Comportamento de risco para ortorexia nervosa em corredores recreacionais do município de Barreiras – BA

Milena Oliveira Leite; Ana Maria  Fernandes  Viana; Marcela de Sá Barreto da Cunha; Andressa  Moura Souza

doi:10.52521/nutrivisa.v11i1.14470

Autores

Milena Oliveira Leite Universidade Federal do Oeste da Bahia -UFOB https://orcid.org/0000-0003-0920-0845
Ana Maria Fernandes Viana Universidade Federal do Oeste da Bahia -UFOB https://orcid.org/0000-0002-7685-2854
Marcela de Sá Barreto da Cunha Universidade Federal do Oeste da Bahia - UFBO https://orcid.org/0000-0002-1388-033X
Andressa Moura Souza Universidade Federal do Oeste da Bahia -UFOB https://orcid.org/0000-0002-0004-7816

DOI:

https://doi.org/10.52521/nutrivisa.v11i1.14470

Palavras-chave:

ortorexia nervosa; corrida; transtornos da alimentação.

Resumo

A corrida tem se popularizado nos últimos anos, trazendo diversos benefícios para seus praticantes. No entanto, indivíduos que praticam exercícios físicos regularmente tendem a adotar hábitos alimentares mais saudáveis, mas também são considerados mais vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos alimentares. Nesse contexto, a ortorexia nervosa, caracterizada pela obsessão por uma alimentação saudável, embora ainda não seja classificada como um transtorno alimentar, está associada a comportamentos alimentares disfuncionais e patológicos. Diante disso, esse estudo objetivou avaliar o comportamento de risco para ortorexia em corredores recreacionais do município de Barreiras - BA. Trata-se de um estudo transversal com 46 corredores, entre 20 a 59 anos, de ambos os sexos e que praticavam corrida há mais de um ano. Foram avaliadas variáveis antropométricas, sociodemográficas, nutricionais e dados sobre a prática de corrida, bem como aplicado o recordatório alimentar de 24h e o questionário ORTO-15, utilizando o ponto de corte <40. Os resultados mostraram que 89,1% dos participantes apresentaram comportamento de risco para a ortorexia. Esse comportamento de risco foi associado ao nível socioeconômico e à ocorrência de lesões relacionadas à corrida. Além disso, observou-se uma correlação inversa entre a pontuação do ORTO-15 e o consumo de carboidratos, bem como o número de porções de frutas, e uma correlação direta com o consumo de lipídios. Conclui-se que a população estudada apresentou um número significativo de indivíduos em risco de desenvolver ortorexia, destacando a necessidade de mais estudos sobre a relação desse comportamento com a alimentação em corredores.

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