Participation sociale dans les plans de gouvernement des candidats à la Mairie de Fortaleza
DOI :
https://doi.org/10.32335/2238-0426.2025.15.34.14513Mots-clés :
participation sociale, plan gouvernemental, démocratie, électionsRésumé
La participation sociale est présente dans les débats de planification publique depuis l’après-guerre, comme un thème récurrent des débats institutionnels et politiques. Cet article analyse l’intégration des mécanismes de participation sociale dans les plans de gouvernement des candidats à la Mairie de Fortaleza entre les élections de 2016 et 2024. À partir de l’extraction de données issues des plans de gouvernement à l’aide du logiciel MaxQda, d’une analyse de documents et de contenu, et d’une revue de la littérature sur la démocratie participative et la définition des agendas publics, l’objectif a été d’analyser comment les mécanismes de participation sociale ont été intégrés à ces plans et aux discours des partis politiques, exprimant ainsi le point de vue de ces candidats sur la participation sociale et la manière dont ils l’utilisent pour mobiliser leurs électeurs. L’étude a révélé un consensus parmi les candidats sur la nécessité de renforcer les mécanismes de participation, notamment ceux de nature délibérative, et a également mis en évidence la confluence perverse qui existe dans les discours sur la participation. L’étude conclut que, malgré la forte présence de mécanismes dans les plans gouvernementaux, des défis subsistent quant à leur mise en œuvre institutionnelle, ce qui nécessite un engagement politique et la mobilisation continue des acteurs des politiques publiques.
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