De l’accident du handicap à la normativité vitale et l’affirmation inconditionnelle de la vie
DOI :
https://doi.org/10.52521/kg.v21i3.13899Mots-clés :
Handicap, Affirmation de la vie, normal et pathologiqueRésumé
Dans cet article, nous chercherons à présenter une lecture de l'ontologie de l'accident de Catherine Malabou, en interface avec les concepts philosophiques de l'affirmation de la vie, de l'être-au-monde et de la normativité vitale, en prenant respectivement comme références principales l'œuvres de Nietzsche, Merleau-Ponty et George Canguilhem. Nous considérerons que le handicap, qu'il soit acquis, congénital et/ou héréditaire, peut être une opportunité pour l'amour inconditionnel de notre destin, malgré les multiples accidents qui, comme nous le montre Malabou, nous soumettent à une plasticité ontologique sans précédent. Pour défendre cette idée, nous présenterons le cas clinique du « Peintre Daltonien » d'Oliver Sacks, en tentant de le considérer comme un exemple authentique et possible d'une nouvelle normativité de la vie et de l'acquisition d'une Grande Santé.
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