che Guevara.

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Publicado

2019-07-02

Como Citar

Barbosa, L. P. (2019). Estética da resistência:: arte sentipensante e educação na práxis política indígena e camponesa latino-americana. Conhecer: Debate Entre O Público E O Privado, 9(23), 29–62. https://doi.org/10.32335/2238-0426.2019.9.23.1144

Edição

Seção

Artigos