Ideias inatas e suas consequências políticas
DOI:
https://doi.org/10.23845/kalagatos.v5i10.5909Parole chiave:
John Locke, Inatismo, Política, EpistemologiaAbstract
Normalmente, estuda-se ou a filosofia política ou a teoria do conhecimento de John Locke. Uma implicação entre estes dois campos do saber, raramente, é encontrada nos livros. Contudo, fazê-la parece ser de vital importância. No Livro I do Ensaio sobre o Entendimento Humano, John Locke defende a posição de que o inatismo é uma doutrina do preconceito, podendo levar a uma atitude de “credulidade cega” em seus governantes. O resultado político dessa atitude é a rejeição da concepção paternalista e despótica do poder. Locke refuta convincentemente as teorias inatistas, sejam elas epistemológicas ou políticas. Assim, a questão que se propõe este trabalho é mostrar quais os argumentos de caráter epistemológico apóiam os argumentos políticos da filosofia de Locke, sobretudo, aqueles que visam a refutar o absolutismo.